Browsing by Author "Ribeiro, Celina Marques"
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- Impulsividade, culpa e características de personalidade em indivíduos presos por cometerem crime passionalPublication . Ribeiro, Celina Marques; Maia, Luís Alberto Coelho RebeloA presente investigação incide na temática do crime passional, ato de cometer um crime por paixão, que encontra a sua relevância no facto de ser um crime frequentemente praticado na sociedade portuguesa e que encontra as suas características e particularidades pouco exploradas. Neste sentido, o objetivo deste estudo será o de avaliar a culpa, impulsividade e características de personalidade em reclusos que se encontram a cumprir pena por terem cometido algum tipo de crime passional em cinco estabelecimentos prisionais do pais, desta forma, para além de se terem explorado as variáveis da amostra de reclusos foi ainda realizado um emparelhamento dos reclusos que cometeram o tipo de crime em questão com indivíduos da população normativa, por género, idade e escolaridade. Procedeu-se ainda à comparação da amostra dos criminosos passionais com uma amostra mais alargada de sujeitos normativos. Para a concretização do estudo, conseguiu recolher-se uma amostra global de 124 sujeitos, todos do género masculino, 34 sujeitos que tinham cometido crime passional, com uma média de idades de 46,56 anos (DP =10,5) e 90 sujeitos da população normativa, com uma média de 42,57 anos (DP=10,82). Aos sujeitos foram aplicados um questionário sociodemográfico, a Escala Multidimensional da Culpa, Escala de Impulsividade de Barratt e o Mini-Mult (versão reduzida do Minnesota Multiphasic Personality Inventory). De forma muito genérica, verificou-se que os sujeitos que cumprem pena por terem cometido crime passional apresentam níveis elevados de culpa, que não se verifica nos sujeitos da amostra normativa. Os reclusos apresentam impulsividade baixa, não existindo diferenças estatisticamente significativas em relação à amostra normativa. Em relação à personalidade, os criminosos passionais apresentam maiores níveis de depressão, psicastenia, paranoia, esquizofrenia e ansiedade elevada, havendo diferenças marcadas em relação à amostra normativa, em relação à escala de desvio psicopático, ambas as amostras pontuam de forma elevada. Este estudo chama a atenção para a necessidade de intervir a nível psicológico no contexto prisional, especificamente nos sujeitos que cometem crime passional.