Browsing by Author "Rocha, Daniel Pimenta"
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- Memória e SonoPublication . Rocha, Daniel Pimenta; Patto, Maria da Assunção Morais e Cunha Vaz; Silva, Nuno; Gama, Jorge Manuel dos ReisIntrodução: As alterações patológicas da cognição (défice cognitivo ligeiro e demência) são um fardo para os doentes, cuidadores e cuidados de saúde; pelo que são objeto de estudo de várias investigações. Dado que muitos doentes com estes défices se fazem acompanhar de Sonolência Diurna (SD) excessiva, um sintoma relativamente mais fácil e rápido de identificar do que as típicas alterações estruturais e funcionais do Sistema Nervoso Central associadas aos défices cognitivos, este estudo propõe-se a encontrar uma relação entre este possível sintoma sentinela com o grau de défice cognitivo apresentado pelo doente, para que a SD excessiva possa ser utilizada no âmbito da clínica para discriminar mais rápida e eficazmente os idosos em risco e passíveis de uma intervenção precoce, tendo em vista o retardo da institucionalização e a melhoria da qualidade de vida. Materiais e Métodos: Para este estudo foram utilizados os dados colhidos no Rastreio Geriátrico à Covilhã, composto por uma amostra voluntária de 109 indivíduos. Os critérios de inclusão usados foram a idade igual ou superior a 65 anos e a residência no concelho da Covilhã e os de exclusão foram o grau de literacia, sendo os analfabetos excluídos, ou a não realização de uma das escalas com interesse para o estudo. A função cognitiva dos voluntários foi avaliada pelo teste de rastreio Montreal Cognitive Assessment (MoCA) e a presença de SD excessiva pela aplicação da Escala de Sonolência de Epworth (ESE). A análise estatística foi efetuada com recurso à IBM SPSS Statistics versão 24. Resultados: A amostra tinha uma média de idades de 76,69 ? 6,90 anos, predominantemente do sexo feminino (67,89%), a média de pontuações no MoCA foi de 17,65 ? 5,38 anos, em que 76,1% dos voluntários tinham pontuações sugestivas de défice cognitivo. Na ESE obtivemos 16,51% de resultados sugestivos de SD excessiva, sendo que destes 66,7% apresentavam pontuações indicativas de défice cognitivo no MoCA. No entanto, não foi possível obter uma associação estatisticamente significativa entre a SD e o perfil cognitivo dos voluntários, nem com nenhum dos domínios avaliados pelo MoCA. Também não foi possível obter uma associação entre os diversos fatores que poderiam contribuir para a SD excessiva e esta. Conclusão: Embora o Rastreio Geriátrico à Covilhã não tenha sido capaz de demonstrar a associação descrita na literatura entre a SD excessiva e a presença de défices cognitivos, conseguimos com ele criar uma base de dados para possíveis estudos prospectivos e alertar os profissionais de saúde e os idosos para a importância do sono e como este poderá afetar a qualidade de vida dos indivíduos.