Browsing by Author "Rodrigues, Carolina Santos"
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- Infeção por estreptococo beta-hemolítico do grupo B nas grávidas do Centro Hospitalar e Universitário da Cova da BeiraPublication . Rodrigues, Carolina Santos; Moutinho, José Alberto Fonseca; Nunes, Sara Monteiro Morgado Dias; Esteves, Bruno Filipe OliveiraIntrodução: O estreptococo beta-hemolítico do grupo B (SGB) é o principal agente responsável pelas infeções neonatais. Estima-se que a colonização por SGB afete cerca de 10 a 35% das grávidas, muitas vezes, de forma assintomática, mas também causar infeção do trato urinário e corioamnionite, podendo levar a parto pré-termo e aborto. Contudo, esta bactéria pode ser transmitida ao recém-nascido, no momento do parto, conduzindo a complicações graves, nomeadamente septicémia, pneumonia e meningite. Assim, torna-se essencial a identificação da colonização e prevenir a sua transmissão, através de antibioterapia profilática intraparto, de modo a diminuir a morbilidade e mortalidade associada a SGB. Objetivo: Analisar a prevalência da colonização por SGB nas grávidas acompanhadas no Serviço de Obstetrícia e Ginecologia do Centro Hospitalar e Universitário da Cova da Beira (CHUCB), em 2021, bem como a influência no prognóstico obstétrico. Métodos: Estudo observacional, transversal e retrospetivo de todas as grávidas acompanhadas no CHUCB e que realizaram o rastreio do SGB, no decorrer do ano 2021, totalizando 403 grávidas. Após seleção e recolha dos dados através dos processos clínicos, procedeu-se à análise descritiva e comparativa das variáveis, nas grávidas com e sem colonização por SGB. Resultados: A prevalência de grávidas colonizadas por SGB no CHUCB foi de 15,14% e cerca de 87,7% destas realizaram profilaxia intraparto. Estatisticamente, o perfil de risco observado nas grávidas colonizadas por SGB carateriza-se pela idade superior a 40 anos, sem ocupação profissional, com excesso de peso, primigestas ou com antecedente de aborto e primípara. Identificou-se como fatores de risco com significância estatística, o aumento ponderal excessivo e a presença de infeções vaginais e/ou do trato urinário, no decorrer da gravidez. Quanto à influência do SGB no parto, observou-se uma maior prevalência de sofrimento fetal e trabalho de parto prolongado, contudo notou-se uma maior prevalência de partos eutócicos. Em termos de influência no recém-nascido, observou-se uma maior frequência de baixo peso à nascença em filhos de grávidas colonizadas pelo SGB. Conclusão: Este estudo demonstrou que, no CHUCB, a colonização da grávida por SGB é frequente e acarreta riscos obstétricos e perinatais, pelo que uma alta adesão ao rastreio e respetiva profilaxia devem ser incentivados na prática obstétrica.