Browsing by Author "Santos, Ana Rita Alves"
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- Identificação dos fatores mais preponderantes na adesão da população às medidas de proteção contra a infeção por SARS-CoV-2Publication . Santos, Ana Rita Alves; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deO propósito deste estudo consiste em avaliar a adesão da população portuguesa às medidas de proteção contra a infeção por SARS-CoV-2 e identificar os canais de comunicação mais utilizados e com maior capacidade de influência junto de cada setor. Os dados necessários à realização do estudo foram recolhidos através de um inquérito online, divulgado através de SMS e email, tendo como alvo a população residente em Portugal, com idade igual ou superior a 16 anos. Foram recolhidos 1445 inquéritos válidos, 28,4% (n=410) dos quais correspondentes a homens com idade média de 41,3±14,1 anos e 71,6% (n=1035) a mulheres com idade média de 38,6±13,0 anos. Os dados obtidos foram posteriormente submetidos a uma análise descritiva e analítica. Determinou-se a importância atribuída às medidas de proteção contra a Covid-19 (11,48±1,06; escala 0-12), o grau de adesão (21,05±2,56; escala 0-24) e a perceção da qualidade da informação transmitida pelas entidades oficiais (27,0±6,46; escala 8-40) e pelo médico assistente (28,96±4,55; escala 7-35) através de escalas de Likert. Foram identificados preditores de elevados níveis de adesão às medidas de proteção, nomeadamente, ser mulher (OR=1,375; CI: [1,072; 1,763]), pertencer a faixas etárias mais elevadas (OR=1,012; CI: [1,003; 1,021]), ter falado com o médico assistente sobre a Covid-19 (OR=1,659; CI: [1,254; 2,196]) e percecionar a informação fornecida pelas entidades oficiais como tendo mais qualidade (OR=1,036; CI: [1,018; 1,054]), sendo todos eles fatores que aumentam a probabilidade de ter elevados níveis de adesão às medidas de proteção. Pelo contrário, reconhecer ser influenciado pelas redes sociais (OR=0,649; CI: [0,489; 0,862]), ter sido infetado por SARS-CoV-2 (OR=0,524; CI: [0,348; 0,788]), achar que os riscos associados à doença estão a ser sobrevalorizados (OR=0,693; CI: [0,492; 0,975]) e não saber se os riscos estão a ser sobrevalorizados (OR=0,593; CI: [0,420; 0,837]) reduzem essa probabilidade. Os noticiários da rádio e televisão e a imprensa escrita são os canais de comunicação com maior frequência de acesso para recolha de informação relacionada com a Covid-19, seguindo-se os amigos e familiares e as redes sociais, assumindo estas maior importância nas faixas etárias mais jovens e nos indivíduos com nível de escolaridade mais baixo, grupos nos quais revelam também maior capacidade de influência.