Browsing by Author "Santos, Francisca Cardia"
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- Estará a sub-utilização dos beta-bloqueantes associada a aumento de mortalidade em doentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica que desenvolveram Enfarte Agudo do Miocárdio?Publication . Santos, Francisca Cardia; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deIntrodução As doenças cardiovasculares são muito comuns entre os doentes que sofrem de doença pulmonar obstrutiva crónica. A caracterização da relação entre doença pulmonar obstrutiva crónica e enfarte agudo do miocárdio ainda não está claramente descrita, sendo importante fazer uma análise de várias vertentes, comportamental, sócio-demográfica, comorbilidades associadas e abordagem farmacológica. Desta forma, é pertinente analisar e conhecer a relação entre as referidas patologias, para que possa haver uma melhor abordagem na gestão das mesmas. Objectivos Perceber de que forma a sub-prescrição de beta-bloqueantes, em doentes com doença pulmonar obstrutiva crónica que desenvolveram enfarte agudo do miocárdio, está relacionada com o aumento de mortalidade nestes doentes. Ficando em aberto a possibilidade de, com este trabalho, se encontrarem áreas de investigação que ajudem na decisão clínica mais adequada. Metodologia Revisão bibliográfica com base em artigos científicos actuais. Resultados Doentes com doença pulmonar obstrutiva crónica recebem com menos frequência beta-bloqueantes, após enfarte agudo do miocárdio, comparativamente com aqueles sem esta patologia. A maioria dos estudos defende que o uso de beta-bloqueantes diminui a mortalidade após enfarte, todavia estes resultados não são unânimes. Não foi encontrada nenhuma evidência entre o uso de beta-bloqueantes e prejuízo da função respiratória. Registou-se uma preferência pelo uso de beta-bloqueantes cardio-selectivos em detrimento dos não selectivos. Conclusão Vários estudos apontam para melhores outcomes resultantes da administração de beta-bloqueantes, contudo estes resultados não são globais. Doentes com doença pulmonar obstrutiva crónica, aos quais foram prescritos beta-bloqueantes, encontram-se melhor clinicamente, isto pode implicar que os beta-bloqueantes podem não conferir os mesmos benefícios em adultos idosos que os observados em adultos jovens. A ponderação da administração deste grupo farmacológico deve ser feita caso a caso, dando sempre preferência ao uso de beta-bloqueantes cardio-selectivos.