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- Avaliação do consumo de AINEs em doentes com Artrite Reumatóide e Espondilite Anquilosante no controlo da dorPublication . Silva, Adriana Maria Madeira e; Abreu, Pedro Miguel Martins de Azevedo; Fernandes, Ana Paula André Martins; Rocha, Ana Carolina dos Santos SilvaIntrodução: Os anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) são eficazes no alívio sintomático da artrite reumatóide (AR), espondilite anquilosante (EA) e outras condições inflamatórias. Estando o uso de AINEs a ser generalizado, devem averiguar-se os seus efeitos adversos para serem aplicados com segurança em doentes reumáticos, incluindo os com AR e EA. A escolha farmacológica deve, assim, ser personalizada, tendo em conta a eficácia, a potencial toxicidade com outra medicação, o custo e os efeitos adversos de cada paciente. Objetivos: Este estudo foi desenvolvido com o propósito de avaliar o consumo de AINEs, relacionando-o com a dor, na população de doentes com AR e EA seguidos na Unidade de Reumatologia de Castelo Branco (UR-CB). Materiais e Métodos: Estudo observacional retrospetivo em 135 doentes seguidos na UR-CB, de março/2011 a abril/2017. Os dados foram recolhidos a partir dos processos clínicos. DAS28, BASDAI e ASDAS e EVA foram os instrumentos utilizados para a avaliação da atividade da AR, da EA e da dor, respetivamente. Utilizou-se o software SPSSv24.0 para a análise estatística dos dados. Nas inferências para a população com AR e EA seguida na UR-CB, considerou-se o nível de significância de 5%. Resultados: Os doentes observados com AR são principalmente mulheres com idade superior a 60 anos e com duração da AR superior a 10 anos, enquanto os pacientes com EA são, em maior percentagem, homens com idades entre 40-50 anos e com duração da EA entre 3-5 anos. A maioria dos doentes com AR apresenta-se em remissão e sem dor/dor ligeira. Da mesma forma, quanto à EA, a maioria dos doentes apresenta atividade ligeira e ausência de dor/dor ligeira. Em relação à medicação, em ambas as doenças, os AINEs são os fármacos mais consumidos, embora DMARDs, corticosteróides e biológicos também contribuam para o controlo destas patologias reumáticas, especialmente da AR. Relativamente ao estudo CV e GI associado aos AINEs, apenas 5,5%, 2,7% e 1,4% dos doentes com AR foram submetidos a endoscopia digestiva alta (EDA), cateterismo cardíaco e internamento em Cardiologia, respetivamente. Na EA, apenas 22,2% foram submetidos a EDA. Da análise estatística, apurou-se ainda que são mais os doentes que consomem AINEs do que os que não tomam (AR: p=0,000 e EA: p=0,0215) e que a dor está associada às escalas de atividade da AR (DAS28-PCR: p=0,001 e DAS28-VS: p=0,000) e da EA (ASDAS-PCR: p=0,048 e ASDAS-VS: p=0,009). Conclusão: Na UR-CB, a AR e a EA encontram-se bem controladas: remissão/atividade ligeira, ausência de dor/dor ligeira e poucos efeitos adversos CV e GI, sendo os AINEs os fármacos mais consumidos. Existem associações significativas entre dor-DAS28 e dor-ASDAS.
