Browsing by Author "Silva, Joana Madeira da"
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- Operacionalização dos Critérios STOPP/START e sua Aplicação em Idosos sob Terapia AnticoagulantePublication . Silva, Joana Madeira da; Alves, Gilberto Lourenço; Queimado, Sandra Isabel da SilvaEste documento encontra-se dividido em três capítulos. Os dois primeiros dizem respeito aos estágios em Farmácia Hospitalar e Farmácia Comunitária, respetivamente. Neles são descritas as principais atividades desenvolvidas ao longo dos períodos de estágio, procurando-se enquadrar cada tópico com os manuais de boas práticas e legislação respetiva. O terceiro capítulo corresponde à experiência em investigação e denomina-se “Operacionalização dos critérios STOPP/START e sua aplicação em idosos sob terapia anticoagulante”. Os critérios STOPP/START (Screening Tool of Older Person’s Prescriptions/Screening Tool to Alert doctors to the Right Treatment) constituem uma ferramenta validada para otimizar a farmacoterapia em doentes idosos (=65 anos). Estes critérios visam melhorar a terapêutica farmacológica dos idosos através da identificação de medicamentos potencialmente inapropriados (MPI) e de medicamentos potencialmente omissos (MPO) úteis na prevenção ou tratamento de patologias. Procurou-se numa primeira fase operacionalizar os critérios para Portugal, como forma de promover a sua aplicação nos diferentes níveis assistenciais, na otimização da prescrição em geriatria. Numa segunda fase, com a sua aplicação, pretendeu-se identificar e quantificar a ocorrência de MPI e MPO em idosos polimedicados, sob terapia anticoagulante. Para tal foi desenvolvido um estudo observacional descritivo, que consistiu na revisão da medicação, diagnósticos e parâmetros bioquímicos de doentes com idade igual ou superior a 65 anos, com quatro ou mais medicamentos, seguidos em consulta de hipocoagulação. Para a análise estatística recorreu-se aos testes do Qui-Quadrado e outros testes nele baseados. A amostra final incluiu 73 indivíduos [idade média de 75,78 anos (DP=6,45), 53,4% do sexo feminino] com uma média de 9,32 fármacos prescritos (DP=2,86) e 3,27 diagnósticos (DP=2,10) implicados nos critérios. Os dados obtidos permitiram identificar a prescrição de MPI em 80,8% dos doentes (critérios STOPP) e cerca de 41,1% apresentavam um ou mais MPO (critérios START). Dos 643 medicamentos analisados, mediante aplicação dos critérios STOPP, verificou-se que os grupos farmacológicos mais frequentemente implicados foram as benzodiazepinas (45,2%) em tratamento igual ou superior a quatro semanas, o uso de anti-inflamatórios não esteroides (21,9%) em combinação com um anticoagulante, e o uso de anti-histamínicos H1 de 1.ª geração (12,3%); foram também detetadas duplicações terapêuticas em 16,4% dos doentes, envolvendo benzodiazepinas, anti-hipertensores e inibidores da bomba de protões. Por outro lado, de acordo com os critérios START, os MPO mais implicados foram os agonistas beta-2 adrenérgicos ou antimuscarínicos inalados (12,3%), os suplementos de vitamina D (11%), e a toma de bloqueadores-beta apropriados na insuficiência cardíaca sistólica (11%). Os resultados obtidos corroboram os de outros estudos nacionais e internacionais realizados neste âmbito e reforçam a necessidade da integração do farmacêutico em equipas multidisciplinares de saúde, o qual pode intervir na revisão periódica da medicação de doentes idosos, contribuindo positivamente para a otimização da farmacoterapia, incluindo em doentes sob terapia anticoagulante.
