Browsing by Author "Silva, Maria Teresa Godinho da"
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- VIH, Qualidade de Vida e Coping Adaptativo, a Perspetiva dos DoentesPublication . Silva, Maria Teresa Godinho da; Loureiro, Manuel Joaquim da Silva; Ferreira, Dário Jorge ConceiçãoA medicina tem conseguido aumentar o tempo de vida das pessoas que vivem com o VIH/SIDA, passando esta doença de uma sentença de morte a uma doença crónica. No entanto, maior longevidade não é sinónimo de qualidade de vida. Atendendo às suas especificidades, esta doença traz repercussões ao nível da Qualidade de Vida dos seus portadores a que não são alheias as suas estratégias para lidar com a mesma. Objetivo: O presente estudo pretendeu explorar a Qualidade de Vida e as Estratégias de Coping de uma amostra de 56 participantes com o VIH/SIDA, que vivem em Portugal, com o intuito de verificar, entre outros aspetos, o tipo de relação das estratégias de coping com a qualidade de vida destas pessoas. Método: Participaram neste estudo 56 adultos, sendo 62,5% do sexo feminino, residentes em Portugal, com uma idade média de 49,8 anos e uma média de anos de vivência com o diagnóstico de infeção pelo VIH de 19,68 anos. Os dados foram obtidos através de um inquérito disseminado on-line com a ajuda de associações ligadas à vivência com o VIH e pelo método “bola de neve”. Todos os participantes completaram os seguintes instrumentos de autorresposta: Questionário Sociodemográfico e Clínico, o World Health Organization Quality of Life-Bref (WHOQOL-HIV-Bref), Versão em Português Europeu do Instrumento de Avaliação da Qualidade de Vida para pessoas com infeção por VIH da Organização Mundial de Saúde e a Escala Toulousiana de Coping (versão reduzida) - ETCR. Resultados: Entre os principais resultados verificámos que uma situação económica desfavorecida se encontra associada a uma pior perceção de qualidade de vida, verificando-se a existência de associações significativas sendo estas, no entanto, moderadas a fracas. Porém, entre um nível de escolaridade mais baixo e uma pior perceção de qualidade de vida não existe uma associação significativa. Existem correlações positivas moderadas do fator Suporte Social com o Domínio Psicológico e o Domínio das Relações Sociais, para além de que o fator Suporte Social apresenta uma correlação positiva fraca com o Domínio Ambiente. Encontram-se correlações significativas moderadas e positivas entre as variáveis coping e qualidade de vida, sendo exemplo disso a correlação entre o Domínio Psicológico e o Suporte Social e entre o Domínio das Relações Sociais e o Fator Suporte Social. Conclusões: Alguns resultados vão de encontro à literatura consultada, outros não. Todavia, a existência de correlações significativas positivas, apesar de moderadas e fracas do fator Suporte Social com o domínio Psicológico, o domínio das Relações Sociais e o domínio Ambiente sugere que um bom suporte social é determinante de um bom funcionamento psicológico, social e ambiental. Tendo a maioria das pessoas sido contatadas através das associações da luta contra o VIH/SIDA, podemos deduzir que estas associações são um suporte fundamental para as pessoas por elas acompanhadas.