Browsing by Author "Silva, Mariana Filipa Garcia"
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- Uso de Células Estaminais do Líquido Amniótico no Tratamento de Anomalias CongénitasPublication . Silva, Mariana Filipa Garcia; Moutinho, José Alberto FonsecaAs anomalias congénitas correspondem à quinta principal causa de morte em crianças com menos de 5 anos, em todo o mundo, representando um total de 532854 mortes em 2019. Constituem, assim, um grave problema de saúde pública a nível mundial, sendo uma importante causa de mortalidade, mobilidade e hospitalização. Apesar dos avanços na Medicina, as opções terapêuticas para o tratamento destas malformações são ainda muito limitadas, sendo necessário encontrar alternativas válidas que permitam melhorar os outcomes clínicos destas crianças. As células estaminais do líquido amniótico possuem um conjunto de propriedades e características únicas e incomparáveis que lhes conferem um enorme potencial terapêutico no campo da Medicina Regenerativa fetal/pediátrica, nomeadamente no que toca ao tratamento de anomalias congénitas. Recentemente, a TRASCET – Transamniotic Stem Cell Therapy -, por se basear no papel natural desempenhado por estas células, tem surgido como uma opção terapêutica promissora com enorme potencial no tratamento de algumas das anomalias congénitas mais frequentemente diagnosticadas, parecendo ser uma opção mais acessível, menos invasiva, custo-efetiva e eficaz. Esta dissertação pretende então descrever o estado atual da arte no que concerne à aplicação terapêutica com células estaminais do líquido amniótico no tratamento de anomalias congénitas – TRASCET -, nomeadamente a sua aplicabilidade em algumas das anomalias congénitas mais frequentes – Mielomeningocelo, incluindo a malformação de Chiari II, Gastrosquise e Hérnia Diafragmática Congénita. Foram realizadas pesquisas nas plataformas PubMed e Google Scholar, tendo por base as palavras-chave “Stem Cells”, “Amniotic Fluid”, “Congenital Anomalies” e “TRASCET”. Concluiu-se que, de facto, a TRASCET tem impacto no tratamento destas anomalias congénitas e a evidência atual suporta a hipótese de que as células estaminais do líquido amniótico representam uma fonte promissora com enorme potencial terapêutico em diversas anomalias congénitas. Ainda que a translação dos resultados destes estudos experimentais para a clínica possa ser uma tarefa complexa, é altamente provável que os resultados que têm vindo a ser obtidos através de estudos pré-clínicos em modelos animais sejam transladados para fetos humanos dentro de poucos anos. É imperativo aprofundar o estudo destas células e da aplicabilidade da TRASCET, quer em estudos préclínicos como clínicos.
