Browsing by Author "Sousa, Diogo Filipe Almeida de"
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- Esculpindo o Vazio: Um encontro entre a Arquitetura da natureza e a Arquitetura do HomemPublication . Sousa, Diogo Filipe Almeida de; Garcia, Andreia Sofia OliveiraA problemática do lugar sempre levantou diversas questões e, quando a mesma é analisada, sob o ponto de vista do contexto em contacto direto com o mar, inevitavelmente, novas questões são geradas. A Arquitetura da Natureza – entenda-se, o enquadramento na paisagem, a importância do lugar e os elementos presentes –, acaba por sugerir um confronto com a Arquitetura do Homem, muitas vezes limitando-a, ou regrando-a. Nesta demanda, o estudo aqui apresentado pretende explorar estratégias de projeto como resposta ao exercício de projetar sobre a natureza, de forma que o resultado final seja fruto de uma ligação consonante, através de origens díspares. Como é que o elemento água pode ser considerado matéria na Arquitetura? Como é que a tipologia em análise pode retirar partido de todas as especificidades do lugar, não comprometendo a essência do mesmo? A presença do elemento água na Arquitetura merece especial atenção pelas potencialidades que pode conferir ao espaço arquitetónico. A água possibilita à Arquitetura múltiplas valências: regeneração, imersão, representação simbólica, dissolução, decomposição e multiplicação de formas e reflexão de sons e luzes. Pode tornar-se num símbolo de vida, cuja presença deixa de definir apenas o corpo humano como base da sua constituição, da terra, dos animais e das plantas, e torna-se, assim, também ela indispensável à vida arquitetónica. A água é matéria multiforme, é refletora - de vidas, de momentos, de paisagens -, que se faz ouvir nas mais diversas escalas, que tem temperatura, que se torna infinita na multiplicidade de sensações que pode criar. O exercício de conjugar elementos com características destoantes, como a organicidade das rochas e a geometria que a Arquitetura apresenta; Tirar partido da geografia local, de modo a criar sensações únicas a cada passo dado pelo utilizador; Esculpir a linha costeira sem retirar a autenticidade do local, transmitindo uma sensação de continuação – de infinito – de harmonia entre o natural e as pontuais intervenções do Homem, para que a cada mergulho, a cada passo dado, a praia das Laranjeiras, continue a ser um sítio único e onde o equilíbrio ente a Arquitetura do Homem e a Arquitetura da Natureza seja indubitável. Neste sentido, entende-se que na proposta para uma intervenção para as Piscinas Naturais na encosta da Praia das Laranjeiras, em Balneário Camboriú, no sul do Brasil, é um exercício de projeto que impõe a procura de novos conhecimentos que complementam a formação em Arquitetura cujo ciclo se pretende concluir com este trabalho. Deste modo, objetiva-se esta dissertação em dois aspetos: por um lado a definição de um programa que se define pelo desenho de uma Piscina Natural e um pontão que enfatiza a geografia natural do terreno; e, por outro lado, pelo desenho de um percurso através de um ambiente rochoso, que guie o transeunte por um caminho que que pretende homenagear a Natureza até ao momento que encontra as intervenções arquitetónicas.