Browsing by Author "Teixeira, Ana Rita Martins"
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- Probióticos na Doença Inflamatória IntestinalPublication . Teixeira, Ana Rita Martins; Ramos, Rui Miguel MonteiroIntrodução: A Doença Inflamatória Intestinal tem aumentado em incidência, prevalência e severidade em vários países. Com evidência recente que aponta para a disrupção do balanço da microbióta intestinal, os probióticos tornam-se uma possibilidade terapêutica com forte suporte teórico, quer usados isoladamente, quer em associação com a terapêutica clássica desta patologia. Este trabalho pretende fazer uma revisão sistemática com base em publicações científicas sobre o tratamento da doença inflamatória intestinal com probióticos. Métodos: Foram pesquisadas publicações indexadas na base de dados da Pubmed, na biblioteca electrónica da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior. Utilizaram-se as seguintes “MeSH words”: Probiotics, Ulcerative Colitis e Crohn Disease. Foram selecionadas 49 publicações para análise. Resultados: Apesar de alguns trabalhos demostrarem uma melhoria com o uso de probióticos, a evidência para o tratamento da Doença de Crohn (DC) com probióticos permanece insuficiente. No entanto, quando falamos de Colite Ulcerosa (CU), os estudos são mais numerosos e animadores. Dos 10 estudos analisados no âmbito da indução da remissão de CU ligeira e moderada, 7 deles mostraram resultados positivos com o uso de probióticos. Quanto à terapia de manutenção na remissão da CU, todos os estudos analisados mostraram a não inferioridade dos probióticos, quando comparados à terapia standard. Foram analisados ainda estudos com probióticos na profilaxia pós-operatória de bolsite e no tratamento da bolsite ativa e refractária a antibióticos, com resultados positivos. Estes resultados fizeram com que o uso de VSL#3 fosse recomendado pela Organização Mundial de Gastroenterologia para a prevenção pós-operatória bem como para a prevenção de recaída após remissão da bolsite. Conclusão: Apesar da mistura probiótica VSL#3 ser aprovada pela organização mundial de Gastroenterologia tanto na prevenção de manutenção de remissão de bolsite como na manutenção da remissão da CU, a grande maioria dos trabalhos não mostram uma melhoria relevante com o tratamento probiótico. De relevar que a grande maioria dos estudos analisados possuía numerosas limitações, sendo os seus resultados muito divergentes entre os autores. Desde modo, mais estudos são necessários para um maior esclarecimento do papel dos probióticos no tratamento da Doença Inflamatória Intestinal.