Browsing by Author "Teixeira, Nuno Miguel Monteiro"
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- Síndrome do Túnel do Carpo: Cirurgia Percutânea Ecoguiada vs Mini-open: Uma revisão sistemáticaPublication . Teixeira, Nuno Miguel Monteiro; Lopes, Cláudia SantosIntrodução: A Síndrome do Túnel do Carpo (STC) é a condição resultante da compressão de um nervo periférico mais comum. Cursa com alterações nas zonas de inervação do nervo mediano (NM) e está associada à redução da qualidade de vida. O tratamento em casos leves a moderados é habitualmente conservador, contudo, se o mesmo não for eficaz ou em caso de ser grave realizar-se-á descompressão cirúrgica do túnel do carpo. Esta, por sua vez pode ser realizada por diversas técnicas, entre as quais a libertação percutânea ecoguiada (LPE) e a cirurgia mini-open (CMO), que serão avaliadas, comparadas e discutidas ao longo desta dissertação. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura sobre as variáveis em estudos da LPE e da CMO, tendo como base as Guidelines PRISMA 2020. Foram utilizadas as bases de dados Pubmed/MEDLINE e a plataforma de publicações científicas B-On, com a equação ((“carpal tunnel syndrome” OR “median nerve compression” OR “CTS”) AND (((“percutaneous” AND (“eco-guided” OR “ultrasoundguided”)) OR “mini-open”) AND “outcom*” NOT “cadaver*”). Com base na estratégia PICO, foram incluídos estudos que abordaram a LPE e a CMO, excetuando revisões sistemáticas, meta-análises e estudos cadavéricos. No total, foram encontrados 176 artigos nas duas plataformas, dos quais 25 foram selecionados. O objetivo passou por realizar uma análise comparativa entre a LPE e a CMO, tendo em conta as seguintes variáveis: presença de complicações, falências cirúrgicas e cirurgias de revisão, melhoria funcional, avaliação da força, retorno ao trabalho e atividades de vida diárias (AVDs) e avaliação da satisfação. Resultados: Verificou-se que na LPE existiram menos complicações e menos casos que exigiram cirurgias de revisão comparativamente à CMO, que em todos os estudos, ambas as técnicas apresentaram melhorias de funcionalidade clinicamente significativas,que se observou uma recuperação mais precoce da FP na técnica de LPE em comparação com a CMO, assim como um retorno mais precoce ao trabalho e AVDs e que a LPE apresentava menores taxas de insatisfação. Conclusão: Os resultados desta revisão sistemática procuram transmitir informações essenciais no que concerne às duas técnicas cirúrgicas analisadas, sendo vital considerar as características de cada uma delas. A LPE apresenta valores reduzidos de complicações, devido à constante observação indireta das estruturas e melhorias significativas na funcionalidade e sintomatologia, contudo é uma técnica que possui uma curva de aprendizagem mais longa. A CMO é uma técnica que permite a observação direta das estruturas e que é amplamente usada, com bons resultados na melhoria funcional e sintomatológica, no entanto é uma técnica mais invasiva, que exige uma incisão maior, o que pode levar a mais complicações. É importante continuar o processo de avaliação das duas técnicas, com tempos de follow-up longos e com a avaliação de fatores como o “custo/benefício” e a “eficiência/segurança”. Acima de tudo, é importante focar na dimensão da medicina centrada no doente. Este deve ter o poder de escolha da técnica cirúrgica e deve ser suportado da forma mais digna e com o melhor conhecimento acessível pela parte do médico.
