Browsing by Author "Teles, Francisca Isabel Canelas Oliva"
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- Efeitos antiproliferativos da metformina e adenosina em glioblastomaPublication . Teles, Francisca Isabel Canelas Oliva; Lopes, Helena Tomás Marcelino; Cascalheira, José Francisco da SilvaO Glioblastoma multiforme (GBM) é um tumor cerebral, sendo o tipo de glioma mais comum, agressivo e com pior prognóstico. Até à data, as terapêuticas existentes apenas atuam de forma paliativa, sendo o tempo médio de sobrevivência dos pacientes apenas de 12 a 16 meses. A Metformina (Met) é um fármaco utilizado em pacientes com diabetes tipo 2, que tem vindo a demonstrar propriedades antitumorais em diversos casos, entre eles no GBM. A Adenosina (Ado) é um ribonucleósido endógeno classificado como neuromodulador, com capacidade de regular a neurotransmissão, de proteger contra danos neurotóxicos e tem ainda capacidade de modular a plasticidade sináptica. Em situação de hipoxia, a Ado atinge concentrações elevadas, podendo produzir as suas ações por ativação de recetores ou por mecanismos epigenéticos. O objetivo do presente estudo foi avaliar a capacidade antiproliferativa da Met em GBM, quer de forma isolada, quer quando os níveis de Ado foram aumentados por aplicação de Ado exógena ou por inibição da sua metabolização, através do uso de um inibidor da cinase da adenosina (ADK), ABT-702. Os resultados obtidos demonstraram que a aplicação de Met diminui a proliferação celular em linhas celulares de GBM e em astrócitos humanos (AH) normais, tendo este efeito sido atenuado na presença de um inibidor da AMPK, o composto C. Por outro lado, o aumento dos níveis intracelulares de Ado resultante da ação do inibidor da ADK, ABT702, provocou uma diminuição da proliferação celular em GBM e em AH, tendo-se também observado que a aplicação simultânea de ABT-702 e Met produziu um efeito cumulativo antiproliferativo. Tais observações sugerem que o efeito antiproliferativo da Met envolve, pelo menos em parte, a ativação da AMPK e que a aplicação conjugada da Met e de um inibidor da ADK possam produzir um feito antitumoral cumulativo em GBM. No entanto, será necessário desenvolver e aprofundar estes estudos de forma a se conseguir entender melhor os mecanismos celulares que possam influenciar a via glicolítica no GBM e os seus efeitos ao nível da reversão do Efeito de Warburg.
