Browsing by Author "Veigas, Elisa Maria Almeida"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Artrodese cervical: Implicações clínicas e funcionaisPublication . Veigas, Elisa Maria Almeida; Macedo, Susana AbreuIntrodução: A ráquis cervical é a porção da coluna vertebral com mais graus de liberdade. É uma estrutura complexa, que garante o suporte da cabeça na posição ereta e os movimentos de flexão, extensão, rotação e inclinação lateral. A sua mobilidade é requerida para numerosas tarefas diárias relacionadas com a perceção do espaço envolvente, o autocuidado e com tarefas laborais. Além do mais, garante a proteção de importantes estruturas como é o caso das estruturas nervosas (medula espinhal, nervos cranianos e plexo braquial), vasculares, respiratórias e órgãos fonatórios e das estruturas digestivas. Pode ser afetada por patologias que se manifestam por diminuição da mobilidade cervical, por algias locais ou irradiadas e redução da sensibilidade ou da força muscular, devidas a compressão das estruturas nervosas. Daqui se depreende o forte impacto que patologias cervicais podem ter na qualidade de vida dos indivíduos por elas afetadas. A artrodese é um procedimento cirúrgico que consiste na fusão de dois ou mais segmentos vertebrais. É frequentemente realizada após procedimentos cirúrgicos que causam instabilidade vertebral, como a discectomia ou a corporectomia, pre-venindo as suas sequelas. Objetivos: O presente trabalho tem como objetivo primário a realização de uma revisão sistemática sobre as alterações funcionais e clínicas resultantes da artrodese cervical. Metodologia: Fez-se uma pesquisa na base de dados PUBMED, com as seguintes palavras-chave: cervical AND ("spinal fusion" OR arthrodesis) AND "range of motion". Selecionaram-se apenas os artigos que apresentavam resultados clínicos e funcionais. A análise realizada foi apenas qualitativa. Incluíram-se 12 estudos nesta revisão sistemática. Conclusões: Na avaliação clínica, os estudos desta revisão sistemática demonstram uma melhoria na intensidade da dor no pós-operatório. A nível funcional, os artigos são concordantes quanto à diminuição da amplitude geral do movimento após artrodese. Ficam por esclarecer quais as alterações de movimento compensadoras dos segmentos adjacentes, bem como a sua repercussão ou impacto clínico no doente. São necessários mais estudos com maior nível de evidência, com amostras maiores e uniformização dos critérios de avaliação, para entender quais são os fatores que definem o sucesso clínico na perspetiva do doente, sendo que a gestão da dor, mais do que o movimento, parece ter o papel principal.