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- A pressão arterial à entrada e tempo de internamento no AVC de doentes jovens na ULS da Guarda (anos 2007-2011)Publication . Gomes, Samuel Marques Teixeira; Gama, Jorge Manuel dos Reis; Patto, Maria da Assunção Morais e Cunha VazIntrodução: As doenças cerebrovasculares constituem um importante problema de morbilidade e mortalidade em Portugal e uma parte relevante atinge adultos jovens. Como a hipertensão arterial é um dos fatores de risco mais prevalentes nestes doentes, o objetivo deste estudo é caraterizar a tensão arterial nos indivíduos jovens (=65 anos) diagnosticados com acidente vascular cerebral no distrito da Guarda e esclarecer de que forma a tensão arterial à entrada no serviço de urgência se relaciona com o tipo de acidente vascular cerebral, história prévia de hipertensão arterial e número de dias de internamento. Métodos: Foi avaliada e analisada a informação registada nos processos clínicos de 156 casos de acidente vascular cerebral (de 2007 a 2011). A informação recolhida foi avaliada do ponto de vista estatístico com recurso à aplicação SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) da IBM, versão 22.0. Resultados: A grande maioria dos casos apresentava hipertensão arterial como antecedente patológico (77.6%). À entrada no serviço de urgência, o acidente vascular cerebral do tipo hemorrágico apresentou, em média, tensões arteriais superiores ao do tipo isquémico (hemorrágico: sistólica, 170.26mm Hg; diastólica, 97.84mm Hg – isquémico: sistólica, 156.81mm Hg; diastólica, 88.64mm Hg). Da mesma forma, verificaram-se tensões arteriais mais baixas para os pacientes sem antecedente de hipertensão arterial (sistólica de 133.56mm Hg, diastólica de 79.63mm Hg) em comparação com os pacientes previamente hipertensos (sistólica de 162.89mm Hg se medicado e 169.05mm Hg se não medicado, diastólica de 90.32mm Hg se medicado e 96.09mm Hg se não medicado). A correlação entre tensão arterial e número de dias de internamento mostrou-se fraca ou inexistente. Discussão: A hipertensão arterial é um dos fatores de risco mais importantes para o acidente vascular cerebral, mesmo nas faixas etárias mais jovens. É necessário reforçar os cuidados de saúde primários tendo em vista um melhor controlo tensional na população hipertensa. As observações estão de acordo com a existência de uma resposta hipertensiva aguda no adulto jovem. O valor de tensão arterial à entrada não se apresenta como um bom preditor do número de dias de internamento por acidente vascular cerebral para esta população.
- Recomendações para transição de cuidados pediátricos para medicina de adultos em adolescentes com Diabetes Mellitus tipo 1Publication . Duarte, Diana Sofia Borges; Gama, Artur José Machado Neves daIntrodução. A transição de cuidados começou a ser discutida em 1989 no âmbito da United States Surgeon General Conference. Designa-se por transição o processo ativo, gradual e multidisciplinar que aborda as necessidades médicas, psicossociais e educativas do adolescente e cujo objetivo é promover a sua autonomia e adaptação à Medicina de Adultos. A transferência dos pacientes pediátricos com Diabetes mellitus tipo 1 para as unidades de Medicina de Adultos pode ter efeitos nefastos para a saúde dos pacientes se a transição for conduzida de forma inadequada. Esta mudança ocorre durante a adolescência, período crítico no controlo metabólico pelos fatores psicológicos e fisiológicos que entram em jogo, condicionando um risco aumentado de complicações crónicas e de admissões hospitalares relacionadas com a Diabetes mellitus tipo 1. A mudança da equipa assistencial está também associada com maior perda de seguimento e com pior controlo metabólico destes pacientes. O desenvolvimento de um programa de transição pode ultrapassar muitos dos problemas que surgem na transição entre dois tipos de sistemas de cuidados distintos. Objetivos. A presente dissertação pretende realizar uma revisão das publicações sobre transição de cuidados pediátricos para Medicina de Adultos em adolescentes com Diabetes mellitus tipo 1. Numa primeira parte são reunidas as recomendações existentes; posteriormente serão analisados as publicações com avaliação dos resultados de programas de transição específicos. Por fim é proposto um modelo de transição de cuidados, elaborado mediante a investigação efetuada. Métodos. Para a elaboração desta monografia foi realizada uma pesquisa na base de dados PubMed, complementada pela consulta de documentos de Sociedades Científicas Internacionais sobre transição de cuidados em adolescentes com Diabetes mellitus tipo 1. Resultados. Constatou-se que, embora existam recomendações clínicas para o processo de transição em adolescentes com Diabetes mellitus tipo 1, são limitadas as práticas baseadas em evidência publicadas. Os programas de transição presentes na literatura representam iniciativas de cada unidade de cuidados e não protocolos estruturados das autoridades locais ou regionais de saúde. Poucos estudos avaliaram, de forma sistemática, a eficácia dos programas de transição implementados. Em Portugal não existem quaisquer orientações que rejam o cuidado transicional destes jovens. Conclusões. Os programas de transição analisados, apesar das disparidades metodológicas, registaram melhorias no controlo metabólico e nas presenças em consultas na Medicina de Adultos bem como redução na taxa de complicações agudas. É proposto um modelo de transição de cuidados para adolescentes com Diabetes mellitus tipo 1.
