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- Artroscopia do joelho antes e depois dos 55 anos de idadePublication . Barbosa, Bruno Rafael da Silva; Lopes, Cláudia Manuela Silva SantosINTRODUÇÃO: A rotura meniscal é a patologia do joelho mais comum com uma incidência anual de 60 a 70 casos por 100 000 pessoas ano(1). Uma rotura meniscal degenerativa pode ser tanto um fator de risco para artrose do joelho como um sinal da doença (2). Atualmente o tratamento padrão da rotura meniscal degenerativa é a meniscectomia artroscópica parcial, que é a cirurgia ortopédica mais efetuada em todo o mundo (2). Torna-se por isso de extrema importância refletir e confirmar o benefício e eficácia desta intervenção. OBJECTIVOS: Este estudo pretende avaliar a funcionalidade e o estado de satisfação pessoal dos doentes operados por artroscopia ao joelho devido lesão meniscal no CHCB, e comparar diferenças existentes entre idades, graus de artrose radiológico, história de lesão e toma de psicófarmacos. MATERIAL E MÉTODOS: Entre o período de 15 e 30 de janeiro de 2015, foram observados 52 doentes em consultas de seguimento pós-cirúrgico. A esta amostra foram aplicados dois questionários (Anexos 3 e 4) e realizado um exame físico para avaliar a amplitude funcional do joelho. Utilizou-se o questionário KOOS (validado para português) para avaliar a escala de funcionalidade, atribuida pelo doente, em diversos componentes da atividade quotidiana. Nestas consultas também se atribuiu um valor de grau de artrose através da observação de critérios radiológicos pré-cirúrgico utilizando a Escala de Kellgren e Lawrence (Anexo 5). RESULTADOS: Foram entrevistados 52 doentes, 53,8% eram do género feminino e 46,2% eram do género masculino. A média de idades registada foi 53,4 anos (DP=11,17) e 50% dos doentes apresentavam idade superior a 55 anos. Dos 26 doentes com idade superior a 55 anos, 16 (65,4%) possuíam um grau de artrose inferior a dois e nenhum apresentava grau de artrose igual zero De referir que apenas um doente apresentava uma artrose de grau quatro. Em relação à história de lesão e medicação crónica, 50% dos doentes com mais de 55 anos apresentavam uma história de lesão traumática e 42,3% estavam medicados com psicofármacos. DISCUSSÃO/CONCLUSÃO: Verificou-se que a maioria dos doentes, independentemente do grupo estudado, encontrava-se satisfeito ou muito satisfeito com a intervenção e que repetiriam a mesma caso necessitassem. No estudo realizado, apenas se verificaram diferenças estatísticas em relação à funcionalidade avaliada pelo questionário KOOS, nos parâmetros de A.V.D. e A.D.L. em função da idade.
- Tumor glómico subunguealPublication . Castro, José Luís Martins da Silva e; Lopes, Cláudia Manuela Silva SantosO tumor glómico é uma lesão neoplásica benigna, geralmente única, que se desenvolve a partir de uma estrutura neuromioarterial existente na pele, o glomo. O glomo tem como função regular a circulação sanguínea e a temperatura corporal. É constituído por uma arteríola aferente, um vaso anastomótico chamado canal de Soucquet-Hoyer, envolto por fibras musculares lisas, uma veia eferente, fibras nervosas e cápsula periférica. Esta estrutura está distribuída por toda a superfície corporal, em particular nos leitos ungueais, polpas digitais, palmas das mãos e plantas dos pés. A apresentação típica do tumor glómico é caracterizada pela tríade clássica de sintomas de dor paroxística (80%), hipersensibilidade ao frio (63%) e localização precisa do ponto doloroso (100%). Trata-se de um tumor bastante raro e particularmente difícil de diagnosticar. A intenção deste trabalho é descrever um caso clínico sobre o tema, bem como uma revisão literária sobre o mesmo.
- Efeitos do disruptor endócrino Bisfenol A na imunidade inataPublication . Sousa, Luís Miguel Fernandes de; Fonseca, Ana Mafalda LoureiroOs disruptores endócrinos (DEs) são substâncias naturais ou sintéticas que, quando presentes no organismo, têm a capacidade de alterar funções endócrinas, agindo como agonistas ou antagonistas hormonais. O bisfenol A (BPA) está entre os DEs mais estudados e produzidos mundialmente, sendo utilizado na produção de plásticos de policarbonato e resinas epoxídicas. Encontra-se em inúmeros produtos de consumo diário, entre os quais garrafas de água, revestimentos de recipientes alimentares, lentes de contacto, produtos eletrónicos e brinquedos, o que resulta numa exposição generalizada da sociedade ao BPA. O sistema imunitário compreende um conjunto de mecanismos que cumpre a função de defesa do organismo, discriminando o próprio do alheio, tornando-o responsável pela manutenção do estado de saúde de cada indivíduo. É tradicionalmente dividido em duas categorias, a adaptativa e a inata, sendo que esta última cumpre a função de primeira linha de defesa e tem um papel fundamental na eliminação de patogénios nas fases iniciais da infeção. Avanços recentes no campo da imunidade inata têm suscitado o interesse da comunidade científica e propondo alterações paradigmáticas nesta vertente, introduzindo-se o conceito de memória, até então atribuído exclusivamente à imunidade adaptativa. O presente trabalho teve como objetivo realizar uma revisão sobre os mecanismos fisiopatológicos envolvidos no efeito do BPA na imunidade inata, através da análise de investigações realizadas sobretudo em modelos animais. Os resultados observados permitiram concluir que a exposição ao BPA estava associada a alterações em diversos aspetos da imunidade inata, inclusive na diferenciação e proliferação de células efetoras, na indução da apoptose, na produção de óxido nítrico (NO), na secreção de citocinas e na atividade fagocítica, sendo que alguns desses efeitos são alcançados através da interação agonista com recetores de estrogénio (ERs). Contudo, são necessários mais estudos, particularmente em humanos, para a obtenção de dados mais consistentes que revelem a real influência do BPA na imunidade inata. Considerando-se o conteúdo exposto neste trabalho e dado o potencial do BPA em aumentar a suscetibilidade à doença, é recomendável a minimização da exposição ao BPA e a sua substituição por elementos inócuos para a saúde humana.
- Artroplastia total do joelho no Centro Hospitalar Cova da BeiraPublication . Araújo, Beatriz Dias de; Lopes, Cláudia Manuela Silva SantosIntrodução: A Artroplastia articular é uma técnica cirúrgica que se baseia na substituição das superfícies articulares, tendo-se tornado o tratamento de escolha para doentes com mais de 55 anos com artrose do joelho, dor intensa e incapacitante. É uma intervenção com uma eficácia maior ou igual a 90%, fornece alívio sintomático, restabelece a função articular, melhorando a mobilidade e a independência. A infeção é uma complicação devastadora e uma das principais causas de morbilidade após artroplastia total do joelho. Estudos estimam que 0.86%-3% das artroplastia do joelho desenvolvem infeção profunda. Objetivos: Calcular a taxa de infeção na artroplastia primária do joelho, no Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar Cova da Beira, no período de agosto de 2010 a agosto de 2013 e estudar os fatores de risco. Analisar os custos hospitalares associados ao tratamento médico e cirúrgico desta complicação. Metodologia: É um estudo retrospetivo, observacional e analítico de uma amostra de doentes internados no Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar Cova da Beira, sujeitos a artroplastia total primária do joelho, entre agosto de 2010 e agosto de 2013. A recolha de dados foi realizada por consulta de processos clínicos. Resultados: Este estudo foi incorporado por 125 doentes submetidos a artroplastia total do joelho. Nesta amostra de doentes foram realizadas 139 cirurgias, maioritariamente do sexo feminino [(67,2%) (n=84)]. 47,2% dos doentes entre 70 e 79 anos (inclusive), sendo a média de idade de 73,46 anos (DP=8,21 anos, variação 48-93 anos). Foi observada uma relação estatística significativa entre a estação do ano e a taxa de infeção (p<0,05), as complicações pós-cirurgia e a variável idade (p<0,05), a patologia psiquiátrica e a taxa de infeção (8,3%; p<0,05). Foi feito o cálculo dos custos médios relacionados com o tratamento de quatro doentes com infeção profunda da prótese total do joelho. Contabilizaram-se 10 episódios em que estes doentes recorreram aos cuidados de saúde do Centro Hospitalar Cova da Beira, tendo um custo médio de 6.809,99 euros por episódio e um custo total médio por infeção de 17.209,11 euros. Conclusões: No nosso estudo, a taxa de infeção calculada está de acordo com estudos prévios. Existe uma correlação entre a estação do ano em que a prótese total do joelho foi realizada e a incidência aumentada de infeção. Para evitar um grande impacto financeiro, é muito importante estudar os possíveis fatores de risco para uma prevenção deste tipo de complicações.
- Doença de Dupuytren em idosos: um estudo de prevalênciaPublication . Carneiro, Ana Catarina Simões Viana; Lopes, Cláudia Manuela Silva SantosIntrodução: A Doença de Dupuytren (DD) consiste no espessamento fibrótico da fáscia palmar que, inicialmente, se manifesta por nódulos e, subsequentemente, progride para a formação de uma corda, que resulta em contractura e flexão progressiva e irreversível de um ou mais dedos. A sua prevalência oscila entre 0,2% e 56%, variando amplamente em diferentes áreas geográficas. A etiologia da doença ainda se encontra desconhecida, porém esta tem sido associada a factores genéticos e ambientais, nomeadamente consumo de álcool, consumo de tabaco, dislipidemia, trabalho manual, epilepsia e diabetes mellitus. Em Portugal, nenhum estudo foi conduzido para calcular a prevalência da DD. Numa população cada vez mais envelhecida e sabendo-se que a prevalência da DD aumenta com a idade, torna-se premente o conhecimento das taxas de prevalência, de forma a ponderar o custo-eficácia de novos tratamentos. Objectivo: Determinar a prevalência de DD em doentes com idades superiores a 70 anos, assim como avaliar a existência de possíveis factores de risco para o desenvolvimento da doença. Métodos: Foi realizado um questionário anónimo e observadas as mãos de 148 doentes que se encontravam internados no Hospital Pêro da Covilhã, do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB), entre os meses de Outubro a Dezembro de 2014. Após confirmação da presença de DD avaliou-se a funcionalidade da mão através do questionário Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand (DASH) validado para português. Na presença de contractura efectuou-se a medição do grau de Défice de Extensão Passiva Total (DEPT) com auxílio de um goniómetro. O estudo integra todos os doentes com mais de 70 anos internados nos serviços em que se obteve autorização, excluindo todos os que apresentaram algum grau de desorientação, naturalidade não nacional e os que se recusaram a participar no estudo. Resultados: Dos 148 idosos entrevistados, 54,1% eram mulheres, 45,9% eram homens e a faixa etária mais representada foi a faixa compreendida entre os 80-84 anos (33,1%). A doença teve maior prevalência no sexo masculino (59,5%) (razão M:F de 1,5:1) e na faixa etária dos 80-84 anos (35,1%), tendo sido possível verificar que a idade de apresentação da doença ocorreu sempre em idades superiores aos 50 anos. Averiguou-se que a DD era predominantemente bilateral (59,5%), embora a mão dominante fosse a direita em 89,2% dos casos, e que o raio afectado com mais frequência foi o 4º raio. No que concerne à gravidade das lesões, verificou-se que a corda palpável foi a deformidade mais encontrada, seguida do DEPT<90º. A história familiar positiva para DD foi relatada em apenas 8 inquiridos, enquanto que a historia cirúrgica foi positiva em apenas 4 doentes e destes, 3 apresentavam recidiva ou extensão. A doença esteve presente em 37 indivíduos (25%) tendo-se obtido uma correlação significativa (para ?? <0,05) entre a DD e o consumo de álcool (?? =0,015), contudo, não se obteve significância estatística entre a patologia e os restantes factores de risco para o mesmo grau de significância. Ainda foi possível aferir que a variável consumo de álcool (??=0,026) apresentou um efeito significativo sobre o logit da probabilidade de um indivíduo desenvolver DD. Conclusão: A prevalência da DD na amostra em análise, assemelha-se à descrita na literatura. Estabeleceu-se relação entre a DD e o consumo de álcool, porém não foi possível correlacionar a doença com mais nenhum factor de risco em estudo.
- Immune System Regulation by Gonadal Steroid HormonesPublication . Martins, Raquel Xavier; Fonseca, Ana Mafalda LoureiroAutoimmune diseases are more prevalent in women while infectious diseases occur more often in men. Immune system responses differ between genders which suggest that sexual hormones are involved. Systemic Lupus Erythematosus (SLE) is an autoimmune disease with one of the greatest female sex bias. The etiology of the disease remains poorly defined. Gene-environment interactions are constantly being identified with epigenetics increasingly appearing as a crucial element in the pathogeneses of the disease. Sexual hormones are thought, for a long time, to be involved in the development of the disease given the sexual bias it presents. The monography pretends to evaluate estrogen’s role on the female SLE bias. As the predominant female hormone, and taking into account that the hormonal changes occurring in women relate to disease progression, it is a strong candidate to explain the higher women incidence and prevalence of the disease. Thought the female to male ratio is greater in the reproductive years it is still present in all ages. Other factors are probably rendering the female gender more susceptible to SLE, not ruling out estrogen as a large influent. Estrogen receptor a (ERa) emerges as a central player on immune system mediation by 17ß-estradiol (E2). Evidence on an aberrant cytokine profile on disease development is emerging and it seems to be dependent on ERa expression. The ER also modulates Toll-like Receptor (TLR) signalling and dendritic cells (DC) activity as does with B and T cells. These cells’s maturation and selection respond to E2 influence and their activity and survival are enhanced by its presence. TLR9 and minichromosome maintenance (MCM) proteins are also noteworthy as mediators of E2 action on immune cells. DNA methylation changes also involving ERa promoter region seem to participate in disease development. Different aspects of immune regulation can be modulated by the female hormone estrogen towards an increased system activation and reactivity. Other sexual hormones action on immune system should be studied in order to compare results and better understand the sexual bias in SLE.
