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- Avaliação da mortalidade em mulheres pós-menopáusicas após a fratura da extremidade proximal do fémurPublication . Santos, João Nuno Matos Pais Silva; Abreu, Pedro Miguel Martins de AzevedoIntrodução: A osteoporose (OP) é uma doença caracterizada por diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitectura do osso, conduzindo a um aumento do risco de fratura. Trata-se de uma doença com uma elevada prevalência, que aumenta com a idade, particularmente nas mulheres após a menopausa. De entre as complicações mais frequentes e graves da OP destacam-se as fraturas da extremidade proximal do fémur (FEPF), que estão associadas a altas taxas de mortalidade e dependência de terceiros. Tendo a Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco, EPE, uma área de influência em que os idosos representam uma importante parcela da população, é imperativo a condução de estudos elucidativos sobre o real espectro desta patologia na população. Materiais e métodos: Estudo observacional, retrospetivo, longitudinal e analítico das mulheres com idade igual ou superior a 65 anos, internadas no Serviço de Ortopedia do Hospital Amato Lusitano (HAL), entre janeiro 2012 e dezembro 2013, devido a FEPF de baixo impacto. A recolha de dados foi feita através da consulta de processos clínicos. A análise estatística foi efetuada através do teste t-student e consideraram-se os resultados significativos para p <0,05. Resultados: Calculou-se uma incidência anual de FEPF, em mulheres com idade igual ou superior a 65 anos, de 775,5 por 100.000 habitantes. A idade média das pacientes foi de 84,75 ± 6,52 anos. A hipertensão arterial foi a doença mais observada (64,1%). 25,3% das pacientes apresentaram antecedentes de fratura de baixo impacto, sendo que a fratura mais frequente foi a FEPF (9,5%). Em apenas 6,6% dos processos das pacientes constava o registo de diagnóstico de OP. De igual modo, apenas 7,6% e 14,8% das pacientes se encontravam medicadas com tratamento anti-osteoporótico prévia e posteriormente à fratura, respetivamente. O tempo de espera cirúrgico foi em média de 1,91 ± 2,85 dias. Em relação ao tratamento prestado, apenas em 3,9% das pacientes se optou pelo tratamento conservador. Um ano após fratura, a taxa de mortalidade foi de 18,8%. Os fatores de risco associados à mortalidade após FEPF foram a idade, classificação ASA e tratamento conservador. Conclusão: Ficou demostrada a importância acrescida da OP e da FEPF em populações onde a faixa etária constituída por pessoas acima dos 65 anos representa uma parcela importante. Examinando os parâmetros estudados, verifica-se uma resposta pronta após FEPF, no entanto, muito pouco está a ser feito ao nível da prevenção, diagnóstico e tratamento da OP.
- Cirurgia sem cicatrizes: Que abordagens?Publication . Cardoso, Diogo Henrique Matoseiro dos Santos; Matos, José Manuel Novo de; Pastor Borgoñón, Guillermo JoséA “era moderna” da cirurgia laparoscópica tem as suas bases no século XIX, quando Philipp Bozzini criou o primeiro endoscópio a que chamou Lichtleiter. Desde aí, verificou-se uma evolução gradual da mesma, enfrentando grande cepticismo e tendo o seu apogeu no final do século XX. As suas vantagens face à cirurgia aberta são inúmeras, não só em termos cosméticos, mas também relativamente a incidência de infecções, herniação, dor e estadia pós-operatória. Ultrapassou as técnicas clássicas enquanto “gold standard” para a maioria dos procedimentos e tornou-se sinónimo de cirurgia minimamente invasiva. Sendo a medicina uma área em permanente revolução, seria expectável que, com o passar dos anos, novos desenvolvimentos ocorressem na cirurgia minimamente invasiva. Foi o que aconteceu, tendo resultado no nascimento de NOTES (Natural Orifice Transluminal Endoscopic Surgery). Esta técnica visa realizar procedimentos cirurgicos através das aberturas naturais do corpo humano, como a boca, o ânus, a vagina ou a uretra, eliminando, dessa forma, os traumas externos à parede abdominal. Foi o florescer do conceito de cirurgia sem cicatrizes. Na mesma época duas outras técnicas de cirurgia minimamente invasiva começaram a ser desenvolvidas, a SILS (Single Incision Laparoscopic Surgery) e a Minilaparoscopia. A primeira procura realizar cirurgias através de uma incisão única na superfície externa do corpo, preferencialmente transumbilical – preservando desta forma a integridade da parede abdominal, ao utilizar uma cicatriz natural – e a última, tal como o nome indica, baseia-se nos mesmos princípios da laparoscopia convencional, mas através da utilização de instrumentos de pequeno diâmetro (3mm), minimizando assim a agressão à parede abdominal. Com o desenvolvimento destas técnicas minimamente invasivas pretende-se melhores resultados cosméticos, redução da incidência de infecção da ferida cirúrgica e da herniação, menor tempo de internamento e de dor pós-operatória. Para tal, foram realizados inúmeros estudos e ensaios clínicos sobre cada uma das técnicas. Actualmente, devido à falta de desenvolvimento tecnológico que permita criar novas plataformas e instrumentos adequados para a realização destes procedimentos e, consequentemente, validação dos mesmos, observa-se uma fusão destas técnicas, com predominância para a minilaparoscopia. Enquanto se assiste ao desenvolvimento tecnológico na área, continuar-se-á em busca do equilibrio perfeito entre instrumentação e técnica, aliado a aposta na formação e a novos ensaios clínicos.