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- Estudo da prevalência da dor crónica em estudantes do 9º anoPublication . Reigota, Rita Sofia da Rocha; Macedo, Susana AbreuIntrodução: A dor, definida pela Associação Internacional para o Estudo da Dor como “experiência desagradável sensorial e emocional, associada a lesão tecidual, real ou potencial, ou descrita em termos de tal lesão”, é atualmente vista como um problema de saúde pública. Em Portugal, a prevalência de dor crónica na população adulta é de 36,7%. Estudos realizados noutros países apontam para uma prevalência de 15% a 25%, em crianças e adolescentes. Estando associada a diminuição da assiduidade escolar, fraco aproveitamento escolar, distúrbios de sono e apetite e problemas sociais, foi sentida a necessidade de levar a cabo um estudo da sua prevalência em Portugal, de modo a ser possível implementar-se medidas para o controlo dos seus efeitos. Objetivos: estudar a frequência da dor nos estudantes do 9.º ano nas escolas da Covilhã, caracterizá-la em relação à sua distribuição por género, meio de residência, localização, duração e medidas tomadas para a combater e comparar os resultados com outros obtidos noutros países. Métodos: foi realizado um estudo observacional retrospetivo, entre fevereiro e maio de 2015, através de um questionário de autopreenchimento numa amostra por conveniência de alunos do 9.º ano de escolas do concelho da Covilhã. Foram considerados válidos 182 questionários. Discussão: 87% dos adolescentes reporta dor nos últimos 3 meses e, destes, 42% reporta dor crónica, sendo mais frequente em raparigas. Localizações como a cabeça, costas e membros são as que mais incomodam. Mais de metade dos adolescentes reporta dores pelo menos uma vez por semana. A intensidade média verificada é de 5,5 ± 1,7, avaliada pela escala visual analógica. Quase um terço dos inquiridos consulta um médico, sendo que este valor é significativamente mais elevado em meio rural e nas intensidades de dor mais elevadas. O uso de medicação verifica-se em cerca de 43% dos casos, sendo significativamente mais elevado nas raparigas, nos residentes nos meios urbano e semiurbano, e na cotação de dor mais elevada. Mais de um terço dos que sofrem de dor crónica refere dor grave. O estudo revela que a dor é um problema prevalente entre os adolescentes do concelho da Covilhã. É essencial realizar estudos semelhantes em outras regiões do país, para se ter uma visão nacional do problema, abordar outras faixas etárias, avaliar a presença de fatores desencadeantes de dor e a repercussão funcional nos indivíduos afectados.
