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- Estudo epidemiológico sobre uma população de doentes com Polimialgia Reumática do Hospital Amato LusitanoPublication . Lopes, Sónia Marisa Quintela; Abreu, Pedro Miguel Martins de AzevedoIntrodução: A Polimialgia Reumática é uma doença reumática inflamatória de etiologia desconhecida que se caracteriza por dor e rigidez das cinturas escapular e pélvica. Observa-se em pessoas com mais de 50 anos e as mulheres são tipicamente mais afectadas. Os marcadores inflamatórios mostram-se geralmente elevados e é característica uma resposta dramática aos corticoesteróides. Não existem testes de diagnóstico específicos, apenas um conjunto de critérios de classificação propostos em 2012, sendo fundamental a exclusão de outras doenças, como a Artrite Reumatóide e as neoplasias malignas. A Polimialgia Reumática relaciona-se com a Arterite de Células Gigantes. A Osteoporose é uma das possíveis complicações associadas à corticoterapia a longo prazo. Objectivos: Pretende-se fazer a análise de uma coorte de doentes com Polimialgia Reumática, que incluirá a descrição da amostra, a verificação da aplicabilidade dos novos critérios de classificação e a caracterização da doença e da sua evolução. Realizar-se-á, também, uma investigação do risco de fractura osteoporótica. Os resultados obtidos serão discutidos e comparados com o que está descrito na literatura. Material e Métodos: Este estudo é descritivo, observacional e retrospectivo. Consultaram-se os processos clínicos e electrónicos de 29 doentes seguidos em consultas de Reumatologia entre Março de 2010 e Dezembro de 2014. Foram analisadas e discutidas diversas variáveis, como os marcadores inflamatórios e as doses de corticoterapia utilizadas. Para a avaliação do risco de fractura osteoporótica utilizou-se o modelo FRAX®. Resultados: A amostra caracteriza-se por uma idade média de 76 anos e 45% dos doentes do sexo feminino. Na apresentação, 83% queixava-se de dor ou rigidez da cintura escapular, 57% tinha dor ou rigidez na cintura pélvica e 36% referia rigidez matinal superior a 45 minutos. A velocidade de sedimentação e a proteína C reactiva encontravam-se inicialmente elevadas em 68% e 61% dos doentes, respectivamente. Todos os doentes apresentaram resposta favorável após o início da terapêutica. Em nenhum doente foi diagnosticada Arterite de Células Gigantes ou Artrite Reumatóide, tendo ocorrido um caso de Síndrome Paraneoplásica. Discussão: Verificaram-se algumas variações face ao que está descrito na literatura. A reduzida dimensão da amostra consiste numa limitação importante relativamente à aplicabilidade dos resultados obtidos. Conclusão: Os clínicos devem estar sensibilizados para esta condição que assume uma prevalência e impacto na qualidade de vida consideráveis. Será da maior relevância que se realizem mais estudos nesta área com amostras populacionais maiores, para que se possa compreender melhor esta entidade e abordá-la correctamente.