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- Personalização da terapêutica da hipertensão arterialPublication . Mesquita, Gonçalo Miguel Résio; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deIntrodução: A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma doença comum causada pelo colapso das vias aéreas superiores, dando origem a um estado de asfixia transitória. Devido a isso, os doentes com esta condição experienciam hipoxia intermitente, despertares recorrentes, distúrbios do sono, sonolência diurna, dificuldades cognitivas e má qualidade vida. A SAOS foi também identificada como a primeira causa secundária identificável e tratável de HTA no VII relatório da JNC. Porém, a sua relação com a HTA e a fisiopatologia que a sustenta, ainda são alvo de discussão. As mais recentes recomendações para o diagnóstico e tratamento de doentes com SAOS e HTA publicadas em 2013 pela Sociedade Respiratória Europeia (ERS) e pela Sociedade Europeia da Hipertensão (ESH) são ainda inconclusivas no que respeita à terapêutica farmacológica anti-hipertensiva mais adequada para estes doentes. Metodologia: Para a realização deste trabalho efectuou-se a pesquisa de artigos científicos através de vários motores de busca como o PubMed, Google e Google Scholar e ainda a B-on. Objectivos: Esta revisão tem como objectivo compilar informação actualizada sobre a relação da hipertensão com a síndrome da apneia obstrutiva do sono, a sua epidemiologia, fisiopatologia e diagnóstico. Mas sobretudo explorar as recomendações e estratégias mais actuais para o controlo da hipertensão em pacientes com SAOS. Para tal, exploraram-se os mais recentes achados sobre o impacto de diversas terapêuticas na pressão arterial de doentes com SAOS, com destaque especial para o tratamento com CPAP e diversas drogas anti-hipertensivas. Conclusões: Podemos concluir que a informação disponibilizada pelos ensaios clínicos actuais ainda é insuficiente para que se possam produzir recomendações claras e sustentadas sobre a melhor terapêutica farmacológica anti-hipertensiva para estes doentes. Contudo, as drogas anti-hipertensivas que bloqueiam os receptores beta adrenérgicos e o sistema renina-angiotensina-aldosterona parecem apresentar os resultados mais promissores. Porém muito provavelmente a terapêutica ideal consistirá numa associação de intervenções no estilo de vida, terapêutica anti-hipertensiva e ventiloterapia com CPAP.
