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- Estudo comparativo das complicações maculares, após facoemulsificação com implante de lente intraocular, entre doentes normais e diabéticosPublication . Almeida, Diana Filipa Oliveira; Pereira, Manuel MonteiroIntrodução: A catarata contribui para cerca de 50% da cegueira mundial e o seu desenvolvimento pode ter etiologia congénita, ou ser secundário à presença de doenças sistémicas como a diabetes mellitus. Atualmente, o tratamento curativo standard para esta patologia consiste na cirurgia de facoemulsificação com implante de lente intraocular, na qual se procede à remoção do cristalino por microfragmentação e aspiração, com consequente implante da lente. Esta abordagem cirúrgica apresenta como principal vantagem a diminuída invasão ocular que se repercute numa baixa incidência de complicações pós-operatórias. Contudo, o desenvolvimento de edema macular cistoide, após a intervenção cirurgia, é uma possível complicação que consiste na acumulação de líquido e formação de cistos no espaço extracelular, secundários às alterações agudas que ocorrem na vasculatura retiniana pelo trauma cirúrgico. Um dos fatores de risco apontados na literatura para o desenvolvimento tanto da catarata como do edema macular é a diabetes mellitus, uma doença crónica e multissistémica que pode comprometer a longo prazo a normal anatomia e fisiologia da retina, pelo desenvolvimento de alterações no endotélio vascular, que se manifestam na forma de retinopatia diabética. Objetivo: Com base nestes conhecimentos, surgiu o interesse em comparar, com recurso à tomografia de coerência ótica, a incidência do desenvolvimento de edema macular entre doentes saudáveis e doentes diabéticos, ambos com diagnóstico de cataratas, após facoemulsificação com implante de lente intraocular. Métodos: Utilizou-se uma amostra de 32 doentes (64 olhos) submetidos a facectomia e seguidos na Clínica Oftalmológica das Antas - Porto. Os indivíduos em estudo foram divididos em 2 grupos: diabéticos sem retinopatia diabética e não diabéticos, formados por, respetivamente, 14 e 18 elementos, os quais se subdividiram por sexo (M/F) e por idades (<65 anos; ≥65 anos). Através dos resultados obtidos por tomografia de coerência ótica realizada aos dois olhos antes e depois da cirurgia, procedeu-se à análise comparativa dos valores da espessura média da depressão foveal (área C) e das áreas periféricas da mácula (áreas A1 a A4 e B1 a B4). Resultados / Conclusão: Os resultados alcançados permitiram concluir que, contrariamente ao que é apresentado em grande parte da bibliografia, o desenvolvimento de edema macular pós-cirúrgico ocorre de forma semelhante nos doentes saudáveis e nos diabéticos. Apesar de o valor médio da espessura macular não ter apresentado diferenças estatisticamente significativas entre estes dois grupos, a espessura média no grupo dos não diabéticos foi ligeiramente superior.
