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- Ensino e aprendizagem de competências de comunicação no Curso de Medicina da UBIPublication . Roque, Ana Carolina; Vitória, Paulo dos Santos Duarte; Nunes, Célia Maria Pinto; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deIntrodução: O ensino da Medicina tem sido alvo de grandes mudanças ao longo do tempo e tem, atualmente, como finalidade, preparar os alunos com um conjunto de aptidões no domínio do conhecimento, das habilidades sensitivo-motoras e, também, do relacionamento interpessoal. As competências de comunicação concretamente têm ganho um crescente relevo no ensino da medicina e na prática clínica. Objetivos: Confrontar um esquema proposto por especialistas para o Ensino/Aprendizagem da Comunicação no Curso de Medicina com o plano de estudo vigente no curso da FCS/UBI, através de: 1) Análise da avaliação das competências essenciais de comunicação clínica realizada pelos alunos do 5º e 6º ano do curso de Medicina da FCS-UBI, do ano letivo 2014-2015; 2) Análise do currículo dos estudantes de Medicina da FCS-UBI. Materiais e Métodos: Estudo de investigação, observacional e transversal. Participaram neste estudo 181 alunos, do 5º e 6º ano de Medicina da FCS-UBI, com uma média de 24,2 ± 2,2 anos de idade. A maioria dos participantes era do sexo feminino (65,2%), frequentava o 6º ano de Medicina (52,5%) e tinha preferência pelas áreas médicas (54,7%). Foi aplicado um questionário online construído a partir de uma adaptação das competências comunicacionais descritas e avaliadas no “European consensus on learning objectives for a core communication curriculum in health care professions”. [1] A análise estatística foi realizada com base nos programas Statistical Package for the Social Science® versão 22.0 e Microsoft Office Excel 2010®. Para a análise exploratória dos dados foram aplicados alguns conceitos da estatística descritiva e algumas técnicas de inferência estatística considerando-se um nível de significância de 5%. Resultados: 1) Os alunos reconhecem a importância das competências de comunicação no exercício da Medicina e consideram, na generalidade, que o curso de Medicina da UBI dá a devida importância a estas competências. 2) A maioria dos alunos concorda apenas parcialmente que se sente preparada relativamente ao domínio das competências de comunicação. 3) A avaliação dos alunos sobre a sua preparação para utilizar competências de comunicação clínica está relacionada com o ano curricular que frequentam. 4) Existe uma associação significativa (p<0,05), na maioria dos casos forte, entre o modo como as competências comunicacionais em estudo foram lecionadas ao longo do curso e o domínio destas pelos alunos. 5) A escolha de uma das 5 competências nucleares definidas no Licenciado Médico em Portugal como a “competência mais importante” na formação médica obteve resultados muito heterogéneos; os alunos consideram os Conhecimentos a competência mais importante na educação médica pré-graduada, seguida pelas Aptidões interpessoais de comunicação. Conclusão: Os estudantes reconhecem a importância das competências de comunicação na prática médica, mas nem todos se sentem preparados para as aplicar. Foi também demonstrada a existência de uma relação entre o modo como as competências comunicacionais são ensinadas e a perceção do domínio das mesmas pelos estudantes de medicina, o que sugere que adaptações no ensino destas competências poderão moldar a opinião dos alunos sobre o seu domínio.
- Consumo de substâncias psicoativas nos estudantes de Medicina da UBI e perceção do risco associadoPublication . Duarte, Luís Carlos Almeida; Vitória, Paulo dos Santos DuarteIntrodução: Os jovens, em particular os estudantes universitários, constituem pelas mais variadas razões um grupo de risco no que concerne ao consumo de substâncias psicoativas. Há diversos estudos que relatam níveis elevados de consumo de substâncias psicoativas entre os estudantes universitários portugueses. O consumo de substâncias psicoativas e a perceção do risco associado ao seu consumo são influenciados por diversos fatores. Importa deste modo analisar esses fatores numa população com características especiais, os estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior. Este grupo de estudantes possui à partida mais conhecimento e formação no que diz respeito às substâncias psicoativas, nomeadamente relativamente aos seus efeitos nocivos. Objetivos: Caracterizar o consumo de substâncias psicoativas e a perceção do risco associado nos estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior. Metodologia: Estudo observacional descritivo transversal, com aplicação de um questionário online de autopreenchimento que foi disponibilizado aos 865 alunos matriculados no ano letivo 2014/2015 no curso de Medicina da Universidade da Beira Interior. Participaram 277 estudantes (70% do sexo feminino e 30% do sexo masculino). A idade média dos participantes foi de 22,05±2,8 anos. O questionário incluía questões para a caracterização da amostra, questões sobre o consumo de substâncias psicoativas e sobre a perceção do risco relativamente ao consumo de substâncias psicoativas. Resultados: Entre os inquiridos 10,8% refere consumo regular de bebidas alcoólicas, 3,2% consumo regular de cannabis e 7,2% consumo regular de tranquilizantes e hipnóticos ao longo da vida. O consumo de bebidas alcoólicas (p=0,003) e de cannabis (p?0,001) varia em função do sexo, sendo superior no sexo masculino. O consumo de tranquilizantes e hipnóticos também varia em função do sexo (p?0,001), e é superior no sexo feminino. O sexo feminino apresenta níveis superiores de perceção do risco de consumo de cannabis e de bebidas alcoólicas comparativamente ao sexo masculino. Observa-se uma relação negativa entre perceção do risco de uma dada substância psicoativa e o consumo dessa substância. Conclusão: Os estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior possuem níveis consumo de substâncias psicoativas que não devem ser negligenciados. Deste modo, sugere-se a aplicação de programas de prevenção específicos dirigidos a este e outros grupos de estudantes universitários, devido às características peculiares de cada grupo. Tais programas devem ter em conta que a perceção do risco influencia o consumo de substâncias psicoativas.
