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- TuberculosePublication . Lima, Marília dos Santos; Monteiro, Andreia; Rodrigues, Bárbara GonçalvesA tuberculose é uma doença infectocontagiosa predominantemente causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis, também conhecido por bacilo de Koch. Após a inalação desta micobactéria, os indivíduos podem desenvolver doença, ou por outro lado, permanecer infetados, com uma forma latente de infeção. Os indivíduos com infeção tuberculose latente são assintomáticos, porém encontram-se em risco de desenvolver doença ativa no futuro. O envolvimento pulmonar é o mais frequente, contudo, o bacilo da tuberculose pode atingir qualquer órgão ou sistema do organismo. Conhecida por muitos como “a grande simuladora”, a tuberculose carrega frequentemente uma elevada dificuldade diagnóstica, pelas múltiplas apresentações que pode ter. Esta é capaz de simular um número considerável de patologias que cursam com atingimento inespecífico e progressivo do estado geral. Apesar de poder ser prevenida e curada mediante diagnóstico e tratamento adequados e atempados, a tuberculose pode evoluir desfavoravelmente com consequências devastadoras. A descoberta do seu agente etiológico remonta ao ano de 1882, por Robert Koch. No entanto, apesar dos avanços do conhecimento desde essa época, bem como do advento da antibioterapia, a tuberculose continua a constituir um problema de saúde atual, com grande impacto a nível mundial. No decorrer dos anos noventa do século passado, foi mesmo considerada pela Organização Mundial de Saúde como uma emergência global, e atualmente o combate desta infeção continua a ser parte integrante da agenda da comunidade nacional e internacional. Verifica-se nos dias que correm, um significativo desconhecimento sobre esta infeção bem como a frequente associação da mesma a um passado remoto, estando muitas vezes na origem de estigma por parte da sociedade. Atendendo à realidade da tuberculose, propõe-se com a presente dissertação desmistificar e esclarecer algumas questões relativas a esta doença infeciosa tão atual. Para a sua elaboração, foi efetuada uma revisão bibliográfica do tema, com recolha de informação em sites de organizações e instituições da área em questão, e consulta de artigos científicos. O trabalho incorpora uma contextualização epidemiológica da tuberculose a nível nacional e internacional, uma visão sobre a transmissão e fisiopatologia da infeção, bem como os aspetos fundamentais a conhecer sobre a tuberculose pulmonar e a forma latente da infeção. É abordado sucintamente a apresentação da tuberculose pulmonar e o modo como se processa o seu o diagnóstico e tratamento. Relativamente à infeção latente por tuberculose, esta recebe um especial destaque, pelo facto de representar um dos reservatórios “ocultos” mais significativos de doença ativa no futuro e contágio, sendo abordadas, entre outras questões, as particularidades do seu rastreio.
- Paraganglioma do corpo carotídeoPublication . Moreira, Pedro Manuel Ferreira; Patto, Maria da Assunção Morais e Cunha Vaz; Sequeira, Cristina Fidalgoparaganglioma do corpo carotídeo, também conhecido como tumor glómico carotídeo, quimiodectoma ou tumor de células não-cromafins, é uma neoplasia rara, geralmente benigna, pertencente ao grupo dos tumores neuroendócrinos. Apresenta-se habitualmente sob a forma de uma massa não dolorosa de localização latero-cervical; tem sido, contudo, diagnosticado cada vez mais de forma incidental. A ecografia duplex, a tomografia computorizada e a ressonância magnética nuclear são os exames complementares de diagnóstico mais úteis e acessíveis. De forma a prevenir complicações locais futuras, que ocorrem com a evolução natural da doença, e eliminar o pequeno risco de malignidade, é frequentemente proposta a ressecção cirúrgica, não livre de riscos. Existem por isso várias correntes de abordagem alternativas a esta patologia, que incluem diferentes técnicas cirúrgicas, embolização pré-cirúrgica e radioterapia, o que demonstra a falta de consenso nesta matéria. A classificação de Shamblin é utilizada para prever a complexidade de uma eventual ressecção cirúrgica. Têm havido desenvolvimentos recentes na compreensão das bases genéticas dos paragangliomas, especulando-se ainda sobre a patofisiologia molecular. Como suporte à revisão bibliográfica expõe-se o caso de uma paciente do sexo feminino que se apresentou aos oitenta anos de idade com uma massa cervical não dolorosa com tempo de evolução prolongado, que se veio a diagnosticar como paraganglioma do corpo carotídeo; a paciente apresentava também um quadro sintomatológico mal definido desencadeado pela deglutição, que se admite ser propiciado pela massa tumoral. Pela revisão da literatura conclui-se que a ressecção cirúrgica do tumor deve ser considerada a abordagem de primeira linha quando não há risco inaceitável de complicações; técnicas cirúrgicas ou pré-cirúrgicas adjacentes podem ser aplicadas de acordo com a experiência pessoal. Exames imagiológicos como a ecografia duplex, a tomografia computorizada e/ou a ressonância magnética nuclear são geralmente suficientes para fazer o diagnóstico; recomenda-se ainda o estudo genético a todos os doentes. O seguimento deve ser prolongado e incluir exames de imagem. Prevêem-se novos desenvolvimentos num futuro próximo sobre a etiopatogenia genética dos paragangliomas, o que permitirá aprofundar os conhecimentos actuais sobre a biologia molecular e, presumivelmente, criar tratamentos médicos específicos para esta patologia.