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- O papel dos Recetores do Glutamato na génese da Dor CrónicaPublication . Fernandes, Carla Luísa Dias; Macedo, Susana AbreuA dor crónica é definida como uma dor que persiste para além do estímulo nociceptivo que lhe deu origem. Explica-se pela neuroplasticidade do sistema somatossensorial, no qual ocorrem mudanças complexas nos neurónios sensitivos a vários níveis, como resposta à exposição a mediadores inflamatórios ou como consequência de lesão neuronal. Desde os trabalhos de Mark Mattson, que se sabe que o neurotransmissor glutamato não só tem funções a nível sináptico, como também tem um papel importante na regulação do crescimento dendrítico e na sinaptogénese. Este neurotransmissor, em conjunto com fatores neurotróficos, tem um papel central na plasticidade e na sobrevivência neuronal através da modulação do cálcio intracelular. Os referidos achados revelaram a base molecular da regulação da plasticidade neuronal dependente da atividade. No presente estudo de revisão é resumida e discutida a evidência científica existente sobre o papel dos recetores do glutamato na génese e na manutenção da dor crónica.
- “O moinho do meu avô!”Publication . Tacheiro, César Miguel do Adro; Coelho, António Julio Marques Baptista; Gomes, Luís Manuel FerreiraNum concelho com um riquíssimo e diversificado Património cultural mas que com o passar do tempo cai em esquecimento há a necessidade de chamar a atenção à população em geral, e às entidades responsáveis para a necessidade de preservar, restaurar, reabilitar, divulgar e/ou dar a conhecer, em prol do bem-estar das populações locais, todas as estruturas cuja situação, estado de conservação ou raridade, o justifiquem. Falamos de um concelho (Valpaços) com 130 moinhos de rodízio, em que apenas alguns, poucos, não podem ser visitados, ou porque se encontram totalmente destruídos ou, e principalmente, porque os acessos são absolutamente impraticáveis, depois de dezenas de anos de abandono em ambiente extremamente agressivo. Abandonados pelos Homens que deles fizeram, quantas vezes, o seu ganha-pão rapidamente entraram em decadência, as paredes e telhados ruíram e a vegetação apoderou-se de todo o espaço por completo, todos os acessos, por vezes estreitos carreiros junto de precipícios naturais. E, “como um mal nunca vem só” rapidamente surgiram, após este abandono, os angariadores de “despojos” dos vencidos nesta batalha inglória das tecnologias, que destruíram, mutilaram e roubaram tudo aquilo que lhes interessava para ornamentar a esplanada ou o jardim da sua vivenda. Numa atividade que rematou todo o negativo processo que acabou de ser referido. Interessa, portanto, dar, assim, uso a este passado arquitetónico como património, rejuvenescê-lo, e reutilizá-lo, reatribuindo-lhe funções e atratividade/dignidade e associando-o, se possível, a uma fonte de dinamização social e de rendimento económico, designadamente, através do turismo rural, potenciando estes espaços naturais, hoje esquecidos. Habitar é a chave, habitar estes moinhos, estas ruínas que podem ser transformadas em habitações periódicas de dimensões mínimas, sendo essencial que os arquitetos adotem técnicas e conceitos adequados para proporcionar o conforto e condições de vida necessários, otimizando esses espaços, mantendo a memória do local, um local distante, diferente, de abrigo e longe de toda a complexidade que compõe os grandes centros urbanos.