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- Avaliação e tratamento da dor aguda numa Unidade de Cuidados Intensivos PolivalentePublication . Nave, Patrícia Isabel Marcelino; Martins, Isabel Maria Duque Gonçalves; Lourenço, Nulita Marisa InácioIntrodução: A dor aguda é um fenómeno fisiológico limitado no tempo e que permite a sinalização de uma lesão ou disfunção orgânica. A dor no doente crítico, seja por causas médicas, cirúrgicas ou resultante de procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos, é muito frequente. A sua prevenção e tratamento adequados dependem de uma avaliação sistemática deste sinal vital. A falência desta abordagem poderá resultar em fenómenos de cronificação da dor com impacto significativo na qualidade de vida. Objetivos principais: O presente trabalho tem como objetivos (1) estudar a regularidade da avaliação da dor no doente crítico médico nas primeiras 24 horas de internamento e (2) estudar o tratamento da dor aguda na realização de procedimentos com potencial álgico. Materiais e métodos: A recolha de dados decorreu durante seis meses, em dois momentos distintos, um momento retrospetivo, entre outubro e dezembro de 2015 e, um momento prospetivo, de fevereiro a abril de 2016. Os dados das amostras foram recolhidos utilizando o processo clínico de cada doente e a folha de registo de abordagem da dor. Excluíram-se doentes com idade inferior a 18 anos e doentes cirúrgicos. O tratamento de dados foi realizado através do IBM SPSS Statistics versão 23.0. Resultados: Verificou-se que em 89,13% dos casos foram realizadas entre três a seis avaliações da dor nas primeiras 24 horas de internamento; 10,87% dos doentes têm menos de três avaliações e nenhum doente teve mais de seis avaliações. Em apenas 28% dos procedimentos com potencial álgico foi administrada terapêutica analgésica. Discussão: A avaliação da dor foi adequadamente realizada na maioria dos doentes (89,13%). Apesar desta avaliação sistemática, em apenas 28% dos procedimentos foi administrada terapêutica analgésica. A instabilidade clínica característica destes doentes e a inexistência de protocolos de tratamento de dor poderão justificar esta avaliação subótima e a reduzida adesão ao tratamento da mesma, respetivamente. Conclusão: A dor no doente crítico é comum, independentemente do seu motivo de admissão. Apesar da frequência de avaliação da dor, nesta unidade, estar de acordo com o recomendado pela Direção Geral de Saúde, a administração de terapêutica analgésica nos procedimentos com potencial álgico observou-se numa reduzida percentagem. A criação de protocolos de analgesia assume-se como uma prioridade na tentativa de melhorar a prevenção e o tratamento da mesma.
