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- Comparação da retenção do conhecimento em sépsis adquirido através de aprendizagem baseada em simulação de alta-fidelidade vs. casos clínicos em formato PBL em alunos de medicinaPublication . Brito, Mariana Simplício Ferreira; Patrão, Luis Manuel Ribau da Costa; Tjeng, RicardoIntrodução: Nos últimos anos, os métodos de aprendizagem ativa têm ganho especial atenção na prática do ensino da Medicina, tendo também Portugal apostado na sua aplicação. Com a criação da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, investiu-se numa metodologia que substitui o sistema de ensino “tradicional” por um sistema de ensino integrado, segundo a metodologia de aprendizagem por problemas (problem-based learning). Com o intuito de atuar na vertente prática do ensino pré-graduado, surge o Laboratório de Competências, inserido na Faculdade de Ciências da Saúde, utilizando métodos como, por exemplo, a simulação. Assim, este estudo pretende avaliar o impacto destes métodos na retenção de conhecimentos e no grau de satisfação, a fim de adaptar as metodologias de ensino aos estilos de aprendizagem dos alunos. Materiais e métodos: Investigação realizada com 17 de 30 alunos voluntários do 3ºano do Mestrado Integrado em Medicina, divididos entre sessões de simulação de alta-fidelidade e discussão de casos clínicos em formato problem-based learning, acerca de sépsis. Foi feita a avaliação da retenção de conhecimentos através de um pré-teste e de um pós-teste (um mês após as sessões) através de um questionário de 10 perguntas e o grau de satisfação por um questionário avaliando 3 domínios (nível de realismo, qualidade de instrução e satisfação geral). A análise estatística foi feita através do software Statistical Package for Social Sciences versão 24.0® e do Microsoft Excel®. Resultados: Todos os alunos melhoraram as suas classificações no teste de retenção, sendo este aumento significativo para ambas as condições. O aumento das classificações segundo o método problem-based learning foi maior em relação à simulação (41,0 > 35,5, p-value>0,05), portanto os alunos sujeitos a simulação de alta-fidelidade não apresentam uma retenção de conhecimentos superior aos alunos sujeitos a sessões de casos clínicos em formato problem-based learning. Para ambos os métodos, o grau de satisfação foi elevado, contudo a simulação de alta-fidelidade não se mostrou superior comparativamente às sessões de casos clínicos em formato problem-based learning. Conclusões: A simulação de alta-fidelidade acarreta custos elevados, devido aos vários recursos utilizados, devendo por isso ser utilizada apenas quando as evidências demonstrarem que é superior a outras metodologias e cuja eficácia permite atingir os objetivos de aprendizagem. Para isso, a escolha das metodologias deve ser sustentada em estudos científicos e na experiência dos docentes nelas envolvidos, para que o currículo contemple o estilo de aprendizagem dos alunos.
- Filosofia Kaizen aplicada à saúdePublication . Chambino, Beatriz Boloto; Almeida, Anabela Antunes deA Organização Mundial de Saúde (OMS) define Saúde como estado de “completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidade”. Assim, os serviços de saúde pelo mundo fora tentam não só prestar cuidados a este nível, mas melhorar todo o processo de atendimento para a maior satisfação do utente, tendo em vista a diminuição de custos desnecessários. A implementação e formação em filosofias de gestão direcionadas para a melhoria contínua dos processos e dos colaboradores tem sido a opção mais intuitiva e económica encontrada em várias áreas, incluindo a da Saúde. Esta dissertação tem como objetivo expor e clarificar a Filosofia Kaizen e os seus princípios, bem como explicar as ferramentas utilizadas na implementação desta. Pretende, ainda, analisar alguns exemplos de casos reais onde esta metodologia de melhoria contínua já foi introduzida e as principais dificuldades sentidas. Para alcançar estes objetivos optou-se por uma revisão bibliográfica, que recorreu ao estudo de vários trabalhos académicos e livros relacionados com o tema e, ainda, a pesquisa em websites específicos dos Hospitais estudados e do Instituto Kaizen. O trabalho foi dividido em 5 capítulos que abordam desde a história das filosofias de gestão, a origem do Pensamento Lean, às ferramentas na base da Filosofia Kaizen. Um capítulo foi reservado para apresentar o Instituto Kaizen presente em Portugal. Por último, serão demonstradas as melhorias atingidas com a implementação da Filosofia Kaizen em vários Hospitais, nacionais e internacionais. Melhorias ao nível da rapidez de atendimento, da diminuição de desperdícios relacionados com o material e tempo de espera, da melhoria e simplificação de processos, da maior comunicação multidisciplinar e da diminuição e organização de stock foram algumas das metas atingidas pelos hospitais analisados. A extensão da implementação das ferramentas diferenciou os Hospitais Nacionais dos Internacionais, uma vez que em Portugal se tem optado por aplicar a Filosofia Kaizen em pequenos serviços do Hospital, em vez de abranger a totalidade dos departamentos. No entanto, com a implementação de uma nova metodologia de trabalho existe alguma resistência à mudança, que deve ser combatida com a formação e motivação dos colaboradores.
- Uso de casos clínicos virtuais no ensino clínico do sistema cardiocirculatórioPublication . Ferreira, João Miguel Figueiral; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro de; Gama, Jorge Manuel dos ReisIntrodução: A simulação é um método rapidamente em expansão na educação médica e constitui um importante complemento à educação clínica dos estudantes de medicina. Foram, por isso, introduzidos, no ano letivo 2015/2016, casos clínicos virtuais aos estudantes de medicina da UBI. Será, por isso importante saber se os estudantes estão satisfeitos com a implementação de casos clínicos virtuais, e se estes são adequados à aquisição e aplicação de conhecimentos e competências. Terá também interesse saber como estes se comparam com a simulação que já existia nesta instituição. Métodos e Materiais: De forma a descobrir a opinião dos alunos da UBI acerca dos casos clínicos virtuais, foram distribuídos questionários aos alunos do 4º ano de medicina, os quais foram pioneiros com este tipo de simulação na UBI. Dos alunos que realizaram esta atividade e aceitaram responder aos questionários resultou uma amostra de 114 estudantes. Os questionários eram compostos por 16 perguntas de resposta em escala tipo Likert de 5 pontos e 5 perguntas abertas. Foi também realizada uma entrevista de grupo. Resultados: Inicialmente foi realizada uma análise fatorial exploratória da qual resultaram 4 fatores. As questões incluídas no fator relacionado com a perceção dos casos clínicos virtuais revelaram que os alunos concordam que a simulação com casos clínicos virtuais é um método agradável e um importante complemento às atividades letivas. Os alunos também concordam que esta simulação é realista. Para além dessa característica, a interatividade e o dinamismo também foram focados como sendo do agrado dos alunos. Além disso, e tendo em consideração o fator relativo à aquisição de conhecimentos e competências, os alunos concordam que os casos clínicos virtuais são adequados a este propósito, nomeadamente através da integração de conhecimentos, desenvolvimento do raciocínio clínico e descoberta de lacunas. O fator alusivo à aplicação de conhecimentos e competências, em que se incluiu a prática e discussão em grupo mostrou que a simulação virtual é útil para esse pressuposto. Por fim, o último fator revelou que quando comparados com a simulação no manequim os alunos tendem a preferir os casos clínicos virtuais, devido à interatividade, às vastas opções de resposta e uso simples. Conclusão: A introdução dos casos clínicos virtuais foi do agrado dos estudantes que responderam aos questionários, permitindo a aquisição e aplicação de conhecimentos e competências. Constatou-se ainda que a maioria dos alunos preferiu a recém introduzida simulação virtual aos casos clínicos simulados no manequim.
