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- Prevenção das Infeções associadas a Cuidados de Saúde em Medicina IntensivaPublication . Morais, Daniela Patrícia Pinheiro; Melo, Eduardo Luís Almeida e; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deAs infeções associadas a cuidados de saúde são um problema de âmbito global devido à elevada morbi-mortalidade e aos altos custos associados, constituindo uma séria ameaça à saúde pública. Apresentam-se como um dos maiores riscos associados à hospitalização e são universalmente reconhecidas como um indicador de qualidade dos cuidados de saúde e de segurança do doente. O impacto das infeções associadas a cuidados de saúde é particularmente relevante na medicina intensiva face à crescente tecnologia médica invasiva, ao elevado número de doentes imunodeprimidos e ao aumento da resistência aos antimicrobianos. Os objetivos desta dissertação são identificar as infeções associadas a cuidados de saúde mais prevalentes em unidades de cuidados intensivos, esclarecer quais as infeções preveníveis e abordar as principais medidas preventivas que devem ser adotadas para diminuir as taxas destas infeções através de uma revisão bibliográfica que incide sobretudo em documentos oficiais, nacionais e internacionais, de organismos de referência na saúde. A prevalência de infeções associadas a cuidados de saúde é elevada em doentes admitidos nas unidades de cuidados intensivos onde as infeções mais comuns são as infeções do trato respiratório, as infeções da corrente sanguínea, as infeções do local cirúrgico e as infeções do trato urinário. As infeções podem ser causadas por agentes infeciosos de fontes endógenas ou exógenas, moduladas por fatores de risco intrínsecos e extrínsecos e os programas intensivos de higiene e controlo de infeção devem focar-se nas infeções teoricamente elimináveis e no controlo dos fatores de risco extrínsecos. Os principais riscos estão relacionados com a presença de dispositivos invasivos, procedimentos cirúrgicos e exposição a antimicrobianos de largo espetro. As principais medidas de prevenção e controlo assentam, por um lado, no cumprimento de precauções básicas como higiene das mãos, uso adequado de equipamentos de proteção individual, descontaminação de material, controlo ambiental e isolamento e, por outro lado, no uso racional e parcimonioso de antimicrobianos, utilizando a vigilância epidemiológica de infeções e de resistências como indicador de resultados. Os programas de controlo devem ser estruturados segundo feixes de intervenção, um conjunto de medidas que promovem um resultado com impacto superior ao da mera adição do efeito de cada uma das medidas, individualmente.
