Browsing by Issue Date, starting with "2018-03-7"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- O processo de desprescrição em idosos polimedicados revisitadoPublication . Amorim, Adriana Araújo; Morgado, Manuel Augusto Nunes Vicente PassosO presente relatório foi desenvolvido no âmbito da unidade curricular “Estágio” e representa a minha experiência profissionalizante obtida no Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, na vertente de Investigação (Capítulo I) e Farmácia Comunitária (Capítulo II). O primeiro capítulo, referente à componente de investigação desenvolvida, intitula-se “O Processo de Desprescrição em Idosos Polimedicados Revisitado”. A polimedicação em idosos é uma situação cada vez mais frequente e que tem levantado preocupações nos profissionais de saúde. As múltiplas comorbidades e as alterações fisiológicas associadas ao processo de envelhecimento, colocam o idoso num patamar de risco no que diz respeito a possíveis danos induzidos por medicamentos. De forma a minimizar os impactos negativos associados à polimedicação e ao uso de medicação inapropriada é necessário realizar intervenções de otimização da terapêutica, tendo em vista uma redução do número de medicamentos, ou seja, o processo de desprescrição. Assim, tornou-se conveniente proceder a uma nova avaliação de estudos conduzidos na população idosa para reduzir os efeitos negativos à toma concomitante de vários medicamentos e ao uso de medicação inapropriada. Para a concretização desta investigação, foi conduzida uma revisão da literatura na base de dados PubMed, sobre ensaios de desprescrição em idosos, nos últimos dez anos, da qual resultou uma compilação de 13 estudos. Da análise detalhada e rigorosa de cada um deles, verificou-se que a grande maioria dos idosos recrutados para estudo estão polimedicados e tomam medicamentos cujo o risco supera o beneficio ou não têm indicação clínica clara para o fazer. Em todos os estudos, as mudanças do número médio de medicamentos foram bem-sucedidas e uma proporção substancial dos doentes tolerou uma redução cuidadosa da dosagem ou retirada de certas classes de medicamentos sem consequências nocivas e com possível melhoria na qualidade de vida. O farmacêutico, enquanto especialista do medicamento, pode ter um papel mais proativo na sinalização e monotorização destes doentes. No sentido de reverter esta situação, é fundamental a articulação com outros profissionais de saúde. O capítulo II, diz respeito à minha experiência profissionalizante na área de Farmácia Comunitária, decorrida na Farmácia Avenida, em Barcelos, entre 11 de setembro de 2017 e 19 de janeiro de 2018. Este estágio permitiu-me integrar o conhecimento obtido durante a minha formação académica e adquirir competências necessárias ao futuro, no exercício da profissão farmacêutica, na interação com o doente e na promoção da saúde.