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- MicroRNAs em Oncologia: Potencialidades no Cancro PancreáticoPublication . Mata, Joana Raquel Pires; Gonçalves, Bruno Figueiredo; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deAs neoplasias malignas são, na atualidade, um verdadeiro problema de saúde pública correspondendo à segunda causa de morte a nível mundial. A carga global do cancro está a aumentar rapidamente e perspetiva-se que continue a aumentar. O cancro pancreático, embora não sendo dos cancros mais incidentes (posicionando-se no 11º lugar a nível mundial) corresponde, mundialmente, à sétima causa de morte por cancro, em ambos os sexos. Verifica-se uma elevada mortalidade nos pacientes diagnosticados com esta patologia, números esses que espelham praticamente os números dos casos de incidência do mesmo, refletindo a sua natureza letal. O aumento da incidência do cancro traz continuamente novos desafios e a necessidade de desenvolver biomarcadores que possibilitem a identificação precoce, a monitorização, terapêutica e prognóstico das neoplasias malignas. Os microRNAs são pequenas sequências não-codificantes de RNA cuja função assenta na regulação da expressão génica. Dada a sua importante função, não surpreende que a sua desregulação esteja implicada em diversos processos patológicos, nomeadamente o cancro. Estas pequenas sequências têm vindo a ser investigadas, apontando para uma função promissora como biomarcadores. No que se refere ao cancro pancreático, já vários estudos identificaram microRNAs circulantes derivados do tumor que se encontram sobre ou sub regulados, caracterizando-os como biomarcadores, nomeadamente de diagnóstico e prognóstico, sendo que alguns dos identificados incluem microRNA-21, microRNA-210, microRNA-155. Considerando a elevada taxa de metastização do cancro pancreático, a identificação de microRNAs (microRNA 10b, 21, entre outros) motiva a sua utilização como potenciais biomarcadores que refletem a propensão de metástase. Todos estes achados representam possíveis novos biomarcadores com potencial de definir a mais adequada intervenção terapêutica nestes doentes. Com o presente trabalho pretende-se efetuar uma revisão das potencialidades dos microRNAs e a sua utilização como biomarcadores no cancro pancreático.
- Avaliação da cognição e atividades da vida diária de utentes de Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas da Covilhã e BelmontePublication . Gago, Ana Laura do; Baltazar, Graça Maria Fernandes; Afonso, Rosa Marina Lopes Brás MartinsIntrodução: Estima-se que em 2050, 32% da população portuguesa terá idade superior a 65 anos. Na zona da Cova da Beira o fenómeno de envelhecimento é mais acentuado, onde 25,24% da população residente é idosa. As alterações socioculturais a que as famílias têm sido sujeita aumentam a dificuldade de prestar os devidos cuidados aos idosos levando, frequentemente à sua institucionalização, sendo a incapacidade de gerir as necessidades diárias a principal motivadora deste desfecho. O principal motivo desta incapacidade são as doenças crónicas, sendo que a prevalência e incidência de Declínio Cognitivo Ligeiro (DCL) e Demência estão a aumentar em Portugal, comprometendo a autonomia e independência dos idosos, constituindo importantes fatores de risco para a institucionalização. O objetivo do presente trabalho foi o de avaliar a relação entre o défice cognitivo e a prevalência de incapacidade funcional, em idosos de lares da Covilhã e Belmonte. Este estudo foi baseado na recolha de dados em 3 lares de idosos da Covilhã e de Belmonte, entre Outubro e Dezembro de 2017 e contou com a participação de 68 idosos. Para este estudo foram utilizados o Addenbrooke’s Cognitive Examination-Revised (ACE-R), a Global Deterioration Scale (GDS) e o Inventário de Avaliação Funcional para Adultos e Idosos (IAFAI). Através deles pretendeu-se rastrear défice cognitivo e a existência de incapacidade funcional. Para a análise de dados utilizou-se o Software Package for Social Sciences (SPSS). A amostra estudada foi constituída por 68 pessoas idosas, sendo 52 do sexo feminino e 16 do sexo masculino, com média de idades de 81,29?7,3 anos. Dos 68 idosos, 64 apresentavam défice cognitivo (94,1%) e apenas 4 se apresentavam sem qualquer défice cognitivo (5,9%). Em relação à capacidade funcional, apenas 4 idosos (5,9%) não apresentavam incapacidade funcional, 13 idosos (19,1%) tinham um grau de incapacidade ligeiro, 16 idosos (23,5%) apresentavam um moderado grau de incapacidade, 27 idosos (39,7%) tinham um grau de incapacidade grave e 8 idosos (11,8%) encontravam-se com um grau completo de incapacidade. Os valores de ACE-R Total para o género masculino (M = 58,25?17,4) foram significativamente superiores aos resultados obtidos no sexo feminino (M = 41,06?18,5). Para a variável idade, verificou-se que os valores obtidos para a faixa etária 66-79 anos (M = 52,86?17,6) foram estatisticamente superiores aos os valores da faixa 80-95 anos (M = 41,71?19,7). Constatou-se também que em indivíduos com escolaridade os valores obtidos foram significativamente maiores (M=51,18?17,684) do que em indivíduos sem escolaridade (M=32,11?17,663). Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas nos resultados obtidos para as diferentes variáveis no IAFAI. Foi possível verificar uma forte correlação negativa entre a existência de incapacidade funcional e défice cognitivo (rs = -0,609, p < 0,0005), indicador da forte associação entre deterioramento do estado cognitivo e decaimento da capacidade funcional. Os resultados deste estudo apontam para uma elevada prevalência de défice cognitivo e incapacidade funcional nos idosos institucionalizados, alertando-nos para a necessidade de desenvolver e implantar planos de atividades cognitiva e funcionalmente estimulantes nestas instituições, de modo a prevenir e atrasar o desenvolvimento destes défices. Com a deterioração do estado cognitivo, a capacidade funcional irá diminuir, reforçando a importância da estimulação cognitiva e funcional entre os idosos.