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- Síndrome da Fadiga Crónica: Como? Quando? Porquê?Publication . Silva, Sónia Cristina Ferreira da; Correia, Paula Cristina Moreira AntunesIntrodução: O Síndrome da Fadiga Crónica é uma patologia crónica, caracterizada principalmente pela presença de fadiga intensa, que pode piorar com a actividade mental ou física, não melhora com o repouso, e onde estão presentes também outros sintomas. Vários nomes foram já atribuídos a esta condição, assim como Encefalopatia ou Encefalomielite Miálgica, Mononucleose crónica e Síndrome da Fadiga Pós-Viral. No que diz respeito à síndrome nas crianças, o quadro clínico da condição caracteriza-se de forma semelhante, contudo as consequências e limitações tonam-se mais marcadas. Objectivos: Analisar a literatura actual sobre como, quando e porquê se desenvolve o Síndrome da Fadiga Crónica, dando particular atenção ao quadro nas crianças e adolescentes. Métodos: Para este estudo, foi realizada pesquisa bibliográfica e revisão de literatura, recorrendo principalmente às plataformas PubMed, ScienceDirect, UpToDate e Medline. Discussão: O Síndrome da Fadiga Crónica pode ser diagnosticado em todas as idades e raças, sendo mais comum no sexo feminino, à excepção do caso das crianças onde é igualmente comum entre os dois sexos. Apesar da etiologia desconhecida da síndrome, muitas teorias foram já colocadas em estudo para uma melhor compreensão da mesma e dos factores predisponentes, precipitantes e perpetuadores. Esta síndrome tem como sintoma fundamental a fadiga persistente, mas caracteriza-se também por sintomas acompanhantes como sono não reparador, mal-estar pós exercício físico, artralgias migratórias, mialgias generalizadas, faringite ou odinofagia, cefaleias, gânglios linfáticos aumentados ou dolorosos, entre outros. O diagnóstico desta patologia é clínico e assenta na exclusão de outras causas possíveis para os sintomas do paciente e na aplicação de critérios diagnósticos como os Oxford Criteria, os Canadian Criteria e os Centre for Disease Control and Prevention Criteria. No que diz respeito ao tratamento, este é baseado na melhoria dos sintomas, no aumento da qualidade de vida e no aumento da funcionalidade destes pacientes, podendo ser aplicadas medidas farmacológicas e não farmacológicas, como a terapia de exercício físico gradual, a terapia cognitiva comportamental e o acompanhamento familiar. Conclusão: A etiologia do Síndrome da Fadiga Crónica mantem-se por esclarecer, acreditando-se hoje em dia que um único agente primário não pode ser o responsável, e tendo-se formulado um modelo biopsicossocial. Apesar dos diferentes critérios de diagnóstico existentes, os mais utilizados na prática clínica são os Centre for Disease Control and Prevention Criteria, que assentam na presença de fadiga por um período maior que 6 meses, acompanhada de pelo menos 4 outros sintomas. Apesar de não existir nenhum tratamento que leve à cura desta síndrome, as terapias mais eficazes para estes doentes mostraram ser a terapia de exercício físico gradual e a terapia cognitiva comportamental.
- Internet e os jovensPublication . Moreira, Solange Filipa Russo; Correia, Paula Cristina Moreira AntunesA era tecnológica tem sido acompanhada de importantes mudanças nos estilos de vida e tem permitido um maior acesso dos jovens à Internet e aos computadores. Como consequência e associada a um uso excessivo das novas tecnologias, surgiu um novo conceito “Dependência de Internet”. À semelhança dos outros tipos de dependência há uma necessidade de estar perante o objeto da compulsão, experienciando sensações de desconforto e ansiedade na ausência do mesmo. Como é de esperar, consequências a nível social, psicológico, económico, interpessoal estão implicadas, sendo fulcral o reconhecimento e atuação precoce de modo a prevenir a progressão desta psicopatologia. Sendo os adolescentes o principal grupo de risco, os pais e o grupo devem também estar alerta para os sinais sugestivos de dependência, devendo difundir-se mais informação acerca desta temática para despertar a população para esta realidade. Embora exista ainda uma controvérsia quanto aos critérios de diagnóstico da Dependência de Internet, diversos investigadores têm tido este tema como base para diferentes estudos e têm-se verificado progressos nesta área. O objetivo é que se estipule um conjunto de critérios consensual e uniforme, facilitando a identificação da dependência e atuação clínica face à mesma. Portugal é um dos países onde o uso excessivo de Internet atinge proporções elevadas e a tendência é que a incidência venha a aumentar nos próximos anos. Sendo uma dependência cujo desfecho poderá ser tão grave quanto as dependências químicas, é importante estar atento a este crescimento e entender que se trata efetivamente de uma patologia, ao invés de desvalorizar. A identificação dos casos de dependência e uma abordagem multidisciplinar são cruciais no acompanhamento destes jovens.