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- Suicídio em idosos na área judicial da CovilhãPublication . Figueira, Mariana Moreira Leão; Vieira, Duarte Nuno Pessoa; Gonçalves, Francisco Manuel Corte-RealO suicídio é atualmente considerado como um marcante problema de saúde. Vários estudos têm demostrado que a população idosa tem uma taxa elevada de suicídios comparativamente aos restantes grupos etários. Não existe um fator causal único para o suicídio nestes indivíduos, sendo a etiologia geralmente complexa e multifatorial. Portugal seguindo a tendência expectável dos países desenvolvidos, tem no grupo etário de indivíduos maiores de 65 anos a percentagem mais significativa de suicídios. Vários estudos referem que até dois terços dos indivíduos contactam o seu médico de família um mês antes de cometerem uma tentativa de suicídio criando uma oportunidade única para sinalizar estes indivíduos, permitindo o seu tratamento preventivo. Este estudo tem como objetivo analisar a realidade dos suicídios, em idosos autopsiados no Gabinete Médico-Legal da Covilhã. Visou-se conhecer, nomeadamente, o método de suicídio, características (hora, local, mês), os perfis dos indivíduos (sexo, idade, estado civil, etc.), suscetível de proporcionar, assim, um melhor conhecimento das características gerais desta população específica. Foi um estudo documental e retrospetivo, por revisão dos relatórios de autópsia relativos a suicídios em indivíduos com 65 ou mais anos autopsiados no GML da Covilhã no período entre 2006 e 2016.Os dados foram posteriormente tratados estatisticamente com análise descritiva e inferencial não paramétrica. Em 522 autópsias realizadas no GML da Covilhã durante o período de tempo do estudo, 39 foram registadas como suicídios em indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos. O perfil do idoso suicida nesta região é maioritariamente homem, com idade média de setenta e cinco anos de idade, na maioria das vezes casado e que geralmente concretiza este ato em casa, mais comumente através de enforcamento, frequentemente nos meses de abril, novembro e fevereiro. A facilidade de acesso parece ser importante para a escolha dos meio de suicídio. A informação recolhida pode ajudar a criar um “perfil” que, em conjunto com a melhoria dos registos de autópsia, ajude a detetar os idosos que se encontram potencialmente nesta situação e a melhorar os planos de prevenção na região.
