Browsing by Issue Date, starting with "2019-06-05"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Primíparas do Centro Hospitalar Cova da Beira, um estudo de 3 anosPublication . Duarte, Nádia Virgínia Carvalho; Brito, Andrea Cunha Henriques; Rodrigues, Nélia Lamberta PereiraIntrodução: A gravidez é uma etapa da vida importante para a mulher e para a sociedade. Assegurar o planeamento, a deteção precoce e o acompanhamento da gestação, do parto e do período neonatal é um dos grandes objetivos para a manutenção de altos índices de saúde materno-infantil e bem-estar físico e psicológico no ato de gerar. Objetivos: Pretende-se com este estudo aprofundar os conhecimentos sobre o parto no Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, conhecer a estatística e o impacto das características socio demográficas, obstétricas e maternas nos recém-nascidos, na gravidez e no parto das primíparas do serviço de Obstetrícia. Métodos: O presente estudo retrospetivo é de carácter transversal e observacional, cujos dados foram recolhidos de uma amostra dos processos clínicos de mulheres que tiveram o primeiro parto entre janeiro de 2015 e dezembro de 2017 no Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira. Resultados: Entre janeiro de 2015 e dezembro de 2017 ocorreram 1626 partos dos quais 831 foram primíparas. A amostra é constituída por 264 primíparas com idade média de 30,25 anos. Destas,15,9% encontravam-se em situação de desemprego. O ganho ponderal gestacional médio foi 10,729 ± 4,810 Kg. Destas gestações, 45,5% culminaram em partos eutócicos, 38,6% em cesarianas e 15,9% em partos vaginais instrumentalizados. As três justificações mais frequentes dos partos distócicos foram: sofrimento fetal agudo (12,1%), estado fetal não tranquilizador (9,5%) e incompatibilidade feto-pélvica (6,8%). Nos partos vaginais, 33,95% ocorreram com recurso a epidural sendo os restantes sem recurso a analgesia. Os recém-nascidos de partos vaginais instrumentalizados obtiveram, no 1º minuto, valores de APGAR mais baixos do que os nascidos de parto eutócico (p-value = 0,001). Nasceram 265 nados vivos com peso médio de 3038,98 ± 434,55 gramas. Destes, 9,8% possuíam um peso inferior a 2500 gramas sendo que as respetivas primíparas gestantes obtiveram um ganho ponderal médio (9,120 ± 5,5330 gramas) inferior ao das gestantes de recém-nascidos com peso superior a 2500 gramas. Com uma relação estatisticamente significativa, as primíparas desempregadas geraram recém-nascidos com peso superior às empregadas e quanto maior o ganho ponderal durante a gestação maior o peso ao nascimento. Conclusão: A gravidez e o parto são afetados pelas alterações sociodemográficas observadas atualmente e, tanto o peso dos recém-nascidos como o desfecho materno e neonatal são influenciados pelas intercorrências na gestação, pelo estilo de vida e pelos antecedentes maternos. O seguimento da gestação é uma das principais formas de assegurar o bem-estar tanto materno-fetal bem como de todo o núcleo familiar do novo elemento a ser gerado.
