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- Prevalence and risk factors for food allergy in elderly individualsPublication . Dias, Inês Laia; Barata, Luís Manuel Taborda; Gama, Jorge Manuel dos ReisBackground: Various studies suggest that the prevalence of food allergy may be increasing worldwide. Results regarding the prevalence and features of adverse food reactions in the elderly have, however, scarcely been analysed in the literature. Thus, the objective of the present systematic review is to describe the prevalence of food allergy, as well as its risk factors, clinical features and most frequently involved foods. Methods: This systematic review protocol was registered at the PROSPERO online platform (https://www.crd.york.ac.uk/prospero/) number CRD42018102140. We conducted a systematic review and meta-analysis on the prevalence and risk factors for food allergy in elderly individuals. We searched international electronic databases including MEDLINE, EMBASE, Cochrane Library, CINAHL, AMED and ISI Web of Science, as well as clinical trials databases for published, unpublished and on-going studies from 1980 to 2019. There were no restrictions on the language or geography of publication. The Critical Appraisal Skills Programme (CASP) quality assessment tool was used to appraise the methodological quality of the included studies. A descriptive summary with data tables was elaborated, and when clinically relevant and statistically adequate, a meta-analysis using random-effects modelling was carried out, given the expected clinical, methodological and statistical heterogeneity of the selected studies. The PRISMA checklist guided the reporting of the systematic review. Results: The prevalence of food allergy in the elderly was 11.2% for self-report, lower than that of SR + food-specific IgE levels (25.4%) and SPT (24.3%), and higher than that in children (when data were available) for all methods of outcome assessment, and that in adults only with self-report. No results were obtained regarding the time and geographical tendencies, predominant foods, risk and prognostic factors, and clinical manifestations of food allergy in the elderly. There was great heterogeneity both in the systematic review and the meta-analysis, which was highest for milk and derivatives (I2=97.142%), moderate for peanuts (I2=44.342%) and lowest for others (I2=0.000%). Conclusions: This systematic review allowed us to draw up-to-date estimates of the prevalence of adverse food reactions in elderly individuals, worldwide. The data reported in all selected studies did not allow an analysis regarding time and geographical trends, predominant foods, risk and prognostic factors, and clinical manifestations of food allergy in the elderly. Our review only involved studies that fully met the inclusion criteria and included analysis of study biases that might affect exposure and outcomes.
- Desfechos do hipotiroidismo subclínico na gravidez e o seu tratamentoPublication . Sousa, Beatriz Adelaide Mendes de; Lemos, Manuel Carlos Loureiro deIntrodução: A disfunção tiroideia é frequente na gravidez e pensa-se que esta esteja associada a maus desfechos obstétricos e neonatais, uma vez que o normal funcionamento da glândula tiroide é fundamental para o desenvolvimento fetal. Embora o feto consiga sintetizar hormonas da tiroide, entre a décima e a décima segunda semana de gestação, ele é dependente das hormonas maternas até à vigésima semana. A patologia tiroideia que mais frequentemente afeta a gravidez é o hipotiroidismo subclínico. De forma inconsistente, esta patologia tem sido associada a aumento de abortamentos espontâneos e mortes fetais, descolamento prematuro da placenta e rutura de membranas, além de alterações no neurodesenvolvimento dos seus filhos. Objetivos: O objetivo desta monografia foi verificar se existe evidência de melhorias nos desfechos obstétricos e neonatais do hipotiroidismo subclínico tratado durante a gravidez, bem como no desempenho cognitivo da criança, filha de mãe com esta patologia. Material e Métodos: O presente trabalho teve como base a pesquisa bibliográfica de artigos científicos na base de dados “PubMed/MEDLINE” com recurso às palavras-chave “subclinical hypothyroidism”, “pregnancy” e “treatment”. A pesquisa incluiu ensaios clínicos, observacionais e retrospetivos. A pesquisa foi completada através da consulta de documentos de entidades científicas. Resultados: Esta monografia identificou nove artigos que abordaram os efeitos do tratamento nos desfechos adversos do hipotiroidismo subclínico na gravidez, bem como no neurodesenvolvimento dos filhos de mães com esta patologia. A globalidade dos estudos não identificou diferenças na anemia materna, hemorragia pós-parto, rutura de membranas, descolamento prematuro da placenta nem no neurodesenvolvimento e comportamento da criança. Contudo, não existiu consenso, entre os diversos estudos referenciados, relativamente à taxa de trabalho de parto pré-termo, perda gestacional, diabetes e hipertensão gestacional, número de recém-nascidos com baixo peso à nascença e com baixos resultados APGAR. Discussão: Os dados disponíveis, relativamente às vantagens e desvantagens do tratamento do hipotiroidismo subclínico na gravidez, permanecem, ainda, pouco conclusivos. Isto poderá dever-se, particularmente, às caraterísticas dos estudos que têm sido desenvolvidos, uma vez que são estudos com amostras pequenas e que carecem de uma metodologia e critérios rigorosos para a sua elaboração. Conclusão: Este trabalho veio reforçar a necessidade da realização de mais estudos prospetivos, randomizados rigorosos neste tema. Estes deverão envolver uma amostra mais alargada de pacientes, de modo a que se possam tirar conclusões generalizáveis à população-geral.
- Síndrome de Strümpell-LorrainPublication . Sá, Inês Damásio de; Patto, Maria da Assunção Morais e Cunha Vaz; Ramos, Lina Maria de Jesus Ferreira Cardoso; Pinto, Nuno Filipe CardosoIntrodução: A Paraparésia Espástica Hereditária, também conhecida por Síndrome de Strümpell-Lorrain, pertence ao grupo de doenças neurodegenerativas raras, genética e clinicamente heterogéneas, que se caracteriza por uma síndrome piramidal progressiva dos membros inferiores. O diagnóstico é essencialmente clínico e de exclusão. Objetivos: Apresentação de um estudo de caso de uma doente com paraparésia espástica de instalação progressiva, cujos exames de neuroimagem e estudos genéticos realizados em 2015 não mostravam alterações, tendo-se aumentado o estudo recorrendo a um painel alargado de genes de interesse e uso da estimulação magnética transcraniana. Os principais objetivos são o estudo das bases teóricas, esclarecimento etiológico, orientações terapêuticas individualizadas e aconselhamento genético para este caso concreto. Resultados: A estimulação magnética transcraniana foi realizada em dois momentos separados, com o objetivo de estudar a via piramidal e a progressão da doença. Os possíveis efeitos terapêuticos não foram estudados. Após a sua análise, verificou-se na segunda avaliação um aumento de 2,5 milissegundos no tempo de condução motor central para o membro superior esquerdo, sendo que este resultado já se encontrava fora dos valores de normalidade. Ambos os estudos mostraram ausência de resposta do membro inferior esquerdo após estimulação cortical. O estudo genético identificou duas variantes em heterozigotia nos genes IFIH1 e LYST. Conclusões: Os avanços notáveis na ciência, e em particular na genética, auspicia uma nova era em que diagnósticos clínicos podem ser confirmados, embora não se conheçam ainda todos os genes que causam Paraparésia Espástica Hereditária. Por isso, a ausência de variante patogénica identificável, não exclui por si só o diagnóstico, que continua essencialmente clínico. A estimulação magnética transcraniana representa um método promissor no diagnóstico e controlo da evolução das doenças neurodegenerativas. Os resultados obtidos revelaram compromisso da condução do sistema nervoso central, suportando um possível diagnóstico.
