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- Key Factors to Consider in Team Meetings when Dealing with Multimorbidity in Primary Care: Results from a Delphi PanelPublication . Prazeres, José Filipe Chaves Pereira; Simões, José Augusto RodriguesBackground: Multimorbidity brings several difficulties and challenges to the daily work of primary care teams. Team meetings are opportunities to discuss approaches and solutions on how to best manage multimorbid patients. Objective: This qualitative study aimed to collect a consensus, from general practitioners that deal with multimorbid patients, about their perspectives regarding multimorbidity team meetings in primary care. Methods: The study followed a modified Delphi method with 15 Portuguese general practitioners. After every round of responses, results were analyzed, and justifications for non-consensual items were aggregated by the investigators, and then a new Delphi round with the revised questionnaire was again initiated. This process was repeated until consensus has been reached. Results: Overall, a list of 10 key themes associated with the ideal meeting was agreed: (a) definition; (b) setting; (c) duration; (d) frequency; (e) number of participants; (f) attendance; (g) requirement of patient’s presence; (h) number of patients/clinical cases; (i) structure of the meeting; and (j) sharing meeting results. The consensus was achieved after two Delphi rounds with a mean score between 7.9 and 8.7 (maximum score of 9.0 per key theme). Conclusion: The complexity of multimorbidity affects meetings’ periodicity, duration, and participants. Ideally, it should be an interprofessional primary care team meeting. Further research exploring meeting outcomes (organizational effectiveness and healthcare quality) of the proposed factors is needed before they can be recommended for general use.
- Trombocitopenia Imune Primária do AdultoPublication . Paiva, Ana Isabel Raposo; Sousa, Patrícia Alexandra Correia de; Ibarzabal, Patrícia AmanteguiIntrodução: A Trombocitopenia Imune Primária é uma doença auto-imune, que causa destruição plaquetar periférica. A citopenia é isolada, cursando com discrasias hemorrágicas mucocutâneas, embora muitos doentes sejam assintomáticos. O diagnóstico é de exclusão e não obriga ao tratamento. Atualmente, existem guidelines internacionais que definem critérios diagnósticos e terapêuticos, contribuindo para a qualidade, eficácia, eficiência e segurança dos cuidados. Materiais e Métodos: Realizou-se um estudo retrospetivo observacional com consulta de processos e recolha de dados clínicos e laboratoriais de adultos com Trombocitopenia Imune Primária seguidos de 2008 a 2016 no Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira. Baseado nas guidelines das sociedades americana e espanhola de Hematologia, definiram-se critérios diagnósticos e terapêuticos. Para todos os doentes, o estudo diagnóstico deve incluir: história clínica e exame físico, hemograma, esfregaço de sangue periférico, estudo da coagulação, da função renal e hepática, anticorpos antinucleares, serologias virais e ecografia abdominal. O tratamento deve ser iniciado na presença de discrasias hemorrágicas ativas ou plaquetas inferiores a 20-30 x 109/L. O tratamento de primeira linha consiste em corticoterapia em altas doses, podendo ser adicionada Imunglobulina humana. Avaliou-se a concordância entre a prática clínica e os critérios diagnóstico e terapêuticos definidos. Resultados: A amostra inclui 52 doentes com um rácio Masculino:Feminino 1:1,9 e idade mediana ao diagnóstico de 55 anos (18-94). 88% dos doentes tiveram uma evolução crónica da doença. Os exames mais frequentemente em falta foram a ecografia (27%), o Vírus da hepatite C (23%) e os anticorpos antinucleares (19%). Foram pesquisados os anticorpos antiplaquetários em 28 doentes (54%) que positivaram em 7 (25%). O mielograma foi realizado em 16 casos (31%). 9 doentes (29%) com infeção a Helicobacter pylori erradicada não corrigiram a trombocitopenia. 67% dos doentes foram tratados, dos quais 2 não cumpriram critérios formais. Todos os doentes mantidos em vigilância não tinham critério para tratamento. As opções terapêuticas foram a corticoterapia (n=21), a corticoterapia com IgIV (n=11), IgIV (n=1) e anti-RhD (n=1). 96% dos doentes tratados com corticoides responderam. Discussão: As recomendações para o diagnóstico foram cumpridas em apenas 56% da amostra e exames não recomendados são frequentemente efetuados, como a pesquisa de Helicobacter pylori, anticorpos antiplaquetares e mielograma. Este estudo permitiu evidenciar as dificuldades da abordagem diagnóstica da PTI no exercício médico, sendo esta doença um desafio clínico pelo seu diagnóstico de exclusão. A elaboração de um protocolo diagnóstico tipo check-list poderá ser de fácil aplicação perante a suspeita da doença. No tratamento, as recomendações internacionais tiveram uma aplicação mais consensual.
- Tumor benigno de Brenner do ovárioPublication . Silva, Catarina Ferreira da; Moutinho, José Alberto FonsecaIntrodução: O tumor benigno de Brenner é um tumor epitelial do ovário de apresentação rara que corresponde a 1-2,5% de todos os tumores do ovário. A sua maioria são benignos, mas conhecem-se também os tipos malignos e borderline. O diagnóstico é habitualmente realizado em idade pós-menopausa, pelo que o surgimento durante a gravidez é um fenómeno raro. A sua apresentação clínica é geralmente assintomática, por isso, são identificados acidentalmente por exames de imagem ou durante cirurgias realizadas por outros motivos. Ocorrem frequentemente associados a cistoadenomas mucinosos, mas esta relação ainda não se encontra bem esclarecida. O diagnóstico definitivo é histológico obtido através da identificação de ninhos de células de transição do tipo urotelial envolvidos num estroma de tecido fibromatoso, após a remoção cirúrgica do tumor. Neste trabalho, são descritos 3 casos clínicos de mulheres diagnosticadas com tumor benigno de Brenner benigno e, dada a raridade do tumor e a sua apresentação clínica inespecífica, pretende-se clarificar os conhecimentos relativos a este tumor, elucidar quanto à sua etiologia e epidemiologia, compreender as dificuldades diagnósticas inerentes, entender as opções terapêuticas e o prognóstico da doença. Métodos: Foram recolhidos, de forma retrospetiva, os dados clínicos que constavam no processo clínico de 3 pacientes diagnosticadas com Tumor Benigno de Brenner do ovário no Centro Hospitalar da Cova da Beira. Para o estudo, foram analisados os fatores demográficos, sintomas, as alterações ao exame físico, exames complementares de diagnóstico realizados (ecografia abdominal, tomografia computorizada), cirurgias ou opções terapêuticas, e os relatórios anátomo-patológicos das respetivas peças operatórias. Resultados: As 3 pacientes identificadas eram do sexo feminino, duas com idade pós-menopáusica (74 e 66 anos) e uma em idade fértil (42 anos) que se apresentava grávida. Apenas o primeiro caso manifestou-se sob a forma de uma massa abdominal, as restantes eram assintomáticas pelo que o tumor, no segundo caso, foi identificado apenas por ecografia pélvica e, na terceira paciente, durante o parto por cesariana. Imagiologicamente, os tumores apresentavam aparência complexa com áreas solidas e quísticas, com septações e calcificações. Ooforectomia bilateral foi realizada nos dois primeiros casos e, no último caso, a abordagem preferida foi a tumorectomia. A análise histológica revelou, nos 3 casos, a presença de células epiteliais de transição sugestivas de tumor de Brenner benigno do ovário. Nos 3 casos, o tumor estava associado a um tumor secundário, sendo que, em 2 casos tratava-se de um cistoadenoma mucinoso do tipo intestinal e no terceiro caso de um papiloma superficial do ovário. Em nenhum dos casos há registo de recidiva tumoral. Conclusão: Pela sua raridade, inespecificidade sintomática e aparência complexa, o diagnóstico de um tumor de Brenner torna-se um desafio para os ginecologistas. Os exames de imagem podem ter um contributo no diagnóstico, mas o tumor de Brenner não possui características imagiológicas definidoras, pelo que a análise histológica é essencial para a confirmação e exclusão de qualquer foco de malignidade. A terapêutica envolve a realização de tumorectomia ou ooforectomia. O surgimento na gravidez é raro e por isso, ainda não são conhecidos os fatores que podem conduzir ao desenvolvimento de tumor de Brenner na gravidez nem o impacto desta doença durante a gestação. É um tumor de excelente prognóstico e uma abordagem mais conservadora deve ser tida em conta caso haja desejo de manutenção de fertilidade futura. Existe a possibilidade dos tumores de Brenner partilharem uma origem clonal comum com os cistoadenomas mucinosos, nomeadamente a partir células de Walthard, possivelmente por influência de fatores hormonais. Os desenvolvimentos a nível de imunohistoquímica e genética molecular podem constituir ferramentas úteis em desenvolvimento no esclarecimento da origem e histogénese deste tumor.
- Depressão PeripartoPublication . Sousa, Ana Rita Gomes de; Moutinho, José Alberto FonsecaDepressão Periparto é um problema de saúde pública que, quando não devidamente tratada, acarreta consequências negativas importantes para a mãe, criança, e restante círculo familiar. A sua prevalência está reportada em cerca de 10 a 15%, no entanto estima-se que seja superior. Apesar de ser comum, esta doença permanece subdiagnosticada e subtratada. Compreender a importância da depressão periparto é o primeiro passo para o seu diagnóstico precoce e a implementação de atuação clínica que favoreça a saúde da mulher e o desenvolvimento psicossomático do recém-nascido. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica na plataforma Pubmed. Também foram consultados outros sites e livros considerados de interesse. Com esta monografia pretende-se identificar etiologia, fatores de risco e apresentação clínica da doença, compreender as suas consequências para mãe e criança, definir métodos de diagnóstico eficazes e descrever medidas terapêuticas e preventivas. Por fim, pretende-se também identificar perspectivas de investigação com vista a otimizar a abordagem desta condição clínica. A Depressão Periparto é de etiologia multifatorial e ainda não totalmente compreendida. Constatou-se que existência de história de depressão prévia e a ausência de suporte social adequado para a mãe constituem importantes fatores de risco. Está recomendado o seu rastreio pelo menos uma vez durante o período neonatal e referenciação para consulta de psicologia ou de psiquiatria se o mesmo for positivo. Por vezes, o diagnóstico é estabelecido tardiamente por ausência da procura de ajuda por parte da mulher, e o tratamento fica compromentido pela relutância da mulher grávida ou que amamenta em tomar medicação psicotrópica. Perante as dificuldades diagnósticas e terapêuticas, urge a necessidade de avaliar com eficácia o risco da doença e de definir estratégias preventivas para que a mesma não se desenvolva.
- Terapia Hormonal de SubstituiçãoPublication . Pinto, Rita da Conceição Meireles; Moutinho, José Alberto FonsecaObjetivos: procurar evidência científica atual sobre a Terapia Hormonal de Substituição na menopausa nas seguintes vertentes: variantes, indicações, efeitos secundários, contraindicações, e casos particulares da sua aplicação. Métodos: análise de artigos publicados no PubMed, em língua inglesa, portuguesa ou espanhola. Resultados: a Terapia Hormonal de Substituição apresenta segurança e benefícios demonstrados e constitui o tratamento de primeira linha para sintomas vasomotores e para síndrome geniturinária. Conclusão: Há que melhorar as formulações existentes no sentido de diminuir alguns dos efeitos adversos, bem como melhorar a aceitabilidade por parte dos clínicos e das pacientes em relação à Terapia Hormonal de Substituição.