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- Prostate Gland Infections and InflammationPublication . Gonçalves, Marta Serafim Melo; Pereira, Bruno Alexandre Guerra JorgeProstatitis is the third most common urinary tract disease in men after prostate cancer and benign prostatic hypertrophy (BPH) and represents 25% of all urological office visits. The high frequency amongst male population makes prostatitis a serious health problem that physicians in general should be aware of. Prostatitis patients usually complain of dysuria, dribbling or hesitancy and urgency. Urinary symptoms are usually combined with cloudy or even bloody urine and pain (lower abdomen, groin and perineum). In some cases patients present with flu-like symptoms and signs. The different spectrum of presentation is currently grouped in four distinct categories (acute bacterial prostatitis, chronic bacterial prostatitis, chronic pelvic pain syndrome and asymptomatic) that combine symptoms and etiology. Despite the current knowledge about this highly frequent clinical entity there’s no gold standard therapy which often leads to an empiric approach. Unfortunately, the clinical outcomes are poor and future treatments aim to phenotypically characterize this entity and provide patients with best treatment possible. There is a clear need for awareness to properly diagnose prostatitis patients and further research is required to identify potential new strategies for treatment and eventual chemoprevention in high-risk subgroup of patients. This review aims to incorporate updated knowledge about diagnostics and therapy.
- Disfunção Sexual em Homens com Carcinoma da Próstata sob Terapêutica HormonalPublication . Borrego, Raquel Sofia Marques; Almeida, Bruno Alexandre Paulo dos SantosO cancro da próstata tornou-se uma das neoplasias mais prevalentes na população masculina de todo o mundo. Entre as principais modalidades de tratamento a terapêutica de privação androgénica constitui a base do tratamento das formas avançadas hormono-dependentes. Recentemente, terapias hormonais de nova geração, como a abiraterona e a enzalutamida, foram testadas e aprovadas em pacientes com cancro de próstata resistente à castração. Devido à deteção e tratamento mais precoces, os pacientes apresentam um aumento na sua sobrevida, com maior duração da terapêutica hormonal. Assim sendo, inúmeros efeitos adversos estão associados a uma diminuição na qualidade de vida destes homens, entre eles as alterações na saúde sexual, tendo a disfunção erétil sido citada como a principal preocupação. Com a evolução terapêutica, a valorização e gestão dos efeitos adversos da terapêutica hormonal torna-se mais importante do que nunca e é um desafio para os médicos. Um desses fatores é baseado na comunicação feita por uma equipa multidisciplinar, em que, existe uma gestão das expetativas por parte do doente, sendo esta um fator importante para minimizar os danos da terapia de privação androgénica na saúde sexual masculina. A presente monografia, foi elaborada com o intuito de fornecer informações atualizadas sobre as complicações induzidas pela terapêutica de privação androgénica, dando especial atenção à disfunção sexual masculina e sua influência na qualidade vida dos pacientes.
- Imunoterapia sistémica no carcinoma da bexiga avançado e metastizadoPublication . Gomes, Juliana Martins; Pereira, Bruno Alexandre Guerra JorgeO carcinoma urotelial da bexiga apresenta opções de tratamento limitadas, no que diz respeito à doença localmente avançada e metastizada e a imunoterapia sistémica tem mudado o paradigma do tratamento do cancro urotelial. Os immune checkpoint inhibitors são anticorpos monoclonais dirigidos aos pontos de verificação imune PD-1/PD-L1 e CTLA-4, cuja ação passa por reativar células imunes suprimidas ou quiescentes, promovendo a resposta anti-tumoral. Os anticorpos monoclonais, atezolizumab, pembrolizumab, nivolumab, durvalumab e avelumab, encontram-se já aprovados pela Food and Drug Administration, como segunda linha de tratamento do carcinoma urotelial localmente avançado ou metastizado. Além disso, dois deles, pembrolizumab e o atezolizumab estão também aprovados como primeira linha para pacientes não elegíveis para quimioterapia. A incerteza sobre a duração ótima do tratamento, a definição de doença clinicamente progressiva e a falta de identificação de biomarcadores preditores de resposta ao tratamento, são algumas questões que limitam a aplicação da imunoterapia na prática clínica. Ensaios clínicos a decorrer com immune checkpoint inhibitors visam colmatar as limitações referidas, investigam a sua combinação com outras modalidades terapêuticas, e a sua aplicação em estadios progressivamente mais precoces do carcinoma urotelial. Além dos checkpoint inhibitors, a investigação da imunoterapia no cancro da bexiga também envolve outros novos agentes de imunoterapia. Dados os resultados obtidos favoráveis e expetáveis, a imunoterapia poderá ser alargada a um maior número de pacientes e redefinir a abordagem terapêutica do carcinoma urotelial da bexiga.
- Contraceção masculinaPublication . Silva, Joana Vieira da Naia e; Pereira, Bruno Alexandre Guerra JorgeAtualmente, a população mundial está a crescer a uma velocidade muito elevada, o que tem várias consequências na economia mundial. O planeamento familiar e a contraceção são muito importantes para evitar gravidezes indesejáveis. Ainda que o papel da contraceção tenha sido atribuído à mulher durante muitos anos, os padrões e os papéis sociais de há 50 anos já não são os mesmos da atualidade, reclamando-se cada vez mais a igualdade de géneros em todas as áreas possíveis. Por outro lado, são cada vez mais os homens que demonstram vontade e interesse em participar ativamente no planeamento familiar com métodos para além dos já praticados e que têm as suas desvantagens: a vasectomia com o seu carácter irreversível e o preservativo com a sua baixa eficácia. (1,2) De facto, a área da contraceção masculina ainda se encontra muito subdesenvolvida e com uma evolução lenta. Nos últimos anos, muitas têm sido as tentativas de criar um método seguro, eficaz e reversível através de vários estudos de compreensão da fisiologia da espermatogénese e de experiências com hormonas e moléculas que intervenham neste processo. Assim, a contraceção masculina pode dividir-se numa área hormonal, que se baseia na supressão do eixo hipotálamo-hipófise-testicular, e numa área não hormonal, em que o objetivo é interromper a espermatogénese e a maturação, sobrevivência e transporte dos espermatozoides, entre outros, através da intervenção em alvos específicos. Deste modo, ainda que muitos métodos se demonstrem bastante promissores e estejam quase prontos a serem implementados, é necessário o apoio e financiamento da indústria farmacêutica ou de outras entidades por forma a que se desenvolvam estudos na população humana e com uma amostra maior, mais diferenciada e mais abrangente. Assim, a criação e comercialização de um método contracetivo masculino eficaz, seguro e reversível está cada vez mais próxima. Entretanto, enquanto tal não se verificar, as mulheres continuarão a carregar o fardo da contraceção e do planeamento familiar.
- O significado clínico das alucinações nas doenças neurodegenerativas do Sistema Nervoso Central e particularmente no ParkinsonPublication . Silva, Sami Leandro Parkkali da; Álvarez Pérez, Francisco JoséPor definição, as verdadeiras alucinações são concebidas como indistinguíveis das percepções reais, excetuando o facto de que não há um estímulo. Para estes propósitos, uma percepção real ocorre no espaço objetivo externo, tem um caráter de objetividade, é recebida pela pessoa que a experiencia com uma atitude de passividade, e os elementos sensoriais são marcantes, frescos e constantes, sendo inalteráveis pela vontade própria. Na essência da distinção está o conceito de que as alucinações "verdadeiras", independentemente de qualquer outra característica, são sinal de doença mental. As alucinações, apresentaram uma incidência de 4-5% na população geral no estudo Epidemiologic Catchment Area. Estudos neuropatológicos recentes mostraram que alucinações ocorrem em sinucleinopatias e são um preditor significativo de depósitos de corpos de Lewy. Portanto, as alucinações são uma característica da doença de Parkinson e da demência com corpos de Lewy As alucinações são um sintoma não motor comum da doença de Parkinson, ocorrendo em até 44% dos pacientes. As alucinações visuais são em sua maioria complexas e cinemáticas; O insight preservado ou perturbado sobre a natureza das alucinações é um importante fator prognóstico, embora, eventualmente, todas as alucinações venham a apresentar-se num estado de insight reduzido. Teorias atuais sobre a origem das alucinações apontam para disfunção visual, overflow de sonhos e comprometimento cognitivo, mas objeções pode ser levantada para cada um dos modelos. A compreensão da origem das alucinações é necessária para o desenvolvimento de tratamentos: todas as avaliações dos tratamentos foram focadas na psicose, e somente a clozapina obteve avaliações baseadas em evidências positivas sobre a eficácia. No entanto, é provável que os inibidores de colinesterase, antipsicóticos e agentes anti-5-hidroxitriptamina3 e drogas que atuam na regulação do sono tenham efeitos diferentes e talvez opostos em diferentes tipos de alucinações, sejam eles acompanhados por insight perturbado, distúrbios do sono ou outras características psicóticas. As alucinações visuais no início do curso de uma doença demencial são mais comuns na doença de corpos de Lewy cortical do que na doença de Alzheimer. As alucinações visuais em pacientes com doença de Alzheimer estão associadas a distúrbios comportamentais graves específicos. Além disso, a ocorrência de alucinações em indivíduos com doença de Alzheimer está associada a um rápido declínio cognitivo, distúrbios da linguagem, agressão e hostilidade. Uma vez que a presença de alucinações visuais em indivíduos com doença de Parkinson prediz demência, a necessidade de instituicionalização e subsequente mortalidade, a prevenção e tratamento vigoroso de alucinações é de grande relevância nesta patologia assim como nas outras doenças neurodegenerativas. A pesquisa bibliográfica foi realizada nas seguintes bases de dados: Medline / PubMed, Medscape, E-medicine, além de diversos livros de referência sobre a especialidade. Esta pesquisa foi realizada em inglês. Após uma pesquisa detalhada, podemos apontar que as alucinações têm grande importância dado que predizem uma maior taxa de mortalidade e complicações em doenças neurodegenerativas, especialmente Parkinson. Portanto, é de suma relevância investigar melhor a fisiopatologia das alucinações, a fim de ter um tratamento eficiente para elas.
- Terapêutica com Testosterona em Homens com Carcinoma da PróstataPublication . Rodrigues, Diogo Ivan Borges; Pereira, Bruno Alexandre Guerra JorgeAtualmente, o cancro da próstata constitui uma das neoplasias malignas mais frequentes e a quinta causa de morte no sexo masculino. A sua incidência tem vindo a aumentar devido ao seu diagnóstico cada vez mais precoce e aprimoramento das técnicas e métodos de diagnóstico e tratamento. É na área do tratamento que este trabalho se enquadra, nomeadamente no que diz respeito ao papel da testosterona. Desde que Huggins e Hodges demonstraram, em 1941, que a carga de doença do cancro da próstata metastizado aumentou através de injeção andrógena e diminuiu através castração cirúrgica ou injeção estrogénica, existem muitas preocupações relativamente ao uso de terapia com testosterona em homens com história de cancro da próstata ou com cancro da próstata ativo, existindo mesmo a ideia que dar testosterona a um homem com cancro da próstata seria como “deitar mais lenha na fogueira”. No entanto, este paradigma tem vindo a mudar. O que conceptualmente era uma contraindicação absoluta, é, hoje em dia, suportado por um conjunto de estudos e evidências que validam o uso de testosterona no cancro da próstata, quer ativo quer pós tratamento potencialmente curativo. No sentido de explorar a evidência atual acerca deste tema fiz esta revisão, onde foi resumida e analisada a mais variada literatura, nomeadamente artigos originais no banco de dados PubMed nos últimos 10 anos e ainda guidelines da Associação Europeia de Urologia (EAU) e Sociedade Europeia de Endocrinologia (ESE) referentes à utilização da testosterona em homens pós tratamento potencialmente curativo para cancro da próstata, nomeadamente prostatectomia radical, braquiterapia ou radioterapia externa ou outras modalidades de tratamento, como crioterapia e HIFU, assim como homens com cancro da próstata ativo, nomeadamente em vigilância ativa e ainda sob terapia com testosterona contínua e terapia bipolar androgénica, uma nova e promissora aplicação de testosterona no cancro da próstata. As evidências não são grandes o suficiente para concluir com grande certeza a segurança da terapia com testosterona nesta situação. No entanto, os estudos atuais permitem concluir que a mesma pode ser aplicada com segurança em homens com hipogonadismo e com cancro da próstata tratado, especialmente se doença de baixo risco ou mesmo aqueles que estão em vigilância ativa, e que a mesma não causa necessariamente um crescimento rápido e universal do tumor na maioria dos homens com cancro da próstata.
- Vacinação contra Papiloma Vírus Humano em adolescentes do sexo masculinoPublication . Barreto, Ana Raquel Covas; Ferreira, Ana Sofia Rodrigues; Carvalho, Cristiana; Patrício, Pedro Mendes Ferrão SimõesINTRODUÇÃO: A infeção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV) é a infeção sexualmente transmissível mais frequente na atualidade. O HPV é responsável por lesões benignas e lesões malignas, destacando-se o carcinoma do colo do útero, cancro anal, vaginal, do pénis, vulvar e da orofaringe. Na Europa Ocidental, a carga de doença por HPV em homens é comparável à carga nas mulheres. A maior proteção contra o HPV é adquirida com a vacinação, em conjunto com o uso correto do preservativo. Atualmente estão aprovadas pela European Medicines Agency (EMA) 3 vacinas: uma bivalente, uma tetravalente e uma nonavalente. A Comissão de Vacinas da Sociedade de Infecciologia Pediátrica e da Sociedade Portuguesa de Pediatria recomenda a vacinação, a título individual, de rapazes a partir dos 9 anos de idade, desde 2015, e a partir de 2018 com a vacina nonavalente. O presente estudo tem como principal objetivo avaliar o conhecimento e a aceitação da vacina contra o HPV por parte dos pais de rapazes adolescentes que sejam utentes do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira (CHUCB) e dos seus profissionais de saúde que contactam com crianças e adolescentes. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo transversal, com recurso a questionários, realizado durante os meses de julho a outubro do ano de 2018, no CHUCB. Foram elaborados 2 questionários diferentes, um dirigido a pais/encarregados de educação de adolescentes do sexo masculino, e outro dirigido a profissionais de saúde que contactam com estes adolescentes. RESULTADOS: Foram recolhidos no total 135 questionários, correspondendo a 107 pais/encarregados de educação e 28 profissionais de saúde. Relativamente aos questionários dirigidos aos pais, 70,1% afirmou já ter ouvido falar do HPV. A doença mais frequentemente associada à infeção por HPV foi o Cancro do Colo do Útero (CCU) Considerando o conhecimento em relação à vacina contra HPV, 85% dos pais afirmou já ter ouvido falar dela. Os indivíduos com formação superior têm maior conhecimento do HPV e da respetiva vacina. Apenas 48,4% referiu ter tido conhecimento da vacina em contexto de consulta médica, mas 92,5% dos participantes revelou intenção de vacinar os seus filhos. Relativamente aos profissionais de saúde, apenas 71,4% conhecem todas as implicações do vírus e somente 67,9% afirmou estar a par das atuais recomendações de vacinação contra HPV em rapazes. A abordagem do tema é baixa, sendo que 57,1% afirmou só abordar o tema quando questionada pelos pais ou adolescentes. DISCUSSÃO: O conhecimento dos pais relativamente à forma de transmissão do vírus, à sua prevalência em Portugal e às suas consequências para a saúde, particularmente no sexo masculino, são inferiores a 60%, o que revela, no geral, pouco conhecimento acerca do vírus. Isto é concordante com dados de outros países, que indicam um conhecimento sub ótimo por parte dos pais. Verificou-se também que 92,5% dos pais manifestaram intenção de vacinar os seus filhos, percentagem superior à encontrada em estudos semelhantes, que apontam apenas para cerca de 65%. A percentagem de pais que tiveram acesso à informação através dos profissionais de saúde foi inferior a 50%. Considera-se que os profissionais de saúde apresentam um nível de conhecimento sub ótimo, revelando menor conhecimento da patologia associada ao HPV no género masculino e das recomendações para rapazes. Nenhum dos profissionais de saúde abrangidos pelo presente estudo concorda que a vacina seja paga. Mesmo estando a par das recomendações da SPP, a maioria dos profissionais só aborda esta questão quando questionados pelos pais ou nunca a aborda, revelando sérias disparidades entre o conhecimento que possuem e aquele que transmitem. A aceitação da vacina é um aspeto fulcral para a implementação bem sucedida de um programa de vacinação contra HPV, e, para que tal aconteça, é necessário que os pais, como responsáveis dos adolescentes, vejam a vacinação de modo positivo. Revela-se uma maior necessidade de educação da população relativamente aos potenciais efeitos do HPV no sexo masculino. Deve haver por parte dos profissionais de saúde a responsabilidade de fornecer aos pais e aos adolescentes as informações relativas aos riscos para a saúde da infeção e aos benefícios da vacinação. Para que seja possível fornecer as informações corretas aos pais é necessária uma maior formação dos profissionais de saúde que contactam com crianças e adolescentes.