Browsing by Issue Date, starting with "2019-07-08"
Now showing 1 - 4 of 4
Results Per Page
Sort Options
- Fatores determinantes do desempenho inovador nas empresas portuguesasPublication . Chingando, Avelino Paulo; Madeira, Maria José AguilarAs exigências de um mundo, cada vez, mais competitivo devido a globalização dos mercados atuais, que são cada vez exigentes, a inovação torna-se um fator chave e inevitável na diferenciação e desenvolvimentos das empresas e das organizações. Assim, a inovação tem assumido um papel cada vez mais relevante no panorama económico da empresa. A competitividade está intimamente relacionada com a sua capacidade da empresa de inovar e manter de forma sustentável no mercado, onde fatores determinantes jogam um papel preponderante para o desempenho inovador das organizações. A presente investigação tem como objetivo a identificação e análise dos fatores determinantes que influenciam os processos de inovação das empresas portuguesas e, consequentemente, o seu desempenho inovador. Nesta investigação destacam-se como fatores determinantes os tipos cooperação e os investimentos e despesas em atividades de inovação. Centrando-se análise no estudo de empresas indústrias, comerciais e de serviços, localizadas no território português. Testaram-se as hipóteses formuladas na presente investigação, os dados foram obtidos, através de dados secundários do CIS 2014 - Inquérito Comunitário à Inovação 2014, disponibilizados pelo Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais/Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Os dados foram obtidos CIS 2014 tiveram supervisão do EUROSTAT. Tendo em consideração a complexidade do fenómeno em questão, aplicaram-se os modelos de regressão logística para analisar a influência dos determinantes da inovação nas empresas portuguesas ao nível da inovação do produto e da inovação do processo. Os resultados obtidos mostram que os parceiros de mercado têm um impacto positivo no desempenho inovador, nas empresas portuguesas, durante o período de 2012 a 2014. Os resultados também evidenciam que os investimentos e despesas em atividades de inovação influenciam a propensão para as empresas inovarem. A realização de atividades internas de I&D, a introdução de inovações de mercado, as atividades de design, a formação, a aquisição de atividades externas e o envolvimento noutras atividades influencia positivamente a inovação a propensão para a empresa inovar ao nível do produto. Enquanto a adquisição de maquinaria, equipamento e software, a formação para as atividades de inovação e o envolvimento noutras atividades de inovação influencia positivamente a propensão para as empresas inovarem ao nível do processo.
- Benefícios da Reabilitação Respiratória na Doença Pulmonar Obstrutiva CrónicaPublication . Santos, Tânia Virgínia Tavares dos; Magalhães, Eunice Raquel TavaresA Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica é uma doença do aparelho respiratório inferior frequente, prevenível e tratável, caracterizada por sintomas respiratórios persistentes e progressivos e limitação do fluxo aéreo. Constitui uma das principais causas de morbilidade e mortalidade do mundo, com tendência a aumentar, sendo necessário intervir para melhorar a qualidade de vida destes doentes crónicos. Uma mais valia neste processo é a Reabilitação Respiratória, um componente central no tratamento dos doentes, dado os diferentes mecanismos e técnicas que engloba. O objetivo deste trabalho é avaliar as repercussões da reabilitação respiratória na doença pulmonar obstrutiva crónica e identificar aqueles que mais beneficiam com esta terapêutica. Com este fim, foi realizada uma pesquisa em bases de artigos científicos como a PubMed com os campos de busca: DPOC AND reabilitação respiratória; COPD AND pulmonary rehabilitation, COPD AND physiotherapy e Rehabilitation COPD, bem como documentos de entidades reconhecidas de saúde dos últimos 10 anos. Todos os doentes beneficiam da participação num programa de reabilitação, contudo evidencia-se que as melhorias são superiores nos doentes com maior gravidade, altamente sintomáticos e com risco de exacerbações (Grupos B, C e D), ou seja, deve ser prescrita a indivíduos sintomáticos com FEV1 previsto inferior a 50% e considerada em indivíduos sintomáticos ou limitados pelo exercício com FEV1 previsto superior a 50%. Os programas têm como principais componentes o treino físico nas diferentes vertentes, a educação e a cessação tabágica, podendo ser considerados outros como o aconselhamento nutricional, terapia ocupacional e apoio psicossocial. Apesar de não ser consensual, defende-se que a duração de um programa de reabilitação respiratória não deve ser inferior a 8 semanas. Após uma avaliação inicial dos doentes, estabelece-se um programa estruturado e individualizado, com os diferentes componentes supracitados. A Reabilitação Respiratória demonstrou benefícios comprovados em diferentes parâmetros nomeadamente na dispneia, na capacidade de exercício e na qualidade de vida. A médio-longo prazo contribui para a diminuição das exacerbações, hospitalizações e custos em saúde. Neste período, os doentes devem ficar capacitados para que no futuro controlem os sintomas da sua doença, adotem as atitudes corretas em diferentes situações do seu quotidiano e possuam ferramentas suficientes para prolongar os efeitos positivos do programa. Conclui-se que a reabilitação respiratória é uma modalidade terapêutica com inúmeros benefícios comprovados, sobretudo a nível clínico. Contudo, ainda continua a ser subutilizada mundialmente, com identificação de inúmeros obstáculos a contornar no futuro, tanto na adesão do doente ao programa, como desconhecimento pelos profissionais de saúde.
- Os Desafios no Diagnóstico do Lúpus Eritematoso SistémicoPublication . Rocha, Mariana Assis da Silva Salsinha; Santos, Catarina Cecília Pinheiro Reis dos; Oliveira, Margarida Isabel Dias AlexandreIntrodução: O Lúpus Eritematoso Sistémico é uma doença autoimune, de curso flutuante, envolvimento multiorgânico e, habitualmente, com evolução crónica. O diagnóstico desta patologia é feito com base nas manifestações clínicas e alterações laboratoriais, e com o auxílio dos critérios de classificação revistos do Colégio Americano de Reumatologia de 1997. No entanto devido à sua grande heterogeneidade sintomatológica, o diagnóstico torna-se frequentemente um desafio. A Nefropatia Lúpica está presente em aproximadamente 50% dos doentes, tendo também um espetro variável de apresentações. A terapêutica farmacológica existente é por vezes pouco satisfatória e está associada a efeitos adversos não desprezíveis. O objetivo deste estudo passa por perceber quais as principais formas de apresentação clínica desta patologia na população da Beira Interior, como se manifesta em termos de nefropatia, e se existe relevância da terapêutica de indução e da presença de antecedentes pessoais ou familiares no curso da doença. Materiais e métodos: É um estudo observacional de tipo longitudinal e retrospetivo, descritivo e correlacional. Os dados clínicos foram recolhidos num único momento entre janeiro e fevereiro de 2019, através das bases de dados dos serviços de Nefrologia da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco e Reumatologia do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, bem como do programa SClinic. Na análise e tratamento estatístico dos dados investigaram-se as relações entre as variáveis sociodemográficas e epidemiológicas, e caracterizaram-se as formas de apresentação e as manifestações renais ao longo do curso da doença, bem como a terapêutica de indução adotada, através do software Statistical Package for the Social Sciences®, versão 25 para Windows®. Resultados: A população do estudo é constituída por 37 pacientes, 4 (10,8%) do género masculino e 33 (89,2%) do género feminino, com uma média de idades de 46,33 (±12,57) anos. Os antecedentes pessoais mais prevalentes foram os cardiovasculares (62,2%), os endocrinometabólicos (45,9%), os gastrointestinais (43,2%), e os neuropsiquiátricos (35,1%), enquanto que os antecedentes familiares se mostraram pouco relevantes (10,8%). Relativamente às manifestações iniciais de acordo com os critérios, as mais comuns foram a artrite (69,4%), as manifestações mucocutâneas e imunológicas (ambas com 61,1%), as hematológicas (50,0%) e as alterações do sedimento urinário (38,9%). Ao longo do curso da doença, as alterações nefrológicas mais apresentadas foram também as alterações assintomáticas (59,5%) e a síndrome/proteinúria nefrótica (21,6%). A média do primeiro valor de proteinúria registado foi de 2,832 (± 3,271) gramas nas 24 horas, tendo sido observada uma relação estatisticamente significativa entre o mesmo e a presença de síndrome/proteinúria nefrótica ao longo do curso da doença (p-value=0,033). Dos 19 pacientes com resultado de biópsia renal, a classe IV foi a mais prevalente (n=11). A corticoterapia foi a medida farmacológica mais utilizada (91,4%), seguida pelo micofenolato de mofetil (20,0%). Não existe relação entre as combinações terapêuticas e o número de recidivas registadas. No entanto, foi demonstrada uma relação estatisticamente significativa (p-value=0,048) entre as alterações iniciais do sedimento urinário (segundo os critérios) e o uso de ciclofosfamida. Conclusões: Os resultados obtidos levam a concluir que esta patologia pode ter um impacto significativo na qualidade de vida, principalmente quando compromete sistemas como o nefrogénico. O seu diagnóstico, tipicamente desafiador, aliado à terapêutica que muitas vezes é insuficiente para o controlo dos sintomas, torna urgente a procura de novas terapêuticas e o estabelecimento de guidelines para orientação diagnóstica e do follow-up dos pacientes.
- Introdução à Regressão CategorialPublication . Mangas, Evaristo José das; Gama, Jorge Manuel dos ReisA regressão categorial constitui uma forma linearizável de regressão não linear, por meio de uma ou mais variáveis explicativas, permitindo predizer a probabilidade de ocorrência das várias categorias da variável dependente. O objetivo deste trabalho consistiu em apresentar uma introdução aos diferentes tipos de regressão categorial, como a regressão logística, a regressão multinomial e a regressão ordinal. Abordamos os diferentes modelos de regressão categorial com a função de ligação logit, permitindo esta a linearização de cada modelo, onde aparece, naturalmente, a medida de associação epidemiológica odds ratio, sendo esta medida interpretada para variáveis categóricas e quantitativas. Realçamos alguns pormenores fundamentais da estimação dos coeficientes de regressão do logit, dos pressupostos e avaliação da qualidade de cada um dos modelos: logístico, multinomial e ordinal. Cada um destes modelos foram aplicados a dados colhidos em escolas secundárias angolanas, com utilização do SPSS. Os modelos estimados evidenciaram um bom ajuste e poderão contribuir para um melhor entendimento do processo ensino-aprendizagem da disciplina de Matemática em Angola. No entanto, estes modelos de regressão categorial ajustados carecem de validação.