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- Qualidade do Sono em Idosos InstitucionalizadosPublication . Fernandes, Marta Tavares; Afonso, Rosa Marina Lopes Brás Martins; Patto, Maria da Assunção Morais e Cunha Vaz; Amaral, Luísa Maria Jota PereiraIntrodução: O sono é essencial para a saúde física e mental do ser humano em todo o ciclo de vida, apresentando algumas especificidades nas diferentes etapas evolutivas. Com o envelhecimento, há uma mudança estrutural e fisiológica na arquitetura do sono, ocorrendo uma redução na capacidade de manter a quantidade e qualidade de sono necessárias. Na velhice, os distúrbios do sono são muito comuns e, frequentemente, o contexto institucional apresenta um conjunto de fatores que contribuem para um aumento dos problemas de sono e uma redução da qualidade do mesmo. A qualidade do sono tem implicações ao nível da saúde, funcionamento cognitivo e estado de ânimo, nomeadamente no desenvolvimento de sintomatologia depressiva e ansiógena. Neste sentido, este trabalho tem como objetivos: 1) caracterizar o perfil sociodemográfico e clínico da amostra; 2) avaliar a perceção da qualidade do sono e o número médio de horas de sono por dia e 3) analisar a relação entre a perceção da qualidade do sono, o funcionamento cognitivo e a sintomatologia psicopatológica. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal e descritivo, integrado no projeto Interdisciplinary Challenges On Neurodegeneration (ICON), no qual participaram 442 idosos residentes em Estruturas Residenciais Para Idosos ou em regime de Centro de Dia, da Beira Interior - Portugal. Para a recolha de dados foi usada a Avaliação Cognitiva de Addenbrooke e o Inventário de Sintomas Psicopatológicos. Resultados: Os participantes têm uma média de idades de 83,98 anos (DP=8,06), 311 são mulheres e 254 participantes apresentam défice cognitivo. O número médio de horas de sono reportado é 6,31 horas (DP=1,76) e a maioria (71,1%) classifica como positiva a qualidade do seu sono. Constata-se uma correlação positiva moderada estatisticamente significativa entre o número médio de horas de sono e a perceção da qualidade do mesmo, tanto para os indivíduos com défice (r=0,540; p<0,001) como para os que não têm défice cognitivo (r=0,610; p<0,001). Verifica-se, ainda, uma correlação negativa fraca entre a perceção da qualidade do sono e a presença de sintomatologia psicopatológica. Conclusões: Os resultados deste estudo enfatizam a importância da qualidade do sono para um maior bem-estar das pessoas idosas institucionalizadas. Destaca-se a necessidade de, em futuros estudos, se recorrer a medidas de avaliação do sono mais objetivas, como a polissonografia, para uma mais robusta e ampla recolha de dados.