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- A importância da educação interprofissional em estudantes de Ciências da SaúdePublication . Fedak, Khrystyna Mykhaylivna; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deIntrodução: A educação interprofissional, segundo a Organização Mundial de Saúde, “ocorre quando estudantes de duas ou mais áreas de saúde aprendem uns acerca dos outros, uns com os outros e entre si, para permitir uma colaboração eficaz e melhorar os resultados de saúde”, e tornou-se, desde finais do século XX, uma importante abordagem pedagógica destinada aos estudantes de Ciências da Saúde, em diversos países de todo o mundo, tais como os Estados Unidos, a Noruega e a Suécia. A introdução de conceitos e competências interprofissionais nas Escolas de Ensino Superior de Saúde portuguesas tem sido um objetivo bastante almejado. Neste contexto, surgiu o projeto SMART TEAM coordenado por uma equipa de docentes, investigadores e alunos das Escolas de Saúde envolvidas da Beira Interior, nomeadamente, Universidade da Beira Interior, Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico da Guarda e Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco, que criou uma jornada de intervenção interprofissional em estudantes das áreas de saúde e do qual resultou o presente trabalho de investigação. Objetivos: Explorar a importância da educação interprofissional em estudantes de Ciências da Saúde, nomeadamente estudantes de Medicina, Ciências farmacêuticas, Psicologia clínica, Enfermagem, Fisiologia clínica e Fisioterapia da Beira Interior. Com o apoio da equipa SMART TEAM, pretende avaliar-se a perceção dos participantes acerca das suas competências interprofissionais antes e após a jornada, usando como recurso o Interprofessional Collaborative Competencies Attainment Survey (questionário ICCAS). A supracitada jornada inclui sessões de formação e role play em contexto de simulação com casos clínicos discutidos por equipas interprofissionais. Materiais e métodos: Estudo de carácter observacional transversal, sendo um dos outputs do projeto SMART TEAM, no qual foi solicitado o preenchimento do questionário ICCAS, no momento inicial e final da referida jornada e do questionário de Avaliação Final da Atividade, por todos os participantes. Resultados e Discussão: Foram obtidas 65 respostas, no momento inicial, e 60 respostas no momento final, tendo sido excluídas 7 por não cumprirem os critérios de inclusão. Relativamente à tendência das respostas ao questionário ICCAS, por parte dos participantes, observa-se uma melhoria considerável entre o momento inicial – anterior à jornada – onde se verifica maior predominância, de forma aproximadamente equitativa, de seleção das opções “Concordo ligeiramente”, ”Concordo moderadamente” e “ Concordo fortemente”, em relação ao momento final - posterior à jornada- onde houve predomínio da escolha da opção “Concordo fortemente” seguida de “Concordo moderadamente”. Durante a análise da média das respostas por cada item dos domínios do ICCAS, foi verificada uma evolução positiva em todos eles. O mesmo foi notório no que concerne ao score do ICCAS dos participantes, relativo a cada curso, cada ano curricular e cada Escola de Ensino Superior de Saúde. Já na área de “opinião” é de notar que a maioria dos inquiridos, 50,9% e 45,6%, avaliou esta jornada como sendo “Muito positiva” e “Positiva”, respetivamente. Em relação às sessões, as de componente prática foram avaliadas pela maioria (67,8%) como sendo muito positivas, em contrapartida as teóricas obtiveram uma pontuação situada na opção “Razoável” (54,2%). Estes resultados indicam que as sessões práticas são mais eficazes para os estudantes. Conclusão: Os resultados deste estudo reforçam a importância de atividades de educação interprofissional nos estudantes de Ciências da Saúde. Segundo opiniões de agrado deixadas no Questionário de Avaliação Final do Programa e em comentários após o término da jornada, esta atividade constitui-se como uma experiência enriquecedora para os participantes, estudantes de três Escolas de Ensino Superior de Saúde da Beira Interior. Por limitações externas, não foi possível analisar os resultados desta investigação em termos de estatística inferencial, daí ser necessária a replicação deste estudo em projetos futuros, tendo em conta as soluções sugeridas para contornar os obstáculos.
- Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde dos idosos institucionalizados no concelho de Figueira de Castelo RodrigoPublication . Yllera, Maria de La Misericórdia Figueiredo e; Almeida, Anabela Antunes deIntrodução: O envelhecimento demográfico apresenta-se como uma realidade inevitável, fruto de uma maior longevidade, à qual se coligam índices de dependência, em função do agravamento da morbilidade adquirida previamente e da maior vulnerabilidade do idoso. A percentagem de idosos está a aumentar a nível europeu, prevendo-se que esta tendência se mantenha nas próximas décadas. Salienta que em Portugal, o envelhecimento demográfico mantenha a tendência ascendente, o que corrobora com as prospeções europeias. O envelhecimento representa o conjunto de modificações que ocorrem durante a progressão da idade, constituindo-se com um processo fisiológico, inverso ao do desenvolvimento, no qual se verifica a redução progressiva das capacidades do Ser Humano, repercutindo-se a nível biopsicossocial. A ele se associa o aumento da probabilidade de multipatologias e consequente nível de dependência, o que prioriza a necessidade de cuidados ao idoso, com o intuito de lhe assegurar Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde (QVRS). Porém, a rede de cuidados informal maioritariamente assume-se como insuficiente na edificação de uma resposta, o que remete para a necessidade de envergar pela seleção de opções formais, que implicam a institucionalização do idoso, o que justifica a atual expansão deste mercado, assegurado maioritariamente pela intervenção social. Face à atualidade desta problemática, a adequabilidade da sua resposta é um ponto fulcral, passível de operacionalização através da avaliação da perceção da QVRS, por parte dos seus beneficiários. Objetivo: Avaliar a perceção da QVRS dos idosos institucionalizados no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo. Método: Estudo quantitativo, não experimental, descritivo-correlacional e transversal implementado mediante aplicação de questionários, sob entrevista, aos idosos institucionalizados nas onze Instituições Particulares de Solidariedade Social de apoio ao idoso do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, resultante de uma fusão entre um questionário sociodemográfico e o questionário do estado de saúde - 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36), versão portuguesa. O questionário em ênfase foi aplicado seletivamente aos idosos com idade igual ou superior a 65 anos e sem diagnóstico clínico de deterioração cognitiva ou Demência, no período compreendido entre 19 de agosto e 4 de outubro de 2019, após o pedido de autorização formal à direção das Instituições Particulares de Solidariedade Social e obtenção do consentimento livre, informado e esclarecido dos participantes. Resultados: O emprego dos critérios definidos para a conceção da população-alvo permitiu a aplicação do questionário a 191 idosos, com idades entre os 65 e os 99 anos (média de 83,59 anos), 112 do género feminino e 79 do masculino, maioritariamente com o estado civil conducente à viuvez, provenientes de meio rural, com o 4.º ano de escolaridade e uma profissão na vida ativa associada ao setor primário usufruem da tipologia formal Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (62,8%), sendo que a responsabilidade pela sua opção advêm da rede familiar, em concreto do(a)(s) filho(a)(s), motivada por problemas de saúde. Aquando em usufruto de respostas formais não residenciais – Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário – em termos de coabitação, os idosos maioritariamente habitam sozinhos. Os idosos institucionalizados no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo recebem visitas dos filho(a)(s) e/ou familiares ocasionalmente. Relativamente ao quotidiano lúdico, participam nas atividades promovidas pela instituição de apoio ao idoso na qual se inserem diariamente, destacando-se como atividades lúdicas de eleição as manuais. Demarca-se que a populaçãoalvo apresenta uma perceção alta relativamente à sua QVRS. Atendendo às oito dimensões que compõe a QVRS, descrimina-se em similaridade, que a perceção é alta em todas as dimensões, à exceção da dimensão Saúde em Geral. Porém, e colocando ênfase no contexto institucional, destaca-se que a QVRS é predominantemente percecionada como alta quando os idosos usufruem da resposta formal Estrutura Residencial para Pessoas Idosas. As caraterísticas sociodemográficas e a tipologia de resposta formal, enquanto elementos integrantes do contexto, influenciam, à luz da Teoria Ecológica do Desenvolvimento Humano, a perceção que o idoso possui da sua QVRS. À mercê empírica verifica-se que as variáveis sociodemográficas género, responsabilidade pela opção da tipologia de resposta formal e frequência com que participa nas atividades lúdicas promovidas pela instituição de apoio ao idoso apresentam uma forte relação com a QVRS. Porém, da análise entre a QVRS e a variável independente - tipologia de resposta formal, verifica-se a existência de uma fraca relação. Conclusões: O conhecimento da perceção da QVRS constitui-se como um instrumento auxiliar em processos de decisão, na gestão de uma instituição de apoio ao idoso, potenciado a adequação e qualidade das respostas formais às necessidades emergentes, potenciando, em simultâneo, benefícios na intervenção clínica ao idoso, assim como na sustentabilidade da instituição de apoio ao idoso, mediante o adequar da ação futura.
- Relação entre a Prática de Exercício Físico e o Rendimento Académico em Alunos UniversitáriosPublication . Guedes, João António Lopes; Barata, José Luís Ribeiro ThemudoIntrodução: A falta de níveis adequados de atividade física é o quarto maior fator de risco para a mortalidade mundial e é também a causa de várias doenças não transmissíveis que causam grande morbilidade e mortalidade. Os estudantes universitários constituem uma população muito exposta a hábitos sedentários, visto passarem muito do seu tempo sentados, com possíveis riscos acrescidos de contraírem as referidas doenças não transmissíveis. Materiais e Métodos: Foi utilizada uma amostra de 228 alunos inscritos em várias instituições de Ensino Superior em Portugal no ano letivo 2018/19. Foi aplicado um questionário baseado no International Physical Activity Questionnaire para avaliar os hábitos de atividade física e exercício físico e o rendimento académico dos alunos. Foram procuradas diferenças significativas nas notas dos alunos em função das várias variáveis usando os testes de Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis. Resultados: Os resultados demonstram que os alunos praticam poucas atividades físicas moderadas e vigorosas durante a semana [praticam, em média, em 1,35 (±1,75) e 1,67 (±1,82) dias por semana, respetivamente]. Também passam muito tempo dia sentados [média de 8,06 (±4,91) horas por dia em dias da semana e 9,26 (±4,14) horas em dia de fim de semana]. No entanto, caminham regularmente [em média, em 5,35 (±1,71) dias por semana] e a maioria (61,40 %) pratica exercício físico regularmente. Os homens praticam mais atividade física e exercício físico do que as mulheres. Conclusão: Não foram encontradas diferenças significativas nas notas dos alunos em função das diversas variáveis analisadas.
