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- Drogas fumadas e novas formas de fumar cigarros: o que se sabe sobre a relação com a doença pulmonar?Publication . Marques, Marta da Costa; Valente, Maria de La Salete BeirãoEste trabalho pretende reunir a informação atualmente disponível acerca do impacto na doença pulmonar do consumo de drogas fumadas, com incidência na canábis, a segunda substância mais fumada a seguir ao tabaco, tal como das novas formas de fumar, nomeadamente os cigarros eletrónicos e tabaco aquecido. Urge abordar estas temáticas perante a evidência do crescimento exponencial do consumo das mesmas e crescente disponibilização de dados acerca do seu impacto na saúde. Nesse sentido, os objetivos para o mesmo são os seguintes: esclarecer se o consumo de canábis e o uso de alternativas ao cigarro convencional são inócuos; compreender alguns dos mecanismos que possam estar associados a lesão do tecido celular pulmonar relacionado com a ação de certos componentes destes produtos; perceber se há patologias e alterações da função pulmonar relacionadas com o consumo de canábis e o uso de cigarros eletrónicos e tabaco aquecido; resumir e integrar as principais evidências no campo da patologia pulmonar relacionadas com o consumo crescente de outras substâncias fumadas que não o cigarro convencional.
- Influência da Qualidade do Sono na Demência: Doença de AlzheimerPublication . Moreira, Ana Isabel Milheiro Silva; Pérez, Francisco José ÁlvarezA agitação no dia a dia da população faz com que haja uma menor capacidade de descanso e de obter um sono restaurador e completo. Perante este facto é fulcral entender melhor a fisiologia do sono e de que forma pode afetar o declínio cognitivo. Dado o aumento alarmante da incidência da Doença de Alzheimer e não havendo uma cura, é fundamental investir na identificação de possíveis fatores de risco modificáveis e apostar na prevenção através dos mesmos. A presente dissertação pretende sistematizar a informação atualmente disponível de investigações que pesquisam a relação entre a má qualidade do sono e a Doença de Alzheimer e de que forma um sono fragmentado, reduzido ou prolongado pode contribuir para a patogénese da Doença de Alzheimer. Para tal, procedeu-se a uma pesquisa de artigos científicos na sua maioria e completou-se com informações pertinentes de revistas, websites e relatórios de organizações não governamentais. Verificou-se, em alguns estudos, que, em sonos curtos e prolongados, privação do sono ou patologias, como insónia ou Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono, há um aumento das proteínas neuropatológicas da Doença de Alzheimer, principalmente, da ß-amilóide e uma diminuição da função cognitiva a nível da memória e da fluência. Em alguns estudos com privação do sono ou alterações do ciclo sono-vigília em que tal não se verificou como nos trabalhadores por turnos, surgiu a hipótese de haver uma capacidade de recuperar os ciclos alterados com sonos completos. Salienta-se a descrição, em inúmeros estudos, da bidirecionalidade entre o sono e a Doença de Alzheimer. Por um lado, o sono pode aumentar os níveis de ß-amilóide, favorecendo a patofisiologia demencial. Por outro, a Doença de Alzheimer leva a morte celular em áreas corticais importantes para a correta função do sono. No futuro, de forma a colmatar a falta de informação acerca deste tema, será importante investir em estudos longitudinais que permitam confirmar se existe uma possível causa-efeito entre a má higiene do sono e a patologia da Doença de Alzheimer. Também será relevante considerar a hipótese de que uma noite com qualidade irá reduzir os efeitos nefastos de noites prejudicadas.
- Percepção dos alunos de medicina da UBI perante a utilização de canábis para fins medicinaisPublication . Graças, Ricardo Alexandre Alves; Abejas, Abel GarciaIntrodução: A canábis é uma planta muito falada no que respeita ao seu uso medicinal. Grande parte dos países da União Europeia permite, ou está a considerar permitir, o uso médico desta substância. Contudo, a evidência científica relativamente à sua eficácia é ainda limitada, o que se reflete na ausência de diretrizes clínicas devidamente adequadas. No campo da ética e da saúde pública também é motivo de controvérsia. A opinião sobre a legalização desta substância entre alunos de medicina é muito importante visto serem potenciais prescritores enquanto futuros médicos. Objetivos: Sondar a opinião e conhecimento dos alunos de Medicina da Universidade da Beira Interior relativamente ao uso de canábis medicinal. Comparar as respostas em função do ano académico e dos hábitos de consumo da substância. Metodologia: Estudo observacional descritivo e transversal com aplicação de um questionário anónimo online aos 979 alunos de medicina da Universidade da Beira Interior matriculados no ano letivo 2019/2020. O preenchimento do questionário esteve disponível nos meses de Março, Abril e Maio de 2020. Posteriormente, procedeu-se à análise estatística da amostra com recurso ao software Statistical Package for Social Sciences® versão 26, utilizando os testes Qui-quadrado, Fisher e Mann-Whitney. Resultados: Foram obtidas 310 respostas (31,66%), das quais 239 do sexo feminino (77,1%) e 71 do sexo masculino (22,9%). Entre os inquiridos, 19,7% consumia ocasional ou regularmente canábis, sendo o sexo masculino (42,6%) frequentemente mais consumidor (p<.001). A maioria dos alunos (93,9%) considerou ser a favor da legalização da canábis medicinal. A dor crónica (92,6%), o cancro (71,9%) e a epilepsia (53,9%) foram as aplicações terapêuticas mais apontadas por parte dos alunos, sendo que o cancro (p=.010), epilepsia (p=.020) e esclerose múltipla (p=.043) foram significativamente mais mencionados por alunos consumidores. Apenas 33,9% dos alunos recomendaria o uso ilícito desta substância em caso de benefício comprovado. A ausência de evidência científica (57.9%) e a frequência de efeitos adversos (57,9%) foram as principais razões apontadas pelos alunos contra a legalização desta substância. A maioria dos alunos (98,4%) considerou a necessidade de maior formação e investigação na área. Conclusão: Os estudantes de medicina da Universidade da Beira Interior que responderam ao questionário são a favor da legalização da canábis medicinal, conhecem algumas aplicações terapêuticas, não recomendariam o seu uso caso fosse ilegal e pretendem mais formação sobre esta temática. O historial de consumo de canábis por parte dos alunos está correlacionado com mais conhecimento relativamente às aplicações médicas da canábis.