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- De uma Filosofia do Corpo a uma Fenomenologia da CarnePublication . Praseres, Janilce Silva; Rosa, José Maria da SilvaMichel Henry (1922-2002), filósofo francês, tendo investigado a fundo e com afinco a abordagem fenomenológica e efetuado inversão da Fenomenologia, desenvolveu a Fenomenologia Material ou Fenomenologia da Vida, que prioriza a vinda originária da própria Vida a si mesma na constituição de uma Arqui-inteligibilidade. Mas, em que consiste esta Vida? Esta vinda a si da Vida? Esta Arqui-inteligibilidade? Estas são questões e implicações que permeiam e formam o quadro da filosofia do corpo e a fenomenologia da carne, do filósofo. O corpo na investigação henryana é tomado como um corpo vivo, mostrando como é que na fenomenologia desse corpo vivo dá-se a subjectividade enquanto «transcendental concreto» implicada na modalidade fundamental da experiência humana: a modalidade do seu experienciar, vivenciar. Neste sentido, nosso filósofo põe em causa o corpo enquanto corpo exterior e analisa a transformação radical da conceção do corpo que passa de objeto de experiência a ser entendido como princípio de experiência, que revela a nossa corporeidade originária despojada da exteriorização do caráter mundano, mas provida da sua fenomenalização na vida. Michel Henry insiste que a revelação da vida é uma autorrevelação, que se trata de um experimentar-se a si mesmo originário e puro, no qual o modo fenomenológico de revelação em que a vida se dá é um pathos cuja matéria fenomenológica é a afetividade, a impressionalidade que se dá de maneira radicalmente imanente em nossa carne. A intuição henryana compreende que a carne é justamente o modo como a vida se faz Vida.