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- Efeito do Exercício Físico na qualidade do sono e insóniaPublication . Lopes, António Sebastião Moreira; Baltazar, Graça Maria FernandesEnquadramento: Os distúrbios do sono são hoje uma queixa frequente e com grande impacto na morbilidade da população. As terapias farmacológicas atualmente disponíveis para este problema são recomendadas apenas para curtos períodos que muitas vezes não são suficientes para tratar estes distúrbios. É por isso importante desenvolver novas estratégias não farmacológicas que possam ser usadas a longo prazo e com efeito comprovado na qualidade do sono. Objetivo: Analisar artigos científicos publicados desde 2011 até ao presente nas plataformas online sobre a temática “Impacto do Exercício físico na qualidade do sono”, comparando-se diferentes tipos de exercício, intensidades, duração das sessões e o impacto nos parâmetros objetivos e subjetivos da qualidade do sono em diferentes populações. Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática integrativa com pesquisa de artigos nas plataformas online Pubmed e Web of Science durante os meses de Setembro e Outubro de 2021, realizando-se concomitantemente um fluxograma guião da pesquisa. Resultados: Analisaram-se 19 ensaios clínicos. De um modo geral o exercício aeróbio de intensidade moderada e neuromotor revelaram-se benéficos na qualidade do sono medida por escalas (questionários) subjetivos. Os parâmetros objetivos do sono (duração total, latência e eficiência) não mostraram melhorias evidentes. A duração semanal de cada sessão de exercício relacionou-se diretamente com as melhorias sendo estas maiores com mais tempo semanal empregado. Curiosamente, foi nos programas de exercício que seguiram os pacientes por menos tempo (<15 semanas) que se verificaram mais melhorias, pois, com o decorrer do tempo, devido às desistências e prática irregular do mesmo, os benefícios perdiam-se. Um dos estudos verificou que o exercício matinal teve mais benefícios na qualidade do sono comparativamente ao exercício ao final do dia. Por último, na população que padecia de alguma doença, o exercício mostrou benefícios na qualidade do sono apenas quando foi ajustado à capacidade energética do doente. Conclusão: Os resultados desta revisão sistemática sugerem que o exercício físico regular, aeróbio ou neuromotor, beneficia principalmente a qualidade subjetiva (auto relatada) do sono em adultos. Estes achados traduzem-se clinicamente numa abordagem alternativa ou complementar às terapias existentes para o tratamento da insónia.