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- Impacto da pandemia COVID-19 na dor crónica não oncológica e sua gestão em adultos idososPublication . Pereira, Joana Isabel Aparício; Pina, Paulo Sérgio dos Reis Saraiva; Afonso, Rosa Marina Lopes Brás MartinsIntrodução: A dor crónica não oncológica é considerada um problema de saúde pública que afeta cerca de 37% da população portuguesa. As pessoas com dor crónica apresentam a maior taxa de morbilidade a nível global, quando avaliada através dos anos de vida ajustados por incapacidade. O tratamento da dor é um dos direitos humanos fundamentais, sendo a gestão da dor uma premissa fundamental para a sua concretização. Durante a pandemia COVID-19, a grande maioria destes serviços de apoio à dor foi considerada tanto como não urgente e não emergente, sendo as consultas e intervenções médicas adiadas ou desmarcadas. Objetivo: Com a presente revisão de literatura pretende-se avaliar o impacto da pandemia COVID-19 na dor de adultos idosos em quatro vertentes: i) intensidade, tratamento e gestão da dor; ii) saúde mental; iii) estilos de vida; iv) qualidade de vida. Metodologia: Realizou-se uma revisão nas bases de dados PubMed, Scopus e SciELO com os termos: ‘chronic non cancer pain’, ‘pain management’ ‘aged’ e ‘COVID-19’. Foram escrutinados 86 artigos tendo sido selecionados 13 artigos. Resultados: Apenas um artigo se centrou na população idosa. A pandemia afetou a: i) dor: intensidade (n=10), tratamento (n=4) e gestão (n=2); ii) saúde mental: sintomas de stress e ansiedade/depressão (n=9), distress psicológico (n=4), isolamento social/solidão (n=7); iii) estilos de vida: atividade física (n=4), qualidade do sono (n=5) e desempenho físico (n=6); iv) qualidade de vida (n=5). Apesar da heterogeneidade dos estudos, constatou-se um agravamento da dor e saúde mental, alteração dos estilos e diminuição da qualidade de vida, disrupção dos serviços médicos, evidenciando-se a necessidade de uma abordagem holística e individual. Discussão e conclusões: As restrições impostas pela pandemia COVID-19 associaram-se a consequências danosas, a curto prazo, em vários domínios da doença crónica. A telemedicina surge como uma solução não ideal adotada. Urge a necessidade de investigação nesta área, contemplando assim os mais idosos, as consequências a longo prazo e ainda as soluções possíveis a adotar de forma a colmatar os danos provocados. Os resultados alertam para a necessidade de investigação sobre o impacto específico nos adultos idosos e afirmam a necessidade de intervenções específicas junto dos adultos com dor crónica para se atenuar o impacto negativo da pandemia COVID19.
