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- Quantificação e potencial valorização de resíduos de Policloreto de Vinila (PVC) utilizados nos blocos operatórios hospitalaresPublication . Quaresma, Gabriela Lima de Oliveira; Campos, Luís Manuel Barreto; Salvador, Mário Rui Arrifano; Oliveira, Maria Elisa Cairrão RodriguesIntrodução: Atualmente, não existem dúvidas quanto ao contributo e impacto que a humanidade causou no planeta. As alterações climáticas são uma das maiores ameaças à Saúde da População, por isso é imperativo que os próprios serviços de saúde sejam promotores de estratégias de mitigação e redução do seu impacto no ambiente (e consequentemente na saúde). Sendo os resíduos um importante fator negativo ambiental dos Hospitais, a sua gestão pode e deve ser alvo de diversas estratégias de melhoria. A nível global é incentivada a realização da reciclagem, contudo a mesma é mais complicada e controversa para os plásticos utilizados nos hospitais. O policloreto de vinila (PVC) é identificado como o polímero mais utilizado, enquanto os blocos operatórios são uma das principais fontes de resíduos. Por estes motivos, o presente estudo dá primazia ao PVC utilizado nas cirurgias em bloco operatório em Portugal, quantificando-o e refletindo sobre a sua gestão. Materiais e Métodos: Num hospital, durante 49 dias, foram registados os números de cirurgias realizadas e a quantidade de PVC, previamente selecionado, descartado por dia em todo o bloco operatório. Foram ainda, consultados os números de cirurgias realizadas em bloco operatório, no ano de 2022, em todo o Sistema de saúde. Resultados: No período definido, realizaram-se 1 603 cirurgias e foi descartado cerca de 320,7 Kg de PVC, dando uma média de 0,2 Kg de PVC/ por cirurgia. Considerando o total de cirurgias realizadas em 2022, pode induzir-se que cerca de 218 240 Kg de PVC (~21,82 t) foi utilizado e descartado. Conclusões: Apesar de apresentar algumas limitações, este estudo demonstra um valor significativo de PVC a ser descartado e com grande impacto ambiental associado. Ao abrigo das recomendações atuais, importa compreender se este PVC, cumpre na sua constituição as normas europeias, se parte deste pode ser substituído por outras alternativas seguras e menos tóxicas e, ainda, se a sua gestão pode ser otimizada para cumprir com os objetivos ambientais. Reforça-se também a importância da revisão do enquadramento legislativo aplicado em Portugal e do empenhamento dos Profissionais de saúde.
