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- Libertação Percutânea do Dedo em Gatilho: Relevância da Ecografia na Intervenção CirúrgicaPublication . Coelho, Rúben da Silva; Lopes, Cláudia Manuela Silva SantosIntrodução: O dedo em gatilho caracteriza-se por dor, rigidez e sensação de bloqueio na movimentação do(s) dedo(s) afetado(s). A técnica percutânea da libertação do dedo em gatilho destaca-se por ser menos invasiva e com uma recuperação mais rápida em comparação com a cirurgia aberta, embora estejam relatadas possíveis riscos de lesão do nervo digital e, por vezes, libertações incompletas da polia A1. A ecografia foi integrada neste procedimento com o intuito de minimizar as complicações descritas, uma vez que permite a visualização das estruturas anatómicas e ajuda a orientar os instrumentos cirúrgicos utilizados. Esta revisão pretende concluir se a cirurgia percutânea ecoguiada é uma abordagem com melhores outcomes quando comparada com a libertação percutânea sem ecografia. O objetivo principal foi comparar a eficácia da técnica na resolução do gatilho, evolução da dor e complicações, e os objetivos secundários avaliados foram o grau de satisfação dos pacientes e o tempo de recuperação para as AVDs e/ou trabalho. Métodos: Foi realizada, a sete e a 14 de junho de 2024, uma pesquisa e recolha da literatura sobre a cirurgia de libertação percutânea do dedo em gatilho, seguindo o diagrama das Guidelines PRISMA 2020. Foram utilizadas as bases de dados PubMed, Scopus, Biblioteca Virtual en Salud (BVS) - coordenada pelo BIREME/OPAS/OMS, sendo a LILACS a sua principal base de dados, recorrendo à seguinte equação de pesquisa: (((trigger finger) OR (trigger digit) OR (trigger thumb)) AND ((percutaneous) OR (minimally invasive))) NOT ((cadaver) OR (open)). Das três bases de dados, foram recolhidos e importados para a aplicação Zotero todos os resultados da pesquisa. Com base na estratégia PICO, foram incluídos os estudos que abordassem a técnica percutânea da libertação da polia A1, exceto revisões sistemáticas e meta-análises. Foram excluídos também estudos em cadáveres ou que abordassem resultados de infiltrações de corticosteróides. As variáveis estudadas nesta revisão foram: libertação com sucesso de dedos em gatilho, duração do período de recuperação e follow-up, grau de satisfação do paciente, evolução da dor e complicações. Resultados: No total foram recolhidos 285 artigos, dos quais foram selecionados 21 para leitura integral. Após a leitura e análise dos dados de cada um, verifica-se que ambas as técnicas possuem altas taxas resolução da patologia, entre os 72% e os 100%. Dos 21 artigos estudados, apenas quatro comparam diretamente a técnica percutânea com e sem ecografia. Sendo estes estudos comparativos a técnica ecoguiada parece ter melhores outcomes a curto-prazo, maior taxa de resolução do gatilho e menores complicações. Todos os artigos defendem que após uma intervenção percutânea, existe uma melhora significativa no VAS score, independentemente do recurso à ecografia. Conclusão: Os resultados desta revisão não permitem concluir que a libertação percutânea da polia A1 com recurso a ecografia possui melhores outcomes do que a libertação percutânea sem recurso à mesma, pelo que mais estudos serão necessários para mostrar a superioridade de uma técnica em relação a outra.