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- Estudo exploratório das Práticas Ambientais em Estudantes do 1.º ano da UBIPublication . Cleto, Diana Gregório; Guimarães, Sandra Carina MachadoA crescente preocupação com a sustentabilidade e a preservação ambiental tem motivado estudos sobre as práticas ecológicas, especialmente no ensino superior. O presente estudo investiga as práticas ambientais adotadas pelos estudantes do primeiro ano da Universidade da Beira Interior, analisando variáveis sociodemográficas, como o género e o rendimento familiar, e a sua influência nesses comportamentos. Para tal, foi realizado um estudo exploratório com 241 participantes universitários (M= 19.5; DP= 3.00), com uma distribuição equilibrada entre os géneros (49.4% raparigas e 49.8% rapazes), pertencentes a diversas áreas de formação. A recolha de dados foi realizada por meio de um questionário estruturado, que avaliou práticas ambientais, atitudes sustentáveis e conhecimentos ecológicos. Os resultados revelam padrões distintos de envolvimento dos estudantes em práticas ambientais, destacando uma maior adesão a comportamentos de baixo esforço individual, como a economia de energia - 64.3% dos participantes relatam que apagam as luzes desnecessárias - e a utilização de meios de transportes sustentáveis - 75.9% optam por bicicleta, trotinete ou transportes coletivos para se deslocar à universidade. Práticas que exigem um compromisso mais ativo, como a separação de resíduos para reciclagem, apresentam uma adesão moderada (M= 3.62; DP= 1.19), enquanto a realização de denúncias ambientais foi raramente observada (M=1.37; DP=0.62). As análises estatísticas revelaram diferenças significativas entre géneros, com as raparigas a demonstrar maior adesão a práticas de redução do desperdício alimentar e os rapazes menor preocupação com a conservação da água. O rendimento familiar revela-se também como uma variável com impacto na adoção de práticas sustentáveis, com estudantes de famílias de menor rendimento a apresentarem dificuldades em participar nas atividades ambientais coletivas e a ter menor acesso a produtos ecológicos. Os resultados apontam para a necessidade de estratégias institucionais que promovam a educação ambiental no ensino superior com avaliações sistemáticas das medidas implementadas para garantir a sua eficácia e interiorização dos valores ambientais no quotidiano escolar e académico, especialmente durante a transição do Ensino Secundário.
- Das razões, experiências e consequências do uso de tecnologias de self-tracking: Perceções de utilizadoresPublication . Figueiredo, Ana Filipa da Cruz; Pereira, Maria João Leitão Simões AreiasNos anos mais recentes, as tecnologias de self-tracking têm feito parte da vida de indivíduos, como um mecanismo de autoconhecimento e/ou autorreflexão e/ou autoaperfeiçoamento de aspetos das suas vidas. Esta pesquisa tem como objetivo geral analisar as perceções de utilizadores sobre o uso das tecnologias de self-tracking, sendo os objetivos específicos: entender os motivos que levam os utilizadores a usarem tais tecnologias, captar o modo como as experienciam e mapear as consequências do seu uso. A presente investigação tem um carácter exploratório, dado o escasso desenvolvimento teórico e empírico desta temática. Desse modo, a metodologia utilizada foi de natureza qualitativa, com recurso a entrevistas semidiretivas. Na pesquisa identificou-se não só alguma desigualdade, mas também diversidade na escolha das tecnologias e das funções usadas, embora longe do número das atualmente disponíveis, e usos diferentes em relação ao objetivo para o qual as tecnologias foram desenhadas. Nem todos enunciaram benefícios em relação ao bem-estar alcançado e também se dividiram em relação às consequências negativas como a vigilância, ameaças à privacidade, ansiedade e frustração. Tais constatações mais uma vez reforçam a ideia de que as tecnologias não predeterminam a vida social.
