Browsing by Issue Date, starting with "2025-05-07"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Parceiro Estratégico, Incógnita ou Ameaça? Uma análise comparativa das perceções dos presidentes norte-americanos face à República Popular da China (2012-2020)Publication . Borges, José Carlos Gomes; Terrenas, João David MalaguetaApós a queda do muro de Berlim em 1989 e a dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas em 1991, a distribuição de poder internacional assumiu uma configuração unipolar, tendo os Estados Unidos da América assumido uma posição hegemónica a nível económico, financeiro, político, tecnológico e militar. Através de uma diplomacia ativa e do exercício de influência sob importantes instituições internacionais como a Organização das Nações Unidas, Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial, as sucessivas administrações norte-americanas conseguiram definir regras e moldar as regras da governação que regem as interações entre os Estados e definem as prioridades da agenda global. Porém, o advento do novo século trouxe consigo importantes desafios à hegemonia norte-americana, o mais saliente dos quais materializado na crescente relevância da China no plano internacional. Sob este pano de fundo, a presente dissertação pretende analisar a evolução das perceções dos governantes norte-americanos face à ascensão da República Popular da China, com particular enfoque nas Administrações de Barack Obama (2012-2016) e Donald Trump (2017-2020). Através da análise dos discursos de ambos os presidentes, concluímos que a partir da segunda década dos anos 2000 a China passou a ser percecionada e catalogada como a maior ameaça à hegemonia norte-americana no mundo. Porém, durante a administração Obama (Democratas), por meio da diplomacia, os dois países ainda se coexistiram e relacionaram-se em diversos assuntos bilaterais e multilaterais. Por mais que ela era percecionada como uma ameaça, ao mesmo tempo, ela também era considerada, em certos momentos, como um parceiro pontual para Obama. Já na administração Trump (Republicanos), o que se observou foi um rompimento brusco nas relações entre Washington e Pequim, principalmente a partir de 2018. Para a sua administração, Pequim era o pior inimigo dos EUA, pelo que, era contraproducente desenvolver qualquer tipo de relação pacifica.
