Browsing by Issue Date, starting with "2025-05-19"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Potencial terapêutico de células estaminais no AVCPublication . Alves, Ana Sofia Fernandes; Bernardino, Liliana Inácio; Braz, Maria Francisca FernandesO Acidente Vascular Cerebral corresponde a uma emergência médica e representa a segunda maior causa de mortalidade global, sendo responsável por milhões de mortes e por incapacidade temporária ou permanente em numerosos sobreviventes. Carateriza-se por um défice focal ou global da função cerebral, de início súbito, sendo classificado em dois tipos, o AVC isquémico, o mais comum e resultante da obstrução do fluxo sanguíneo num vaso a nível cerebral, e o AVC hemorrágico, o menos comum e proveniente do rompimento de um vaso a nível cerebral. Os sinais mais comuns para o diagnóstico do AVC incluem a fraqueza, a paralisia e a perda de sensibilidade de um lado do corpo, a afasia, as alterações motoras, a perda de acuidade visual e, por fim, as alterações ao nível da consciência. A rapidez do tratamento do AVC é crucial para minimizar os danos cerebrais, consistindo na trombólise intravenosa e trombectomia endovascular no AVCI e na cirurgia e controlo da pressão arterial no AVCH. Apesar dos seus comprovados benefícios, estas terapias apresentam diversas limitações e critérios de inclusão e exclusão, levando a que muitos dos pacientes não sejam intervencionados com estas técnicas. O tratamento com células estaminais surge assim como uma proposta promissora para a recuperação funcional pós-AVC, oferecendo uma nova perspetiva para a regeneração neuronal. O mecanismo de ação das células estaminais no tratamento do AVC envolve a substituição das células neuronais degeneradas ou disfuncionais, restabelecimento das conexões nervosas e formação de novos vasos sanguíneos que promovem a irrigação da área afetada. A eficácia desta abordagem terapêutica depende de múltiplos fatores, incluindo o tipo de células utilizadas, a dose administrada, a via de administração, as características individuais do paciente e o timing da intervenção em relação ao evento vascular. Desta forma, esta revisão analisa o potencial terapêutico das propriedades das células estaminais, exclusivamente investigadas em estudos pré-clínicos e clínicos, nos processos de angiogénese, neurogénese, migração e diferenciação, destacando o seu papel na reparação neuronal após um AVC. Com vista, a incentivar a realização de pesquisas adicionais que validem os resultados obtidos, definam protocolos otimizados para a administração destas células e assegurem a segurança em todas as etapas, desde a recolha até à sua aplicação.
