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- Perceções dos profissionais de saúde sobre a sexualidade de pessoas com Síndrome de DownPublication . Vilaça, Ana Rita Pereira; Silva, Andreia Marta Rodrigues Cardoso da; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deIntrodução: A síndrome de Down é uma condição genética, presente em 0,1% da população mundial, que confere características únicas. A saúde sexual e a sexualidade das pessoas que vivem com esta condição ainda são um tabu, muitas vezes negligenciadas e embora a saúde sexual seja um indicador de saúde global e contribua para a melhoria da qualidade de vida, existem poucos estudos sobre este tema em pessoas com atraso de desenvolvimento. Para uma melhoria da qualidade de vida das pessoas com esta síndrome é importante uma melhor compreensão da sua sexualidade ao longo da vida de forma a contribuir para o seu bem-estar sexual. Assim, é fundamental compreender as perceções dos profissionais de saúde acerca da sexualidade de pessoas com síndrome de Down, uma vez que estes têm um impacto direto nos cuidados prestados. Objetivos: O estudo tem como objetivo explorar as perceções dos profissionais de saúde em relação à sexualidade na síndrome de Down, de modo a compreender as suas visões, desafios e atitudes sobre o tema. Metodologia: Estudo transversal analítico cuja amostra terá como população alvo profissionais de saúde a exercer funções em Portugal. A recolha de dados foi realizada através de um questionário online, desenvolvido na plataforma Google Forms, que foi divulgado por e-mail e redes sociais. A participação na amostra foi voluntária e obtida por conveniência. A análise estatística dos dados foi feita utilizando o IBM® SPSS® (Statistical Package for Social Sciences) Statistics versão 30.0. Resultados: Os resultados deste estudo demonstram que a maioria dos profissionais de saúde reconhece o dever de segredo médico, a capacidade das pessoas com síndrome de Down para fornecer consentimento informado, manifestação de vontade/direito ao casamento e a relevância do acesso a orientações sobre contraceção. No entanto, identificaram-se lacunas significativas ao nível da literacia em saúde sexual, com a maioria dos profissionais a referir não se sentir preparada para conduzir sessões educativas nesta área. Foram ainda observadas diferenças estatisticamente significativas nas perceções dos profissionais de saúde em função do género, idade e formação académica especializada, evidenciando a necessidade de programas de formação contínua e de diretrizes específicas que promovam uma abordagem inclusiva e informada da sexualidade em pessoas com síndrome de Down.
