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- Da (des)confiança ao sufrágio: Como vota o carioca?Publication . Junior, Sergio Marchiori; Augusto, Nuno Miguel Cavaca; Augusto, Amélia Maria CavacaA Nova República, iniciada em 1985, é marcada como um período em que o Brasil, o Estado do Rio de Janeiro e, em particular, o município do Rio de Janeiro, têm enfrentado significativos casos de corrupção e uma queda nos índices de confiança interpessoal, política e nas instituições públicas. Essas constatações são embasadas em dados obtidos a partir de importantes pesquisas sobre valores e confiança, como o World Values Survey (WVS) e o Latinobarómetro. Em 2020, o Rio de Janeiro, em suas eleições municipais possuía 33 partidos políticos registados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a disputa desse pleito, tendo sido oficializadas 14 candidaturas à Prefeitura e 1758 candidaturas à Câmara dos Vereadores, respectivamente, para 1 vaga de prefeito e 51 vagas de vereadores. Neste cenário de tantas opções, esta investigação visa compreender o comportamento eleitoral, em especial, a decisão do voto do eleitor carioca e os determinantes deste voto ao cargo de prefeito do Rio de Janeiro em 2020. Neste sentido, procedemos uma revisão da literatura com particular enfoque nos sistemas de valores sociais, nas teorias da decisão do voto e na organização social e política brasileira. Em seguida, nosso estudo adotou uma abordagem de métodos mistos por meio do modelo adaptado de Newman e Sheth (1985) para analisar as influências dos índices de confiança do eleitor carioca nas eleições primárias municipais de 2020, quantificar os domínios cognitivos que mais influenciaram a decisão do voto do eleitor pela pesquisa aplicada ao próprio eleitorado, assim como compreender as influências de contexto, na perceção dos candidatos à prefeitura do município do Rio de Janeiro em 2020. A pesquisa contou com a participação de 492 eleitores cariocas e 10 candidatos. No que diz respeito aos principais resultados, os índices de confiança não influenciaram a decisão do voto do eleitor carioca. As questões relacionadas aos domínios cognitivos: eventos pessoais, questões epistemológicas, eventos atuais, dimensão emocional, questões políticas, imagem do candidato e imaginário social, nesta ordem, são as que mais influenciaram a decisão do voto do eleitor carioca. Na óptica dos candidatos em 2020, as principais influências de contexto surgem da própria legislação eleitoral vigente.