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- Efeito dos macrocíclos na regulação de funções vascularesPublication . Mariana, Melissa Rodrigues; Verde Lusquiños, José Ignacio; Rodrigues, Maria Elisa CairrãoAs células do músculo liso (SMC) vascular são fundamentais para a regulação do tónus vascular e têm capacidade de responder a diversos estímulos hormonais e hemodinâmicos. São células altamente especializadas que podem contribuir para o estudo de vários processos de sinalização envolvidos no controlo do tónus vascular, tais como o metabolismo do cálcio e diferentes vias envolvidas na modulação da reatividade vascular. A regulação do fluxo de Ca2+ é fundamental para a contração e a sua desregulação pode estar envolvida na patofisiologia de diversas doenças cardiovasculares. A entrada de cálcio nas células do músculo liso vascular através de canais de Ca2+ tipo L (LTCC) pode ser desencadeada pela ativação de recetores presentes na membrana plasmática ou por despolarização da membrana. A formação do complexo Ca2+-calmodulina leva à ativação da cadeia leve de miosina (MLC), e é o estado de fosforilação desta que determina a atividade contráctil do músculo liso. Os compostos macrocíclicos são macromoléculas cíclicas que podem ser usadas como transportadores moleculares, uma vez que, para além de terem a capacidade de atravessar a membrana celular sem alterar a sua integridade, não são tóxicos nas concentrações usadas e podem transportar outras moléculas. Os macrocíclos são considerados como importantes hospedeiros seletivos em algumas aplicações biológicas, nomeadamente em solubilizadores e estabilizadores de fármacos e agentes anticancerígenos, formando complexos estáveis e específicos. O principal objetivo deste trabalho é analisar se os macrocíclos têm atividade biológica. Assim, foi estudado o efeito de diferentes compostos macrocíclicos (MaC) sobre a atividade dos canais de Ca2+ tipo L e sobre a contractilidade das células A7r5. Utilizou-se a técnica Patch Clamp na configuração whole cell para medir a atividade dos LTCC nas células A7r5. O efeito de quatro macrocíclos (Me2[28]py2N6, [16]phenN2, [32]phen2N4, [30]phen2N6) foi analisado a diferentes concentrações (0,01μM, 0,1μM, 1μM e 10μM) sobre a corrente basal de Ca2+ e estimulada por Bay K (Bay K8644 – ativador específico dos LTCC). Foi também analisado o efeito destes MaC, nas mesmas concentrações, sobre a contractilidade das SMC vasculares através da técnica de PCSA (Planar Cell Surface Area), usando um microscópio de fluorescência. Este efeito foi analisado após contração das células com serotonina e noradrenalina. Pelos resultados obtidos através do Patch clamp e do PCSA pode-se observar que, nas concentrações mais baixas, o [32]phen2N4 inibe ligeiramente os LTCC, tanto a corrente basal como a corrente estimulada por Bay K. Relativamente à contractilidade, este composto não tem qualquer efeito sobre a contração induzida por serotonina ou por noradrenalina. No que diz respeito ao [16]phenN2 e ao [30]phen2N6, verifica-se que estes MaC não ativam nem inibem os LTCC mas, por outro lado, induzem redução da área celular. No caso do Me2[28]py2N6, este ativa os LTCC, de forma não significativa, mas este efeito parece não estar concordante com o efeito a nível da contractilidade, pois este MaC não tem efeito significativo sobre a redução da área celular. Assim, dos macrocíclos estudados, o [32]phen2N4 na concentração mais baixa (0,01μM) pode ser considerado como um bom transportador de fármacos, uma vez que não apresenta um efeito prejudicial sobre o sistema cardiovascular.
- Vascular Pathways of Testosterone: Clinical ImplicationsPublication . Lorigo, Margarida; Mariana, Melissa; Oliveira, Nelson; Lemos, Manuel C.; Cairrão, ElisaCardiovascular diseases (CVD) are one of the leading causes of death worldwide. Testosterone (T) is an important sex hormone that triggers several genomic and non-genomic pathways, leading to improvements of several cardiovascular risk factors and quality of life in men. At the vascular level, the key effect of T is the vasorelaxation. This review discusses the molecular pathways and clinical implications of T in the vascular system. Firstly, the mechanisms involved in the T vasodilator effect will be presented. Then, it will be discussed the association of T with the main risks for CVD, namely metabolic syndrome, type 2 diabetes mellitus, obesity, atherosclerosis, dyslipidaemia and hypertension. Several studies have shown a correlation between low T levels and an increased prevalence of several CVD. These observations suggest that T has beneficial effects on the cardiovascular system and that testosterone replacement therapy may become a therapeutic reality for some of these disorders.